"Olá Tarzan Boy. Eu estive lá e mando-te aqui o meu relatório. Este texto já foi publicado em http://as-barbas-do-hernani.blogspot.com/
Cumprimentos bloguísticos e "oitentísticos". ;)
Ofereceram-me um bilhete, e em nome dos velhos tempos (anos 80, primeiros 5 anos) fui ver a Madonna ao Pavilhão Atlântico. Em nome do tempo em que implorei durante meses à minha mãe que me encontrasse um pullover verde-alface com decote em bico. Em nome de "Burning Up", "Borderline", "Over and Over" e tantas outras canções que sabia de cor.
Gostei de a ver, está com bom aspecto apesar de terem passado por nós 20 anos. Também gostei de ter tido a oportunidade de vaiar o Pedro Santanás Lopes num grande recinto. Não é todos os dias. Não gostei dos fãs da Madonna. Na sua maioria, são histéricos e não têm escrúpulos.
O espetáculo em si foi muito conceptual e muito variado (apesar de poder dispensar alguma enjoativa imagética circense), com especial destaque para alguns trabalhos em vídeo muito bons. Continuo a achar que é pouco explorada a área da dança, que lhe parece interessar tanto desde que foi bolseira de dança na universidade aos 19 anos. Algumas canções foram re-inventadas (afinal nem todas tiveram direito a nova versão), mas não sob essa perspectiva. É algo que apenas se arranha ao de leve nalguns dos vídeos que passaram nos écrãs - a junção dos novos arranjos sonoros a novas perspectivas dentro da dança contemporânea e da fotografia. É um pacote potente mas pouco explorado. O fim do espetáculo é muito abrupto, não há encores nem palavrinhas soltas, e fica a impressão de que os planos são cumpridos cirurgicamente ao minuto. Muito sorridente e muito pouco preguiçosa como de costume, Madonna vinha carregadinha de mensagens de paz, mas até o desejo de paz mundial cabe dentro de um esquema muito profissional, muito certinho, sem grande espaço para a "re-invenção"."
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