domingo, fevereiro 28, 2010

John Waite

Every time I think of you, I always catch my breath

Em primeiro lugar, sinto que é importante esclarecer que o nome deste senhor, que toca em Portugal na próxima semana, não é John Wait, nem John Waits, nem John Waites. Apenas JohnWaite. Podia agora fazer aqui uma piada com a mãe dele ao barulho ("John, Wait! esqueceste-te da lista das compras!!!) mas não me apetece (até porque a piada correria o risco de ser muito má).

Nascido a 4 de Julho (nada a ver com o filme) de 1955, John Charles Waite (João Carlos para os fãs portugueses) é um inglês de gema radicado na Califórnia que teve a sua primeira experiência em palco aos dez anos, quando vocalista da banda do irmão mais velho decidiu não aparecer a um concerto.

Frequentou o curso de artes gráficas (a sua grande ambição era tornar-se ilustrador de livors infantis) ao mesmo tempo que tocava em várias bandas de garagem. Chegou mesmo a ir para os Estados Unidos tocar numa banda punk chamada The Boys, em cujo álbum John Waite surgia sob a designação de Honest John Plain.

O seu primeiro projecto de maior envergadura vai chamar-se The Babys (é mesmo assim, apesar do erro gramatical), um caso singular de banda que conseguiu o seu contrato musical, não com uma demo, como normalmente acontecia, mas com um teledisco. A razão foi simples: eles tinham um aspecto tão limpinho para a época que a companhia discográfica não acreditou que fossem eles a tocar as músicas da demo. Os Babys, com Waite a assegurar a voz e o baixo, tiveram sucesso moderado, tendo gravado cinco álbuns, o último dos quais em 1980.

O seu primeiro álbum a solo, Ignition, surge em 1982. A partir de então, e até ao presente, já lá vão nove álbuns de estúdio, um resgisto ao vivo e uma compilação. Uma canção emerge da sua carreira a solo: Missing You. Faz parte do segundo álbum, No Brakes (1984), e foi o seu maior - eu diria, único - sucesso a solo à escala mundial. Na tabela de singles americana, destronou What Love's Got To Do With It, de Tina Turner, a mesma que haveria de gravar uma versão de Missing You na década de 90...

Em 1988, John Waite informa a editora que quer abandonar a carreira a solo e pretende fundar uma banda. Junta-se a alguns ex-elementos dos The Babys, entre outros, e surgem assim os Bad English, banda que, em quatro anos, lança dois álbuns, o primeiro dos quais contendo a balada que os colocaria no mapa: When I See You Smile.

Após a dissolução dos Bad English, em 1992, Waite voltou à sua carreira a solo. Em 2006, regravou Missing You em dueto com Alison Krauss e no ano seguinte lançou o último álbum até ao presente. Chama-se Dowtown: Journey of a Heart. Chega agora a Portugal e prepara-se certamente para revisitar Missing You, When I See You Smile e... algumas canções que me tenham escapado assim de repente.

Duel (XII): Soft Cell vs. Erasure - ENCERRADO

Naquele que foi um dos duels mais disputados de sempre, os Soft Cell acabaram por levar a melhor por apenas um voto: 27/26. Obrigado, mais uma vez a todos os que votaram!

------------------------------------------------------

Os duos masculinos proliferaram nos eighties. Aqui estão dois que falam ao coração do Queridos Anos 80, responsáveis pela synth-pop mais descomplexada que pudemos ouvir naquela década. E ainda ouvimos. E ainda dançamos. Sinceramente é-me difícil escolher entre a marotice dark de uns Soft Cell (Marc Almond na voz e David Ball nas teclas) e a exuberância colorida de uns Erasure (Andy Bell na voz e Vince Clarke nas teclas). Este é o duel que vai agitar os próximos dias do QA80. Para votar, é favor dirigirem-se à barra lateral. Para ouvir e escolher as canções que coloco à vossa disposição, cliquem com o botão direito do rato em cima do player. Obrigado!

soft cell - tainted love
erasure - sometimes
soft cell - say hello wave goodbye
erasure - a little respect
soft cell - torch
erasure - ship of fools
soft cell - secret life
erasure - victim of love
soft cell - bedsitter
erasure - oh l'amour

sábado, fevereiro 27, 2010

PAUL HUMPHREYS (50)

Paul Humphreys completa hoje 50 anos. Uma das vozes dos O.M.D., que fundou em 1978 com Andy McCluskey, podemos ouvi-lo em temas como Secret, Forever Live And Die e o fabuloso Souvenir.

Actualmente, Paul divide a sua actividade musical pelos Orchestral Manoeuvres In The Dark, que voltaram à carga em 2005, e pelos OneTwo, projecto criado com Claudia Brucken, ex-vocalista dos Propaganda, em 2002. Ora aqui está uma boa ideia para um concerto em Portugal: OMD, com primeira parte dos OneTwo. Que tal?

Nomes de bandas: The Pet Shop Boys, A Flock of Seagulls, The Housemartins

The Pet Shop Boys (os rapazes da loja de animais de estimação)
Começaram por se chamar West End, numa alusão a esta zona de Londres. Parece que os dois se conheceram numa loja de electrónica. Para além disso, ambos partilhavam amigos que trabalhavam numa loja de animais de estimação.

A Flock of Seagulls (um bando de gaivotas)
Foram buscar o nome a um verso de uma música dos The Stranglers chamada Toiler On The Sea.
The Housemartins (as andorinhas dos beirais)
Foi o vocalista, Paul Heaton, quem surgiu com a ideia do nome, inspirado pelo seu escritor de eleição, Paul Tinniswood, que normalmente recorre às aves, nas suas obras, para representar o mundo metaforicamente.

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Pedro Abrunhosa nos anos 80

Chegou-me por mail um vídeo do Natal dos Hospitais de 1989 que mostra Pedro Abrunhosa e a sua banda, num registo que, digo eu, não seria o ideal para o tipo de audiência que fazia daquele evento um fenómeno televisivo. Trata-se de um registo com um certo valor histórico ou não surgisse Abrunhosa sem óculos e com cabelo. Fica a curiosidade satisfeita.



PS - Eu sei que não vos interessa para nada, mas o rapaz de óculos que está nas congas foi da minha turma no secundário e tem um nome inglês de que já não me recordo.

terça-feira, fevereiro 23, 2010

HOWARD JONES (55)

Uma das grandes baladas dos anos 80 chama-se No One Is To Blame. O responsável por este momento belo da pop dá pelo nome de Howard Jones e completa hoje 55 anos. Com dois álbuns de muito sucesso no Reino Unido - Human's Lib (1984) e Dream Into Action (1985) - Jones construiu uma carreira sólida, alicerçada em êxitos como New Song (1983),What Is Love? (1984), Like To get To Know You Well (1984), Things Can Only Get Better (1985) e Life In One Day (1985), entre outros.

domingo, fevereiro 21, 2010

Nomes de bandas: Kajagoogoo, Wang Chung, Marillion



Kajagoogoo
A banda de Too Shy foi buscar a sua designação ao som produzido por um bebé. De gagagoogoo a Kajagoogoo foi um instante. Já agora, Limahl é anagrama do apelido do cantor: Christopher Hamill.


Wang Chung
A designação desta banda, que nos deu temas como Dance Hall Days e o homónimo Wang Chung, vem do chinês huang chung, que, numa tradução literal, quer dizer sino amarelo. Mas foi a própria banda a explicar algures no tempo que a expressão se refere ao ouvido perfeito (ou ouvido absoluto), ou seja, aquele ouvido capaz de identificar qualquer nota e imediatamente reproduzi-la sob qualquer forma ou através de qualquer instrumento. Mas como isto dos nomes das bandas é terreno por vezes pouco firme, a banda já disse também que o nome Wang Chung tem a ver com o som que uma guitarra faz.


Marillion
O nome deste grupo foi retirado do título do livro The Silmarillion, the J.R.R. Tolkien. Pelo que reza a lenda, o livro estava na mesa à volta da qual a banda estava reunida para encontrar um nome. Por razões de direitos autorais, decidiram que o melhor era esquecer o "Sil".

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

O caso dos CDs caídos do céu: afinal havia gato

Anteontem completei 39 anos, mas ainda tenho muito que aprender. Na verdade, ainda sou um anjinho. Isto a propósito daquele "erro informático" que supostamente me traria às mãos uma grande quantidade de CDs (ler o post original aqui). Esta situação motivou mesmo uma sondagem, através da qual fiquei a saber que 72% dos votantes me aconselharam a não ser otário e a ficar com os CDs (obrigado a todos por se preocuparem).

Pois bem, o caso teve um desenvolvimento inesperado. Recebi o aviso dos CTT para levantar a encomenda na loja da minha área de residência. Só que o postal avisava-me, também, que tinha de pagar a módica quantia de 103 euros! Tudo ficou imediatamente claro: o cliente faz uma encomenda, o vendedor avisa que houve erro informático e envia-lhe um monte de CDs. Confrontado com a nota de pagamento, o cliente, que até é endinheirado e tem curiosidade em saber que CDs lhe enviaram, paga. O que não é o meu caso. Não sou endinheirado, nem tenho curiosidade em saber o que eles mandaram.

Mas a coisa não ficou por aqui, uma vez que, nos dois dias seguintes, chegaram mais dois montes de CDs para levantar, com respectivas notas de pagamento de 75 euros e 116 euros. É claro que ficaram lá. Só espero que os CTT lhes cobrem os gastos de devolução. A questão agora é saber como vou recuperar o dinheiro que investi pelo CD dos FGTH, que faz parte do monte e ao qual não vou ter acesso.

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

TARZANBOY (39)

A música sempre foi uma das minhas paixões, desde muito novo, talvez apenas igualada pelo gosto de escrever. A conjugação destes dois factores levou-me, em 2 de Novembro de 2003, a criar um blogue sobre a música dos anos 80, uma década fundamental na minha vida. Fundamental porque foi durante esta década que me aconteceram várias coisas pela primeira vez:
1. dei o primeiro beijo na boca a uma rapariga (e ambos gostámos);
2. assisti ao meu primeiro concerto ao vivo (dos Xutos & Pontapés, no Teatro Universitário do Porto);
3. tirei a minha primeira negativa num teste (foi a Educação Visual, e naquela altura chamavam-se "pontos");
4. apanhei a minha primeira bebedeira (naturalmente, não me lembro em que contexto);
5. experimentei o meu primeiro cigarro (sem querer voltar a repetir a experiência);
6. comprei o primeiro disco de vinil com o meu dinheiro (o "Cerco", dos Xutos & Pontapés);
Outras coisas aconteceram pela primeira vez, durante esta década, mas não há espaço aqui para as descrever.
Escolhi o nickname "tarzanboy" para assinar os textos do blogue porque precisava de um nome que me identificasse com a década. Não é que eu seja um fã especial do euro-disco, mas o título da música de Baltimora pareceu-me uma boa opção. Havia também a hipótese de "mirror man" (da música dos Human League) ou "the boy with the thorn in his side" (dos Smiths). Acabei por escolher aquele que meu veio logo à cabeça.
Através deste blogue, a que dei o nome de Queridos Anos 80, pretendi partilhar memórias e documentos relacionados com a música com a qual cresci. Para além disso, pude recuperar sons perdidos e até conhecer coisas que, na altura, me passaram ao lado.
Finalmente, o Queridos Anos 80 deu-me a oportunidade de conhecer pessoas com gostos muito parecidos com os meus. Umas apenas virtualmente, outras mesmo pessoalmente. O meu muito obrigado a elas, por se terem cruzado comigo.
Este artigo parece um artigo de despedida, mas não é. É só porque hoje faço 39 anos. Parabéns, tarzanboy!

ALI CAMPBELL (51)

Os puristas do Reggae nunca gostaram dos UB40, mas eu, que não sou um purista de coisa nenhuma, gosto da forma como eles deram um toque acessível (leia-se comercial e melodioso) a este estilo musical, que, para mim, sempre foi demasiado sério e aborrecido para me merecer a minha atenção (o Bob Marley dá-me sono...). O ex-vocalista da banda de Birmingham faz hoje 51 anos. Digo ex-vocalista porque Ali Campbell deixou os UB40 em 2008. É pena, mas também é uma oportunidade para vermos como é que o rapaz se aguenta sozinho, ele que tem o seu terceiro álbum a solo editado em 2009 (Flying High).


sábado, fevereiro 13, 2010

Under Pressure

Amanhã, no Coliseu do Porto, Joss Stone. Eu vou lá estar. Será que vai haver Under Pressure?

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

QA80 em ritmo lento...

O tempo para actualizar o QA80 não tem sido muito, por isso escasseiam as novidades por aqui. Pelo facto peço desculpa aos visitantes do blogue. Existe tanta coisa na minha cabeça relacionada com o blogue, mas que, por falta de tempo, não posso pôr em prática, que, às vezes, apetecia-me ter um clone. Entretanto, para breve, teremos novidades quanto à festa Queridos Anos 80... Stay tuned...

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Novo teledisco: FIELDS OF THE NEPHILIM - Moonchild

Já roda na barra lateral o teledisco de Moonchild, dos ingleses Fields of the Nephilim. Conheci-os em finais da década de 80, através desta Moonchild, tendo tido acesso, através de um amigo, ao álbum de estreia, Dawnrazor (1987), e fiquei logo fã deste gótico musculado e obscuro. No sábado, estarão no Coliseu do Porto, mas a minha presença no Ar D'Mar, impossibilita a ida a este concerto. A banda de Carl McCoy tem sete álbuns editados, o último dos quais data de 2005 - Mourning Sun. Com um percurso acidentado - McCoy saiu da banda nos anos 90 para formar os... The Nephilim, enquanto os restantes membros continuavam sob a designação de Rubicon - os Fields apresentam-se agora aos fãs portugueses do gótico mais duro. Bom concerto!

Geração 70 80 90 - AR D'MAR - 6/Fevereiro

Requerimento:

Exmo./a. leitor/a do Queridos Anos 80

Tarzanboy e Pedro Mineiro, DJs, vêm requerer a V.ª Ex.ª que se digne estar presente no Ar D'Mar, bar situado na praia de Canide-Norte, em Vila Nova de Gaia, no sábado, dia 6 de Fevereiro a fim de poder dançar até cair para o lado ao som das grandes malhas da pop/rock dos anos 80. Mais se informa que os anos 70 e 90 estarão também contemplados ainda que de forma mais discreta.

Mais se solicita que a referida presença de V.ª Ex.ª seja acompanhada de amigos, familiares, próximos ou distantes, que, consigo partilhem o gosto pela boa música e não dispensem o acompanhamento refrescante de uma cerveja, caipirinha ou, quem sabe, de uma bebida branca magistralmente servida pelo staff do Ar D'Mar.

Pedem deferimento

Porto, 31 de Janeiro de 2010

Os Requerentes,

_____________________________
(tarzanboy)
_____________________________
(pedro mineiro)

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

O que há de errado nesta notícia do Público*?

(*) Todos erramos, obviamente, e não é por isto que o Público deixa de ser o meu jornal preferido.

terça-feira, fevereiro 02, 2010

What the f***?


Tenho então duas escolhas: ou faço o upgrade para um serviço pago ou exporto todos os comentários, sendo que, neste momento, não há qualquer serviço que possibilite a importação dos mesmos. Damn it! E agora?