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quinta-feira, outubro 31, 2013

JOHNNY MARR (50)

Um hipotético top 5 dos mais geniais músicos dos anos 80 não pode deixar de incluir Johnny Marr, que faz hoje 50 anos.
Em 1982, fundou com Morrissey os The Smiths, banda da qual foi compositor e guitarrista. Desde o primeiro álbum homónimo (1984) até aos último, Strangeways Here We Come (1987) os The Smiths “educaram” toda uma geração de adolescentes urbanos aborrecidos com o mundo em geral e com o seu umbigo em particular.
Depois dos The Smiths, e durante dois anos, Johnny Marr trabalhou com Bryan Ferry, Talking Heads, The The, Kirsty MacColl, Pretenders e Pet Shop Boys, até formar, em 1989, os Electronic, com Bernard Sumner (New Order).
Em 2000 apareceram os Johnny Marr & The Healers, que editaram em 2002 o álbum Boomslang, mas as coisas não evoluíram. Depois fez parte dos Modest Mouse, quem gravou dois álbuns. Depois, fez parte dos The Cribs. Este ano de 2013 viu, finalmente, o tão esperado primeiro álbum a solo: chama-se The Messenger.
Em Abril de 2001 foi incluído pelo Channel 4 na listagem dos 10 maiores guitarristas de sempre ao lado de nomes como Jimmy Page, Eric Clapton e Jimi Hendrix. Bem merecido! Parabéns, Mr. Marr!

terça-feira, maio 22, 2012

MORRISSEY (53)

everyday is like sunday, everyday is silent and grey

Morrissey completa hoje 53 anos. Vocalista dos The Smiths, foi uma das principais referências, senão a principal, da indie-pop-rock dos anos 80.

Steven Patrick Morrissey nasceu em Manchester, em Inglaterra. Aos 18 anos foi presidente do clube de fãs inglês dos New York Dolls. Desenvolveu também uma espécie de culto pela figura de James Dean, que culminou na autoria do livro James Dean Is Not Dead. Em finais dos anos 70 cantou numa banda chamada Nosebleeds, mas foi em 1982, quando conheceu o guitarrista Johnny Marr, que o seu futuro - e já agora o da música - ficou decididamente marcado. Começaram a escrever canções juntos e, em 1983, lançavam o single Hand In Glove, sob a designação de The Smiths. A partir daí foi todo um percurso de talento, culto e polémica. Em 1987, lançaram o seu último álbum de estúdio, Strangeways, Here We Come, após o qual, Marr deixou o grupo em conflito aberto com Morrissey.

O ano de 1988 marca o início da carreira a solo de Morrissey, já depois da dissolução dos The Smiths. Os dois singles que lançou nessa altura depressa se constituíram como duas das mais belas composições pop de sempre. Chamam-se Suedehead e Everyday Is Like Sunday. O álbum de estreia, Viva Hate, foi a melhor resposta de Morrissey àqueles que vaticinavam o seu fracasso sem a "muleta" Marr. Produzido por Stephen Street e contando com Vini Reilly (Durutti Column) na guitarra, Viva Hate revelou a face mais pop de Morrissey e até incluiu a presença do sintetizador, instrumento maldito para os The Smiths. Antes do final da década, surgiu o single The Last Of The Famous International Playboys, mais uma pérola pop, enriquecida por um dos títulos mais mordazes da música, na minha opinião.

Durante a década de 90, Morrissey teve dificuldades em atingir o nível de Viva Hate. Teríamos de esperar até 2004, ano em que surgiu aquele que é, para mim, um dos melhores álbuns de todos os tempos: You Are The Quarry. Logo de seguida, quase sem que contássemos, surgiu Ringleader Of The Tormentors, na minha opinião não tão forte como o seu antecessor. 2009 viu a edição de Years Of Refusal, álbum cuja capa fica para a história como uma das melhores que a indústria musical já viu. Ora vejam. Aos 53 anos, ele parece estar na melhor forma de sempre, e prepara-se para visitar o nosso país, no Cascais Music Festival, no dia 24 de julho. Eu juro que vou fazer tudo para estar lá! Parabéns, Moz!

terça-feira, novembro 22, 2011

Fora do Baralho (ou a entrevista imaginária da Blitz)

A revista Blitz tem uma rubrica chamada "Fora do Baralho", na qual uma celebridade é entrevistada. É um daqueles esquemas de questionátio fixo, de edição para edição, variando apenas o entrevistado. Já que eles não se decidem a entrevistar-me – aviso já que a minha paciência se está a esgotar – decidi adiantar-me. Assim, podem vir aqui ao blogue tirar as respostas e poupam uns trocos no telefone. Algumas perguntas foram adaptadas à identidade deste blogue, que é sobre a música dos anos 80, como já devem ter reparado. Aqui vai disto:

Qual foi o disco dos anos 80 que o deixou assombrado?

Com cinco minutos para pensar, poderia apontar assim uns cinquenta LPs que marcaram a minha vida, mas como quero dar um ar espontâneo à coisa, atiro com Baby, The Stars Shine Bright, dos Everything But The Girl. É simplesmente um disco lindo. Como se não bastasse a voz aveludada da minha querida Tracey Thorn, este disco conta com uma coisa que eu adoro nos disco pop, que são as orquestrações. 10 pontos em 10.

Com que músico não desdenharia trocar de pele?
Já disse por várias vezes, em conversas de amigos, em tertúlias poéticas, em autocarros apinhados de gente, e até mesmo no confessionário, ao senhor padre, que, numa próxima reencarnação, gostava de ser o Bryan Ferry. As pessoas normalmente ficam espantadas e retorquem (do verbo retorquir): "mas tu, com esse charme todo, essa cultura inigualável, essa beleza estonteante, essa simpatia inebriante, para que queres ser tu outro, seu tolo?". Eu faço aquele sorriso modesto que me é tão peculiar e respondo: "para conhecer as miúdas do teledisco do Kiss and Tell".

Que concerto se arrepende mais de não ter visto?

Muito provavelmente o dos Pixies no Coliseu do Porto, na primeira vez que vieram a Portugal, em início dos anos 90. Lembro-me de ter um exame no dia seguinte e ter decidido ficar em casa a estudar (a falta de dinheiro também teve o seu peso, é certo). A minha mãezinha ficou muito orgulhosa de mim e eu quero acreditar que esse passo foi decisivo para que eu terminasse o curso. Quero mesmo acreditar nisso!


Que disco dos anos 80 não consegue apagar do seu leitor de mp3?
A resposta podia ser semelhante à da primeira pergunta, mas agora, só para variar, escolho o Live in the Hothouse, dos The Sound. Este disco está provavelmente entre os três melhores discos ao vivo dos anos 80 (os outros dois são o Under a Blood Red Sky, dos U2, e o 101, dos Depeche Mode). É um registo que reúne toda a genialidade, presença e capacidade de nos emocionar de que só Adrian Borland era capaz. Funciona como um todo perfeito, este álbum.


Que músicos dos anos 80 já o desiludiram?
Acho que os U2 acabaram por me cansar (sim, chamem-me herege!), após terem atingido a perfeição com a trilogia The Unforgettable Fire, The Joshua Tree e Achtung Baby. Não quer dizer que tenham deixado de compor boas músicas, mas perderam aquele rasgo que fazia deles verdadeiramente especiais.

Consegue associar músicas a momentos ou pessoas da sua vida?

Claro que sim. Por exemplo, sempre que ouço I Like Chopin, de Gazebo, ou Souvenir, dos Orchestral Manoeuvres in the Dark, consigo viajar mentalmente até a um tempo de infância despreocupada, inocente e feliz, o tempo dos meus 10, 11, 12 anos, cuja única preocupação era saber se no dia seguinte ia conseguir finalmente completar o cubo mágico (nunca cheguei a conseguir) ou ganhar mais um jogo de futebol no pátio da minha escola (ganhei muitos). Outro exemplo são os Echo & the Bunnymen ou os The Smiths, que me fazem sempre lembrar da primeira vez que me dirigi a uma loja de discos e saí de lá com alguns debaixo do braço (descansem, que foram pagos). Fui com a minha irmã, dividimos o dinheiro, cada um comprou aquilo de que mais gostava, e foi um dia muito feliz.


Que música dos anos 80 não consegue ouvir?

Tenho alguns odiozinhos de estimação. Exemplos? Dirty Diana (Michael Jackson), In The Air Tonight (Phil Collins) ou Live Is Life (Opus). É de perder a esperança na humanidade!

terça-feira, março 08, 2011

Posters do meu quarto de adolescente

Já andava há uns tempos para falar disto no Queridos Anos 80, mas apenas ontem me decidi, depois de o tema surgir na página do QA80 do Facebook. As imagens que aqui publico são as de alguns dos muitos pósteres que habitaram as paredes do meu quarto de adolescente. Morrissey, Siouxsie e Xutos representam algumas das minhas paranóias musicais a partir dos 14 anos. Dos Xutos guardo a memória do meu primeiro concerto ao vivo. De Morrissey, a excelência de toda a música dos The Smiths, que devorava com amigos em minha casa. De Siouxsie, a imagem peculiar, que me agradava, e o som de Israel, ao vivo, no álbum Nocturne.

Outros houve que ocuparam as paredes do meu quarto - Ramones, The Cure, , Kim Wilde, Sandra, Eurythmics, ... - mas cujos pósteres não chegaram ao presente. Estarão por aí perdidos numa arrecadação qualquer (talvez na dos meus pais). A imagem de Madonna justifica-se porque eu, na altura, achei aquela foto tão bonita que não resisti a colocá-la. A música de Madonna não me era completamente indiferente, mas foi basicamente por razões estéticas que a afixei. Uma curiosidade que se prende com estes que aqui publico é o facto de cada um deles ter origem numa publicação diferente dos anos 80. Aqui estão representadas as revistas Bravo, Choc, Bizz e o jornal Blitz.

Outro tema recorrente era o desporto, nomeadamente o futebol. Maradona era o deus futebolístico de qualquer adolescente, mas também passaram pelo meu quarto imagens do FC Porto e de jogadores do meu clube. Também houve lugar para o ténis e para a fórmula 1, com favoritos como John McEnroe ou Nikki Lauda a terem a sua oportunidade. A minha mãe é que não gostava nada da ideia. Entre ameaças à minha integridade física e protestos porque a fita-cola estragava o papel de parede, eu lá ia levando a minha avante.




segunda-feira, novembro 17, 2008

Duel (IX): The Smiths vs. The Cure - ENCERRADO

A votação já encerrou há uns dias, mas só hoje posso vir aqui fechar oficialmente a coisa. O tempo para actualizar o blogue não é muito... Este foi provavelmente o duel mais disputado de sempre, numa luta renhida pela vitória que só ficou conhecida no último dia. Os The Smiths levaram a melhor sobre os The Cure por 2 votos, mas poderia ter sido ao contrário. Curiosamente, só depois do encerramento das urnas é que me dei conta que não votei, e a minha preferência, apesar de amar as duas bandas, iria para... os The Cure. Obrigado a todos pelos 70 cliques, dos quais a banda de Morrissey obteve 36.

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Duas bandas-referência da música de qualidade dos anos 80. Dois vocalistas do mais carismático que pode haver. O duel que o QA80 propõe coloca frente a frente os The Smiths e os The Cure. Para mim será sempre uma escolha problemática. Digamos que se a minha sobrevivência dependesse de abdicar de uma delas, morreria de desgosto antes de escolher... Para ilustrar, dentro do possível, a textura musical das bandas de Morrissey e Robert Smith escolhi cinco canções de cada que podem ser escutadas na barra lateral. Mesmo aqui o dilema da escolha musical é tarefa ingrata. Agora cabe-vos a vós escolher. É na barra lateral. Obrigado pela participação!