sexta-feira, julho 30, 2004

Heroin Boy



Boy George foi uma das personalidades mais carismáticas e controversas da música dos anos 80. Vocalista dos Culture Club, no momento mais alto da sua carreira, viu-se, como tantos outros, apanhado nas malhas da droga. Enquanto uns vão desta para melhor, a outros sai-lhes a sorte grande e são presos, tendo depois a oportunidade de start all over again. Boy George foi um destes sortudos.

Sempre foi presa fácil dos tablóides ingleses, que sempre tiveram assunto para especular no que diz respeito às suas preferências sexuais. Quando um amigo americano que estava de visita a Inglaterra foi encontrado morto no seu apartamento com uma overdose de heroína tudo se precipitou e George não teve por onde escapar.

Foi há precisamente 18 anos que o nosso Boy foi preso por posse de heroína. Do You really Want To Hurt Me? terá perguntado ao polícia que o algemava. Não, apenas quero fazer cumprir a lei ( e já agora assegurar que não desapareces do mapa e deixas a minha filha sem o seu maior ídolo) - terá respondido o sr. officer.

Com muitos ups and downs, a sua recuperação não foi fácil nos anos subsequentes, mas conseguiu libertar-se definitivamente desse mal, tal como dá conta na sua autobiografia, Take It Like A Man. Em finais dos anos 80 chegou mesmo a criar uma banda chamada Jesus Loves You, um tributo ao cristianismo, religião a que se dedicou e que o ajudou no seu problema.

Actualmente Boy George é um dos mais respeitados DJs em Inglaterra. As televisões multiplicam-se em convites para talk-shows. Aquele que um dia foi desprezado e criticado pela sociedade britânica, é hoje em dia uma das suas personalidades mais apreciadas. As voltas que o mundo dá. Tudo isto me leva à seguinte conclusão: José Castelo Branco, não desistas! Há sempre uma esperança!

quinta-feira, julho 29, 2004

Madonna



A raínha da pop vem a Portugal. Se não é o maior concerto de sempre em Portugal, andará lá perto. O Pautas Desafinadas já tem os preços. Um grande esforço financeiro, mas, caramba, é a MADONNA!

Aconteceu neste dia



1981 - O casamento real inglês tem lugar hoje. Carlos e Diana juram fidelidade para todo o sempre até que a morte os separe. Nas lojas de discos surgem um conjunto de singles relacionados com o evento. À semelhança do casamento real, estas canções não terão sucesso: Lady D (Typically Tropical), Charlies Angels (Mini & The Metros) e Diana (Mike Berry).



1982 - Andy Taylor, guitarrista dos Duran Duran casa-se com a cabeleireira do grupo, Tracey Wilson, durante uma digressão americana em Los Angeles. O casamento foi já cancelado por três vezes devido aos compromissos dos Wild Boys. À quarta foi de vez. John Taylor foi o padrinho de casamento ( o best man). Andy confidenciou ao repórter do Queridos Anos 80: "Não me preocupa que ela ganhe a vida a mexer nas cabeças dos meus melhores amigos. O amor é mais forte. Save a prayer!"

sexta-feira, julho 23, 2004

The Rough Guide To Cult Pop



Voltamos aos livros. Desta vez trago-vos a minha última aquisição: The Rough Guide To Cult Pop. Esta é uma pequena (no formato) pérola para nos acompanhar nas férias. Trata-se de um livro da colecção Rough Guides, que aborda a música pop e todos os fenómenos de culto à sua volta, desde as canções mais marcantes aos artistas mais carismáticos, passando pelos géneros musicais e as modas mais excêntricas. Não se trata de um livro exclusivamente sobre os anos 80, mas contem uma grande componente eighties. O livro apresenta-se em inglês e as fotos incluídas são de grande qualidade.

O que mais me agrada neste livro, para além, como é óbvio, do conteúdo textual, é a forma como está escrito. Por vezes, este tipo de publicações cai numa certa monotonia na forma como apresenta os conteúdos. É o risco que qualquer livro de teor enciclopédico corre. Neste caso, não. Paul Simpson, o editor, e os seus colaboradores deram a este livro um tom ao mesmo tempo informativo e divertido. As fotos são acompanhadas de comentários mordazes e os textos apresentam um toque de humor que chega a ser por vezes bastante... ácido.

A capa do livro apresenta-nos uma foto cheia de Debbie Harry com todo o seu glamour. Como teaser, abro o livro na página 181, secção The Lists, e deixo-vos com o top 10 dos álbuns mais vendidos nos EUA durante a década de 80:

1. Thriller, Michael Jackson
2. Purple Rain, Prince
3. Dirty Dancing, Banda Sonora Original
4. Synchronicity, The Police
5. Business As Usual, Men At Work
6. Hi Infidelity, REO Speedwagon
7. The Wall, Pink Floyd
8. Whitney Houston, Whitney Houston
9. Faith, George Michael
10. Whitney, Whitney Houston

Quem é o cromo?



Estava eu deliciado a ver o Top 20 dos piores telediscos de sempre, quando me aparece este cromo em 11º lugar. Vamos lá a testar esse conhecimento da oily-pop dos eighties (também conhecida como a pop-azeiteira). Quem sabe o nome do cromo?

sexta-feira, julho 16, 2004

O e-mail e o pedido de ajuda

 
Recebi este e-mail do Pedro, mas infelizmente não o posso ajudar sobre o teledisco que ele procura. Será que algum de vós se lembra?
 
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Olá
 
Visitei recentemente o blog Dear80's, no ambito de uma pesquisa que ando há mais de um ano a tentar ver se descubro, será que me pode ajudar?
 
Trata-se de um teledisco da época que foi filmado nos açores na lagoa das sete cidades, em que se me recordo: uma personagem entrava dentro da lagoa e lá estabelecia contacto com uma civilizaçao habitante do centro da terra, ou atlante, mais ou menos por aí...enfim, lembro-me vagamente disso no antigo programa top disco.
 
Gostava se possivel de saber o nome da banda ou mesmo até desse tema, para além de amante da boa música que se fez nos anos 80, sou também investigador nas horas vagas de civilizaçoes antigas e desaparecidas, gostava de recordar um teledisco que sempre achei mto interessante com uma ideia genial, apesar de nao me lembrar nem da musica nem da banda que o fez.
 
Grato por qq atençao que possa ser dispensada a esta "pequena" questao.
 
Cumprimentos
 
Pedro
 
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quinta-feira, julho 15, 2004

Ian Curtis (48, se ainda estivesse por cá...)



O líder dos Joy Division faria hoje 48 anos se não se tivesse enforcado a 18 de Maio de 1980. Agora, digam-me lá umas coisas:

1. Como seria Ian Curtis com 48 anos? Um gordo viciado em comprimidos com um historial de sucessivos internamentos em hospitais psiquiátricos ou um cantor/compositor de culto bem ao estilo de um Leonard Cohen?

2. Que teria sido feito dos Joy Division? Um grupo com uma carreira sólida ao longo dos anos 80, cuja evolução iria dar a qualquer coisa parecida com os New Order ou mais uma das centenas de bandas cuja falta de ideias e excesso de conflitos acabaria por determinar o seu fim sem honra nem glória?

terça-feira, julho 13, 2004

LIVE AID: foi há 19 anos



O festival de música que marcou a nossa infância realizou-se há 19 anos. Estou a falar-vos do Live Aid. A partir de uma ideia de Bob Geldof (Boomtown Rats) e Midge Ure (Ultravox), este foi o festival que nos prendeu à TV durante largas horas. Na ausência de programas de telediscos, de estações televisivas de música, esta foi a primeira oportunidade de vermos os nossos ídolos ao vivo... e a preto-e-branco, no meu caso.



A história do Live Aid começa uns meses antes com a canção Do They Know It's Christmas. Depois de ter visto as imagens que horrorizaram o mundo - seres humanos a morrer de fome na Etiópia - Bob Geldof juntou-se a Midge Ure e ambos decidiram compor uma canção que seria interpretada pelos maiores nomes da música britânica da altura, entre os quais estavam nomes como Sting, Phil Collins, George Michael Bono, Duran Duran, Culture Club, Spandau Ballet e Bananarama. O objectivo era simples e grandioso ao mesmo tempo: angariar fundos para ajudar as vítimas da fome na Etiópia. Surgiu então o single Do They Know It's Christmas, que foi fenómeno mundial de vendas (8 milhões de libras) e é ainda hoje tema obrigatório na época natalícia.

O sucesso de DTKIC deverá ter incentivado Geldof a pensar mais alto. Havia que aproveitar a generosidade da música e só ao vivo ela poderia, com toda a sua força, fazer alertar o mundo para um problema tão real como distante. Decidiu-se então organizar um concerto que congregasse o que de melhor a música tinha nos anos 80. Foram escolhidos dois palcos - o Estádio de Wembley, onde teria lugar o desfile de artistas britânicos, e o Estádio JF Kennedy, em Filadélfia, onde os artistas americanos actuariam para o mundo. Esta regra não se aplicou na perfeição pois, por exemplo, os Duran Duran actuaram no palco americano.

Phil Collins foi o único artista que actuou nos dois palcos. Entrou no palco de Wembley às 15.18 para tocar com Sting durante cerca de meia-hora. Depois apanhou o Concorde para Filadélfia. Durante a viagem foi entrevistado em directo para a BBC, enquanto Carlos Santana actuava no Estádio JF Kennedy. Entrou no palco americano à 1.00 da manhã (hora inglesa) para cantar Against All Odds e In The Air Tonight.



Aqui encontram um quadro detalhado das actuações, horários e músicas interpretadas. A avaliar pela reacção do público e da imprensa da altura, as actuações mais conseguidas foram as dos U2 e dos Queen com Bono e Freddie Mercury em grande forma.

O Live Aid, nas suas duas vertentes, arrecadou cerca de 40 milhões de libras, dinheiro que foi canalizado para a ajuda aos mais necessitados em África. É claro que este evento não resolveu o problema, mas pelo menos aproximou-nos daqueles que até então eram "invisíveis" aos olhos do mundo desenvolvido.

Para mim, o Live Aid foi um momento mágico em que pude ver pela primeira vez os meus ídolos da música tocar ao vivo. Desde os U2 até aos Simple Minds, passando por Duran Duran, Nik Kershaw, Paul Young, Madonna, enfim tantos! Foi também o da desilusão de ver uma das minhas bandas preferidas da altura cancelar a sua participação - os Tears For Fears - ou de não poder acompanhar a parte americana do concerto até ao fim porque a minha mãe não deixou (o concerto acabou às 4 da manhã)!

Acreditando nesta notícia, lá para o Natal teremos finalmente a edição em DVD deste festival.

Convido-vos desde já a deixarem nos comentários as vossas memórias deste dia!

segunda-feira, julho 12, 2004

Sondagem QA 80: Wild Boys dominam


Foi talvez a mais longa sondagem realizada pelo QA 80. Foram oito semanas para saber quem afinal visita mais o blog que recorda a música dos anos 80 - os rapazes ou as meninas, por outras palavras, os Wild Boys ou as Material Girls.

Eis os resultados:
106 cliques
75 Wild Boys (71%)
31 Material Girls (29%)

Conclusões? Não há conclusões! Obrigado a todos por passarem por cá, em especial às meninas, que podem ser em menor número, mas são de qualidade!

domingo, julho 11, 2004

PETER MURPHY (47)



Peter Murphy faz hoje 47 anos. Parabéns!
Foi vocalista dos Bauhaus, mas foi a solo que a sua música atingiu todo o seu esplendor.
Um exemplo:

All Night Long
(do álbum Love Hysteria, 1988)

When the night is closing
Eyes are running wild
Then I hear you humming
All night long

The sign I see it
Tell me am I true
All I need from you is
All I see

This city's paved with cold
Playboys buying fun
Seems there is no hunter left
Without his hunting gun

Can you feel the light
The air is wild open
Oh you see the light it's coming through
It's there in the distance
Always offered to me
Always coming over a hill

Oh your see-saw smile
Lasts me all night long
Like a siren's curl
When the night is long

Now come hold my hand
No bad vibe hearts
Hold my hand you know
This journey could be long

Yeah the seasons come in
All the nights are woven
All the nights we'll see them through
Ahh no hundred men now
Would dare cut into us
We'll go on and see it through

Belle,
Une rose qui a joue son role
Mon Miroir,
Mon clef d'or
Mon cheval
Et mon gant sont les cinq secrets de ma puissance
Je voulais livrer
Il vous suffira de mettre ce gant
A votre main droite
Il vous transportera ou vous desirez l'etre

When the night has come in
Your eyes are running wild
Then I hear you humming
All night long

Yeah the sign I see it
Yeah the times I see it
All I need to know from you
Is all I see

Can you feel the light
The air is wild, open
Oh you see the light,
It's coming through
It's there in the distance
Always offered to me
Always coming over a hill
Yeah the seasons come in
All the nights are woven
All the nights we'll see them through
Ahh no hundred men now
Would dare cut into us
We'll go on and see it through

sábado, julho 10, 2004

Glenn Medeiros

If I had to live my life without you near me The days would all be empty



O fantasma de Glenn Medeiros sempre pairou sobre o Queridos Anos 80. Tentámos por diversas formas afastá-lo, exorcizá-lo, mas não conseguimos. Nem com ghostbusters lá foi. Agora, decidimos dedicar-lhe o seu espaço. Fomos para a rua. Falámos com as pessoas. Quisemos saber o que mais as intrigava na vida do jovem Glenn. Ficámos surpreendendidos, pois parece que o país vive, sombrio e angustiado, à espera do regresso do príncipe do romance na praia, do beijo salpicado da espuma do mar. Arriscamos mesmo a dizer que a crise que atravessamos se deve também em parte ao quase desaparecimento de Glenn Medeiros.

A partir de hoje tudo será diferente. Vamos desvendar tudo sobre a vida do nosso jovem. Vamos revelar cada aspecto da sua vida/carreira. Vamos esventrar o animal e analisar cada elemento da sua composição (esta metáfora podia ter sido mais feliz...).

Esta apresentação irá ser feita no modo pergunta-resposta. Curiosamente, todas as pessoas que nos fizeram as perguntas preferiram ficar no anonimato. Vamos a isto!

P- Lembro-me que o Glenn era muito "chabalo" quando apareceu... Que idade terá ele agora? 33 anos, taxista
R- O Glenn fez 34 anos no dia 24 de Junho. Quando gravou o seu primeiro single ainda não tinha completado 16 anos.

P- Ai, ele tinha uma música tão linda!!! Qual era o nome? Era assim um slow que a gente dançava nas manités da discoteca... Foi a dançar essa música que comecei a namorar com o meu Alfredo! (35, empregada de sapataria)
R- A música em questão só pode ser Nothing's Gonna Change My Love For You. A história dessa música começa quando Glenn, com apenas 16 anos, participa num concurso de jovens talentos das escolas do Havai (onde ele vivia), organizado por uma estação de rádio. O concurso chamava-se Brown Bags To Stardom e Glenn venceu-o. Levou para casa 500 dólares e ainda teve a oportunidade de gravar a canção em estúdio. Duas curiosidades:
1. a música foi originalmente gravada por George Benson em 1985.
2. Glenn Medeiros gravou uma versão em espanhol chamada Nada Cambiara Mi Amor Por Ti.

P- Medeiros? Glenn Medeiros? Ele nasceu em Portugal? Ou era filho de emigrantes portugueses? (36, sociólogo)
R- Glenn Alan Medeiros não nasceu em Portugal, mas sim numa ilha do Havai chamada Kaua'i, mais precisamente na cidade de Lihue. Os pais são de ascendência portuguesa. O pai, Robert Medeiros, é condutor de autocarros turísticos lá na ilha, uma espécie de guia turístico ao volante. Quando tinha 10 anos, Glenn era a atracção do autocarro ao cantar para os turistas. A mãe, Dorothy, é doméstica.

P- Qual a discografia de Glenn Medeiros? Tenho tido dificuldades em atender pessoas que constantemente me perguntam pelos álbuns do Glenn... (25, empregado em loja de música)
R- Glenn Medeiros gravou os seguintes álbuns:
Glenn Medeiros (1987)
Not Me (1988)
The Red Album (1990)
It's Alright To Love (1993)
The Glenn Medeiros Christmas Album (1993)
Sweet Island Music (1995)
Captured (1999)
Me (2003)

P- É verdade que Glenn Medeiros gravou duetos com muita gente conhecida? (38, polícia de trânsito)
R- É verdade que gravou duetos... mas não foram com muita gente conhecida (pelo menos na Europa)... a não ser que os seguintes nomes lhe digam alguma coisa: Lisa Miller, Elsa Lunghini, Ria Brieffies, Elisabeth Wolfgramm, Janey Clewer, Colleen Cua Nagasako, Kiyotaka Sugiyama e Ilona Irvine. O seu maior êxito em dueto foi com Bobby Brown, em She Ain't Worth It (1990). Registe-se ainda um dueto com Thomas Anders, vocalista dos Modern Talking, para a música Standing Alone (1992). Em 2002, uma girl-band havaiana chamada Forté convidou Glenn Medeiros a participar numa cover de Nothing's Gonna Change My Love For You.

P- Que é feito do Glennzinho actualmente? É casado? Tem filhos? Continua a gravar? Dedicou-se à pesca? (39, vendedora de peixe)
R- O Glennzinho é casado com Tammy, de quem tem dois filhos, um menino e uma menina. Ele chama-se Chord Kaleohone Medeiros, sendo que "Chord" é o inglês para "acorde de guitarra" e "Kaleohone" é havaiano e significa "suave, doce voz". A menina chama-se Lyric Leolani Medeiros, sendo que "Lyric" é o inglês para "letra de canção" e "Leolani" é havaiano e significa "voz celestial". Nomes originais, não? Imaginem o Figo chamar "Baliza Vanessa Figo" à sua filha
ou "Livre-Directo Miguel Figo" ao seu filho...
Glenn Medeiros continua a gravar. O seu último álbum chama-se Me (2003) e só está disponível no seu site oficial. Paralelamente, e preparando um futuro que pode não passar pela música, conseguiu concluir este ano o Mestrado em Educação Especial...

quinta-feira, julho 08, 2004

Andrew Fletcher (43)



Andy Fletcher, natural de Nottingham e membro fundador dos Depeche Mode (uma das maiores bandas à face da Terra, caso não saibam), completa hoje 43 anos. Parabéns!

Os momentos de paragem criativa dos Depeche Mode dão oportunidade aos seus membros de se envolverem em projectos a solo. Fletcher tem-se dedicado a participações como DJ em diversos festivais de música. A sua actividade musical estende-se ainda ao duo feminino Client, projecto de música elctrónica, através do qual Fletcher concretiza os seus dotes de DJ. As Client são ainda a única banda da editora Toast Hawaii, fundada recentemente pelo aniversáriante de hoje.

Andy Fletcher e as Client já passaram pelo nosso país, mais concretamente pelo Festival Dunas de S. Jacinto, que se realizou precisamente há um ano, em Julho de 2003. Fletcher e as meninas fecharam o dia que teve como cabeças-de-cartaz os magnifícos Roxy Music.

quarta-feira, julho 07, 2004

FAIRGROUND ATTRACTION

Too many people take second best But I won't take anything less



Foi numa conversa com colegas de trabalho sobre a vida, os amores e os desamores, que me lembrei do Perfect dos Fairground Attraction, música que apareceu em 1988 e permaneceu durante duas semanas no primeiro lugar do top britânico. Todos nos lembramos da vocalista, do seu chapéu e dos óculos e do teledisco que, salvo o erro, era todo filmado numa barcaça que ia deslizando nas águas calmas de um rio. Perfect ficou para sempre no nosso imaginário colectivo dos anos 80.

Os Fairground Attraction surgiram em 1987 e vinham cheios de boas intenções. Eddi Reader, a vocalista de nacionalidade escocesa, tinha já um percurso sólido de menina-de-coro de artistas como Gang Of Four, Alison Moyet e Eurythmics. A ela juntaram-se o guitarrista e compositor Mark Nevin, o baterista Roy Dodds e Simon Edwards, que, em vez da tradicional guitarra-baixo, tocava violão acústico.



O único álbum do grupo chama-se The First Of A Million Kisses e, para além do universal Perfect, contém a pérola Find My Love. Os Brits Awards de 1989 premiaram o seu estilo pop condimentado de elementos folk/jazz com o prémio para Melhor Álbum e Melhor Single. Nesse mesmo ano, durante o verão, após uma estrondosa digressão pelo Japão, os Fairground Attraction dissolveram o projecto, no que foi mais um episódio visto e revisto em tantos artistas dos anos 80. A editora do grupo lançou ainda uma colectânea de lados-B e canções não editadas sob o título Ay Fond Kiss.

Eddi Reader prosseguiu carreira a solo, mas não lhe conheço qualquer registo de destaque.