domingo, dezembro 02, 2007

PETER MURPHY - 30/11/07 - VN Gaia

Ainda não recuperei completamente da desilusão de ter visto um dos meus temas preferidos de Peter Murphy ficar de fora da set list. All Night Long não foi tocado, nem mesmo depois de 4 encores. E Indigo Eyes também não. É claro que o artista não pode tocar tudo o que nós queremos, mas temos direito ao amuo quando as nossas preferidas ficam de fora. E eu fiquei amuado. O que vale é que fui acabar a noite no Heaven's, no auto-denominado Gothic Bar do Porto que tinha agendada uma Peter Murphy After Party, o que me fez recuperar um pouco da frustração...

Quanto ao resto, foi um grande concerto de rock (apesar das más condições acústicas que um pavilhão deste tipo oferece). Peter Murphy está em grande forma tanto física como vocal. Aos 50 anos, este homem é um senhor no palco, um grande intérprete com o seu estilo teatral, mas nunca distante do público, como por vezes acontece com este tipo de actuação, em que os artistas estão demasiado concentrados na sua performance e esquecem quem está à sua frente. Murphy esteve sempre muito perto dos fãs, agradeceu-lhes, sorriu, apelou ao coro de vozes. E até lançou rosas brancas para o público. A presença de Mark Gemini Thwaite, guitarrista dos The Mission, foi um valor acrescentado.

Como momentos altos da noite, eu destacaria Strange Kind Of Love, Cuts You Up e She's In Parties. Gliding Like a Whale e I'll Fall With Your Knife, as duas do magnífico Cascade, foram também de arrepiar. E até o primeiro tema do último álbum, Idle Flow, se mostrou um momento importante na noite. Murphy não fez um concerto para a audiência mainstream, o que muito agradou à facção Bauhaus que estava presente. Da sua banda de sempre tocou, para além de She's In Parties, The Passion Of Lovers, Terror Couple Kill Colonel e Burning From The Inside (esta abrir o concerto). Houve ainda direito a visitar os Joy Division (Dead Souls), os The Mission (Tomorrow Never Knows, original dos Beatles) e os Nine Inch Nails (Hurt).

Não fiquei tão perto do palco como gostaria, até porque queria fazer uma reportagem fotográfica decente para o QA80. As fotografias tiradas não ficaram "por aí além", por isso apenas seleccionei 5 para ilustrar, de alguma maneira, o que se passou. A preto e branco, como é óbvio.



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