quarta-feira, março 30, 2005

TIFFANY

I think we're alone now There doesn't seem to be anyone around



Tudo o que sempre quis saber sobre a Tiffany e nunca teve pachorra para perguntar. Cá vai:

Tiffany Renee Darwish nasceu a 2 de Outubro de 1971, nos EUA, e desde cedo mostrou as suas aptidões vocais (isto é relativo, como devem calcular). Foi como cantora country que a jovem Tiff deu os primeiros passos na música. Acompanhou gente famosa e a certa altura foi descoberta por um tal George Tobin. Este senhor, que era produtor/empresário, haveria de comandar e dominar a carreira da miúda nos anos seguintes.

Tiffany não tinha completado 16 anos quando surgiu o seu primeiro álbum, homónimo, de 1987, que contém aquelas duas canções de que todos ainda nos lembramos: I Think We’re Alone Now e Could’ve Been. A primeira foi mesmo o seu maior sucesso no nosso país. O teledisco (que podem recordar AQUI, se tiverem instalado o Real Player) mostrava imagens de Tiffany a cantar num centro comercial, sem palco, com o público à distância de um passo. Foi precisamente uma digressão em centros comerciais o modo encontrado para promover o seu álbum de estreia. Contam os relatos da altura que esta digressão teve um êxito estrondoso ao ponto de provocar autênticas enchentes e problemas graves de segurança nos concertos. Conhecida por “The Mall Girl” (a miúda do centro comercial), Tiffany viu a sua popularidade aumentar vertiginosamente. As miúdas imitavam o seu corte de cabelo, os rapazes até achavam piada àquela ruiva com voz de criança. Estava instalada a tiffanymania.

A loucura americana por esta jovem só encontrou paralelo no Japão, país que, nos anos 80, era um autêntico eldorado para muitos artistas. Podia-se não ter sucesso algum na Europa, podia-se nem sequer ser conhecido nos Estados Unidos – havia sempre o Japão. Ser grande no Japão não era difícil. Já diziam os Alphaville.
A Europa também recebeu Tiffany de braços abertos. Sinceramente não me lembro de alguma vez esta jovem ter pisado os nossos palcos, mas não seria de admirar que o Júlio Isidro a tenha apadrinhado no seu Passeio dos Alegres.

No meio desta tiffanymania, a cantora, ainda menor, lembrou-se um dia de pedir nos tribunais a sua emancipação legal em relação à sua mãe e ao seu padrasto. Estávamos em 1988. Considerada uma espécie de paradigma da jovem bem comportada, Tiffany surpreendeu meio-mundo americano com esta atitude. O seu principal objectivo era controlar o seu próprio dinheiro, que estava à mercê da sua mãe e de uma padrasto em quem não confiava. Na altura, os media exploraram até à exaustão o problema, lançando suspeitas sobre o seu empresário e vasculhando a vida da família. Tempos difíceis, pois então. Curiosamente, o tribunal negou a pretensão de emancipação, mas concedeu-lhe o controlo sobre as suas contas bancárias a autorizou-a a ir viver com a avó.

O segundo álbum, Hold An Old Friend's Hand, surgiu ainda em 1988, e teve como primeiro single nos EUA, All This Time. No estrangeiro, o primeiro single escolhido para lançamento foi Radio Romance. Sinceramente, não me recordo de qualquer uma destas duas canções, o que não deve servir de indicador de coisa nenhuma, pois o seu sucesso por todo o mundo e arredores continuou.

Num digressão americana, em 1989, teve como companhia nas primeiras partes dos concertos uns tais... não sei se conhecem... New Kids On The Block. Este facto revestiu-se de especial importância por boas e más razões: se, por um lado, deu uns beijos e sabe-se lá que mais com Jon Knight, um dos New Kids, por outro, acabou a digressão a fazer as primeiras partes desta boy-band, cuja popularidade, na altura, foi comparada, à dos Beatles nos anos 60. Conclusão: tudo tem o seu preço.

Ainda em 1989, Tiffany ainda arranjou tempo para fazer a voz de Judy Jetson, no filme de animação, The Jetsons: The Movie.

A década de 80 dava os últimos suspiros e, com ela, também a tiffanymania. No mínimio estranho para quem nem sequer tinha 20 anos.

Em 1990, então com 19 anos e afastada do seu produtor de sempre, George Tobin, Tiffany lançou o álbum New Inside, numa tentativa de dar um novo rumo à sua carreira. Esse rumo foi, no entanto, sempre a descer: o álbum passou totalmente despercebido. Os tempos de I Think We’re Alone Now já faziam parte da história e essa, como todos sabemos, nunca se repete. Nos anos seguintes, a ruiva voltou para o seu empresário, experimentou o mundo das drogas (como qualquer artista decadente que se preze), recuperou, casou-se e teve um filho.

Em 1993, lançou o álbum Dreams Never Die apenas na Ásia, o que faz deste LP uma autêntica raridade. Seguiu-se uma digressão bem sucedida. Os fãs asiáticos nunca a desiludiram. Pelo contrário, o seu empresário/produtor George Tobin deu-lhe uma facadinha nas costas ao gravar temas seus com outra banda, antes de voltarem a colaborar os dois. Já com novo empresário, em 1995, Tiffany lançou o best of, mais uma vez apenas na Ásia.



Os seus fãs europeus e americanos teriam de esperar até 2000 para verem, finalmente, um novo álbum de originais, intitulado The Color Of Silence. Em 2002, Tiffany aumentou o seu número de fãs ao surgir na edição de Abril da Playboy. Uma boa opção, na minha humilde opinião. Se não acreditam, procurem pela net, que as fotos andam por aí. Quem não ficou seu fã, de certeza, foi o seu marido, de quem se divorciou, após 10 anos de casamento. Em 2003 voltou aos palcos, ou melhor, aos pequenos palcos de discotecas, casinos e afins, tendo conhecido em Inglaterra o seu segundo marido, com quem casou no ano passado (2004).

Tiffany pode já ser apenas uma recordação teenager para a maioria de nós, mas a ruiva ainda anda por aí a cantar I Think We’re Alone Now.

sábado, março 26, 2005

Bands Reunited na VH1

Sábado, 26

12:00 Bands Reunited: The English Beat
13:00 Bands Reunited: Frankie Goes To Hollywood
14:00 Bands Reunited: ABC
15:00 Bands Reunited: Kajagoogoo
16:00 Bands Reunited: Flock Of Seagulls
17:00 So 80's
18:00 Bands Reunited: New Kids On The Block
19:00 Bands Reunited: Berlin
20:00 Bands Reunited: Scandal
21:00 Bands Reunited: Backstage Pass
22:00 Bands Reunited: Vixen

Domingo, 27

15:00 A-Z of the 80's

sexta-feira, março 18, 2005

DURAN DURAN: 24 de Maio no Coliseu dos Recreios!



O Queridos Anos 80 tem a honra de ser o primeiro blogue português dedicado à música dos anos 80 a emitir a partir da área metropolitana do Porto a anunciar em primeira mão a vinda a Portugal dos Duran Duran, mais propriamente ao Coliseu dos Recreios, no dia 24 de Maio. Vocês não vão faltar! Eu também não!

sexta-feira, março 11, 2005

Toque para telemóvel

O início de Wishing dos A Flock Of Seagulls. Clicar aqui. Se o link deixar de funcionar, façam o favor de avisar!

quarta-feira, março 09, 2005

What band from the 80s are you?

Acabei de saber que se eu fosse uma banda dos anos 80, seria os... Pixies! Façam também vocês o teste. É de borla.

Ah, encontrei o link no Escrita Fina.

thepixies.jpg
You rule. in 15 years, you won't be as known as you
are now, but most of the people that will know
you then will like you (or else I'll beat them
with a stick). You're nice to listen to.


What band from the 80s are you?
brought to you by Quizilla

terça-feira, março 08, 2005

O que elas têm em comum é...



O que Tiffany, Debbie Gibson e Belinda Carlisle têm em comum, para além de terem feito carreira musical com maior ou menor sucesso nos anos 80, é o facto de terem decidido posar para a Playboy após tantos anos de estagnação criativa.

Penso que não haverá melhor maneira de celebrar o Dia Internacional da Mulher do que prestar aqui homenagem a estas três meninas que decidiram revelar os seus atributos tal como vieram ao mundo. Em nome da arte, claro. Nada de exploração sexual da mulher na sua vertente “objecto-sexual”. Nada disso!

A primeira a desinibir-se foi Belinda Carlisle, materializando finalmente aquilo que vinha a repetir há anos: heaven is a place on earth. O céu é mesmo um lugar na terra, mais propriamente na edição de Agosto de 2001 da revista que-qualquer-homem-já-folheou-pelo-menos-uma-vez.

Seguiu-se-lhe, em Abril de 2002, Tiffany, a menina que cantava I think we're alone now. Nem quero imagina o que muito adolescente não fará sozinho com esta edição da Playboy.

Finalmente, na edição actual, de Março de 2005, surge Debbie Gibson, que, aos 34 anos, ainda parece uma teenager inconsciente. Ao contrário de Belinda e Tiffany, Debbie não teve direito à capa. Não se pode ter tudo.

O Queridos Anos 80 irá dedicar-se nos próximos dias a vasculhar a vida e a carreira musical destas três meninas. Apareçam.

sexta-feira, março 04, 2005

The Exploited

Third world countries starved of nutrition, Look to the west to end their starvation



Logo mais à noite, no Hard Club,(V. N. Gaia) os The Exploited não vão trazer grandes novidades para além daquela que já todos sabemos: o punk não morreu. OK, têm um álbum que data de 2003, cujo singelo título, Fuck The System, podia muito bem ser adoptado por alguns dirigentes da Superliga. Em 2004 editaram o primeiro DVD da sua carreira, intitulado Beat 'Em All, e a compilação dos seus maiores êxitos, 25 Years Of Anarchy & Chaos - The Best Of. Quem disse que a anarquia não pode, aqui e ali, colaborar com as leis do mercado audiovisual???

Com efeito, os Exploited estão vivos e tenho uma curiosidade tremenda de aparecer logo no Hard Club só para ver do que é feito o punk em pleno século XXI. Obrigações familiares e, valha a verdade, um certo receio pela minha integridade física (estes 34 aninhos querem-se bem conservadinhos) fazem-me desistir da ideia. Mas, contudo, todavia... nunca se sabe.

A minha relação com esta banda punk britânica começou por volta de 1985 com o álbum Horror Epics, cuja canção-título é para mim um dos grandes temas da década. Depois, tentei descobrir o que estava para trás, dentro das limitações financeiras próprias de um jovem urbano-depressivo de 15 anos que escrevia na capa da escola "Punk's Not Dead" e espetava o cabelo na esperança que o chamassem "punque".

Conheci o primeiro álbum da banda, Punk's Not Dead (claro!), de 1981, do qual fazia parte Sex And Violence, um tema indescritível, cuja letra não era mais do que a repetição até à náusea do título da música. Se tiverem a oportunidade de fazer o download da Net, não hesitem. Vale pela curiosidade.

Resta-me acrescentar a este artigo a necessária e sempre rigorosa vertente histórico-enciclopédica (ah, pois é):

Os The Exploited surgiram em 1980, em Edinburgh, capital da Escócia. A sua formação original era composta por: Wattie Buchan (voz), Big John Duncan (guitarra), Dru Stix (bateria) e Gary McCormack (baixo). A sua atitude sempre se destacou por uma forte crítica em relação às instituições políticas e sociais, cujos alvos predilectos eram, obviamente, os chefes de governo americano e britânico, Reagan e Thatcher, respectivamente. Os concertos da banda eram autênticos campos de batalha, durante os quais valia tudo menos tirar olhos. E daí... (estão a ver por que é que eu não acho boa ideia ir ao Hard Club?).

Durante duas décadas os The Exploited levaram com gás lacrimogéneo da polícia alemã, foram expulsos da Holanda, presos em Espanha, declararam as ilhas Malvinas (Falklands) como posse da coroa britânica enquanto actuavam na... Argentina. Enfim... a vida é bela e o punk faz parte dela.

Fica a discografia de álbuns:
Punk's Not Dead (1981)
Troops Of Tomorrow (1982)
Let's Start A War (1983)
Horror Epics (1985)
Death Before Dishonour (1987)
The Massacre (1990)
Beat The Bastards (1996)
Fuck The System (2003)

Duran Duran em Espanha

Ora aqui está uma notícia que pode transformar para melhor a existência dos fãs dos Duran Duran. O grupo de Simon Le Bon e companhia faz parte do cartaz do Summer Festival de Santander, dias 8 e 9 de Julho. Recebi a notícia por e-mail (obrigado, Luís Ventura) e podem lê-la aqui.

Entretanto corre por aí um boato dando conta da vinda do grupo a Portugal ainda este ano. Será?