segunda-feira, outubro 27, 2008

Memórias do Rock Português, de Aristides Duarte

Finalmente deitei a mão ao magnífico livro de Aristides Duarte, Memórias do Rock Português, neste caso, a 3ª edição (parece que o autor tem prevista a edição de um 2º volume com informação totalmente inédita). Esta é a grande enciclopédia do rock feito em Portugal, ou, se quiserem, da música moderna portuguesa, como era denominada nos anos 80. Para além de inúmeras biografias de bandas e artistas portugueses, Aristides Duarte dá-nos a conhecer a evolução da música pop/rock em Portugal, desde os primórdios - anos 60 - até aos nossos dias, em cinco capítulos: 1- No princípio era o "yé yé"; 2- Os anos 70; 3- O boom do Rock português; 4- Os anos 90; 5- O século XXI. O livro está ainda enriquecido com entrevistas, memorabilia, dezenas de fotografias e ainda uma "Discografia Básica do Rock Português". Penso que o facto de se tratar de uma edição de autor trouxe algumas limitações à vertente gráfica/estética (ou formal) do livro, mas, neste caso, independentemente da forma, esta é uma obra que vale bem o conteúdo. Um obrigado ao Aristides Duarte por preencher esta lacuna! E, já agora, uma visitinha regular ao Rock em Portugal é obrigatória...

quinta-feira, outubro 16, 2008

It's a kind of magic (XX)

Se os Wham o fizeram, porque não haveriam os Duran Duran de o fazer? Refiro-me aos anúncios publicitários que, em meados dos anos 80, alguns dos maiores nomes da música pop gravaram para a televisão japonesa. Neste caso, Simon LeBon e companhia surjem num anúncio ao whisky Suntory Q. Não se percebe muito bem o enquadramento da banda no anúncio, nem sequer a opção estranha, digo eu, de lhes dar aquele ar de cabeçudos. E aquelas bonecas de porcelana dão-me arrepios! Uma coisa é certa: os japoneses devem ter pago muito bem para os rapazes aceitarem aparecer naquela figura, e a dobrar, uma vez que foram gravados dois anúncios. Salvam-se as músicas: Is There Something I Should Know e The Reflex. Os vídeos que se seguem são momentos mágicos. Foi algures na década de 80.



Momentos mágicos anteriores:
mike scott kim wilde wham milli vanilli bonjovi phil collins eurythmics new order duran duran bauhaus peter murphy band aid sabrina cure depeche mode sétima legião u2 classix nouveaux bruce springsteen

terça-feira, outubro 14, 2008

E o Miko respondeu!

A propósito do texto sobre Miko Mission, decidi escrever-lhe um e-mail que dizia o seguinte:
Hello, Miko!

I am a Portuguese fan of the italo-disco scene from the 80s and I run a weblog about the music of the 80s. I just published a text about the great Miko Mission, who had a huge amount of success in Portugal back in the 80s. I would like you to write some words to your fans in Portugal and talk about your plans and projects! Thank you!

By the way, you can visit my weblog in
www.queridosanos80.com.

Ciao!
tarzanboy
E não é que o grande Miko Mission respondeu? Alguém sabe italiano? :)
CIAO ho visto con piacere il tuo messaggio ti ringrazio saprai sicuramente che e' uscito il nuovo singolo di MIKO MIssion "thinking of you" un saluto a tutti gli amici portoghesi e un abbraccio affettuoso a tutti ciao a presto!! MIKO
É caso para dizer: grazie, Miko!

domingo, outubro 12, 2008

Miko Mission

Há várias razões para se falar de italo-disco (ou euro-disco, numa designação mais abrangente), no Queridos Anos 80. Em primeiro lugar, porque nenhum outro estilo musical se enquadra tão bem temporalmente na década de 80 como este. O italo-disco nasceu, viveu e morreu nos anos 80. Em segundo lugar, porque o italo-disco foi importante na década de 80, reflectindo uma maneira própria de fazer música, de a cantar, e até de a dançar. Em terceiro lugar, porque, tal como o disco-sound dos anos 70, o italo-disco (ou euro-disco) motivou as mais extremas reacções: da veneração ao ódio puro e duro, ninguém lhe ficou indiferente. Em último lugar, porque tenho tido, ao longo destes quase cinco anos de QA80 diversas solicitações por e-mail ou através da caixa de conversa da barra lateral no sentido de falar de artistas ligados a este género musical. É neste sentido que trago aqui Miko Mission.

O seu nome verdadeiro é Pier Michele Bozzetti e é italiano. A sua actividade musical começou em 1964, ano em que, sob a designação de Don Miko, editou o single Gente...che ragazza!. Desde então, e ao longo das décadas de 60 e 70 afirmou-se como um dos mais cotados cantores italianos (para consumo interno), tendo participado em duas edições do Festival de Sanremo. Como curiosidade, refira-se que, em 1966, gravou uma versão italiana de Michelle, dos Beatles.

Nos anos 80, Pier Michele Bozzetti decide enveredar pelos caminhos da música de dança cantada em inglês, entrando para o vasto grupo de cantores italianos que haveriam de ser o rosto do tal italo-disco. Em 1984, conquistou as pistas de dança europeias com o tema How Old Are You, seguindo-se The World Is You, canção de que guardo mais recordações devido ao teledisco que passava constantamente no Top Disco, da RTP. Outros temas gravados por Miko Mission, durante os anos 80, foram: Two for love (1985), Strip tease (1986), Toc toc toc/I Like A Woman's Heart (1987), I believe (1988), One step to heaven (1989), Rock me round the world (1989) e I can fly (1994). Miko Mission apostava vidualmente num look que assentava em quilos de maquilhagem. A figura fazia lembrar um actor de teatro de cabaret, por vezez um mimo.

Nos anos 90, recuperou a designação Don Miko e é com ela que, até hoje, mantém a actividade musical com concertos. Podemos vê-lo, a actuar ao vivo (provavelmente em playback) nesta festa dos anos 80, na Holanda, em 2005. Aqui podemos ouvir as primeiras canções de Don Miko, ainda nos anos 60. No

quinta-feira, outubro 09, 2008

Novo teledisco: JOHN LENNON - Just Like Starting Over

Just Like Starting Over foi o primeiro single a ser retirado do álbum Double Fantasy, de John Lennon, e foi lançado dois meses antes da sua morte. Duas semanas após o assassinato do ex-Beatle, o single ressuscitou e chegou ao primeiro lugar das tabelas de vendas americana e britânica. Hoje, se fosse vivo, John Lennon completaria 68 anos, por isso trago aqui o teledisco deste tema, realizado por Joe Pitka, postumamente, em 2000. Para ver na barra lateral.

quinta-feira, outubro 02, 2008

STING (57)

The Dream Of The Blue Turtles (1985) e ...Nothing Like The Sun (1987) são os dois álbuns gravados por Sting, a solo, nos anos 80. Pode dizer-se que foi um (re)começo em grande após a dissolução dos The Police. Os álbuns venderam muito bem dos dois lados do Atlântico e algumas das canções incluídas nesses LPs ficaram como referências musicais da década. Estou a referir-me, por exemplo, a If You Love Somebody Set Them Free, Fortress Around Your Heart, Russians, Englishman In New York ou Fragile. Sting pode não ser o tipo de intérprete/frontman que desperte grandes emoções (falo por mim...), mas a sua música fica sempre bem em casa numa reunião de amigos. De nome verdadeiro Gordon Sumner, este senhor, especialista, ao que dizem, em sexo tântrico, completa hoje 57 anos. Parabéns!

MIKE RUTHERFORD (58)

Sinceramente, nunca prestei grande atenção ao trabalho dos Genesis, mas esse facto não impede que justiça seja feita a um dos seus fundadores, Mike Rutherford, um autêntico homem dos sete ofícios. Passo a explicar: fundou os Genesis ainda nos anos 60, assumindo as funções de baixista, guitarrista (doze cordas) e coros. Depois assumiu definitivamente a guitarra, após a saída de Steve Hachett. Em 1980 e 1982 gravou dois álbuns a solo, Smallcreep's Day e Acting Very Strange, respectivamente. Em 1985, durante mais uma pausa dos Genesis, fundou os Mike And The Mechanics, cujas marcas principais nos anos 80 ficam a cargo de Silent Running, All I Need Is A Miracle e o êxito estrondoso The Living Years. Quanto aos Genesis, Invisible Touch terá sido o momento mais alto da banda nos anos 80. Mike Rutherford tem ainda direito a destaque, hoje, no QA80, porque faz 58 anos. Parabéns!

quarta-feira, outubro 01, 2008

1 de Outubro - Dia Mundial da Música

A Música é uma das minhas grandes paixões. Tenho pena de não saber tocar qualquer instrumento, mas ainda não perdi a esperança. A Música foi também o que me levou a criar o Queridos Anos 80. Em boa hora o fiz, porque encontrei muita coisa que me passou ao lado enquanto adolescente, recuperei sons que se tinham apagado da minha memória, conheci pessoas que valem muito a pena, diverti-me, escrevi, ouvi. Devo, então, agradecer a ela, à Música, que hoje vê reconhecido todo o seu esplendor, no Dia Mundial da Música.

A este propósito, partilho convosco aqueles que são, talvez, os meus dez álbuns preferidos dos anos 80. Digo "talvez" porque se refizer esta lista amanhã ou daqui a uma semana ou um mês, talvez ela surja modificada. E ainda bem. A Música é assim!


Sem ordem de preferência:
echo & the bunnymen - ocean rain
the sound - from the lions mouth
the smiths - the queen is dead
the jesus and mary chain - darklands
everything but the girl - baby the stars shine bright
pixies - doolittle
the cure - the head on the door
the cult - love
the mission - god's own medicine
depeche mode - music for the masses