Hugh Cornwell é a definição de um estilo dos anos 80 a que eu chamaria dark-cool. Pela pose, pela indumentária, pela voz. Sim, há poucos como ele na década dourada da pop-rock. Também há poucas bandas como os The Stranglers, difícil de catalogar e ao mesmo tempo tão entusiasmantes na pop e no rock que conseguiram fazer. No seu período áureo, os The Stranglers contaram com Hugh Cornwell como vocalista, povoando os nossos gira-discos e leitores de cassetes com clássicos como Golden Brown, Strange Little Girl, Skin Deep ou Always The Sun.
Em 1988, quando ainda fazia parte da banda, meteu-se numa má aventura a solo: o álbum Wolf foi quase ignorado pelo público e foi violentamente maltratado pela crítica. Após deixar a sua banda de sempre, em 1990, continuou um percurso a solo que, apesar de um número assinalável de álbuns, nunca lhe trouxe o reconhecimento à escala mundial. Paralelamente manteve uma carreira, ainda que discreta, como ator. Escreveu ainda quatro livros, entre os quais a autobiografia A Multitude Of Sins (2004).
As últimas notícias dão-no com várias datas ao vivo, em outubro e novembro, previstas para Reino Unido, Holanda e Alemanha, em promoção do álbum Totem & Taboo, que vai ser editado em 10 de setembro. Pelo meio, poderemos ouvi-lo, em direto, numa série de entrevistas para a rádio.
Hoje, Hugh Cornwell completa 63 anos. Parabéns!
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