As últimas notícias que o site e a página no facebook oficiais de George Michael apresentam datam de novembro deste ano e dão conta da azáfama do músico na preparação do documentário Freedom, cuja estreia estará apontada para março de 2017, e da intenção, tanto por parte da Sony como do ex-vocalista dos Wham, em fazer coincidir esse momento com a reedição de Listen Without Prejudice. Não há, não havia notícias de quaisquer problemas de saúde que nos pudessem preparar para a notícia da sua morte. Mas aconteceu, neste dia de Natal de 2016.
A morte de George Michael é o desaparecimento de um pedaço da infância ou adolescência de cada um de nós, que pertencemos a uma geração que guardava e guarda uma imagem, tanto estética como musical, muito nítida deste ícone da pop dos anos 80. E que a revisitava, e revisita, assiduamente no leitor de CDs lá de casa ou no DJ set ao som do qual dançamos frequentemente. É o desaparecimento do ídolo teen pop, cujos posters da revista Bravo preenchiam as paredes dos quartos femininos, ao lado do seu companion Andrew Ridgeley, enquanto no gira-discos rodavam os Wake Me Up Before You Go-Go ou os Last Christmas de que os rapazes negavam gostar na escola. Mas também é o desaparecimento do compositor de obras magistrais a solo como os álbuns Faith ou Listen Without Prejudice, que mostraram que a liberdade - a Freedom - de George Michael era também a nossa de podermos admitir que um dia tínhamos gostado daquele ídolo pop. Agora já muito tempo passou. Os Wham acabaram há 30 anos e George Michael deixou-nos hoje. Fica a música e ficam as memórias, em jeito de homenagem, do concerto em Coimbra, em 12 de maio de 2007.
2 comentários:
Obrigado. Para mim, essa perda foi de facto um enorme pedaço (e não pequeno) da minha infância, adolescência, idade adulta... Foi um pedaço da minha vida que partiu. Tive a felicidade de o ver duas vezes ao vivo e de o conhecer pessoalmente em Coimbra, em 2007. Tenciono deslocar-me a Londres para o seu funeral onde tocará Elton John e depois para o concerto de homenagem, ao jeito de Freddie Mercury em 1992, que se realizará este ano.
Obrigado por este blog. Tenho orgulho em pertencer à geração 80.
Pedro, não tens de agradecer. Obrigado eu por esse teu testemunho. E esse concerto de homenagem deverá ser qualquer coisa de arrepiante!
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