sábado, outubro 27, 2018

Queridos Anos 80 - a festa dos 15 anos


Precisamos de um motivo para uma festa Queridos Anos 80? Pois bem, este blogue, onde tudo começou, faz 15 anos. Eis uma razão mais do que suficiente para juntar amigos e amantes dos sons que fizeram a década dourada da pop. Com Ivo T e P Cardoso ao leme das opções musicais, desta vez é o RADIO bar a acolher aquela que promete ser uma das noites do ano na cidade do Porto. Preparados para uma noite inesquecível?

terça-feira, outubro 09, 2018

You're a Friend of Mine - a amizade de Clarence e Browne

Clarence Clemons, o saxofonista de Bruce Springtseen, está listado nas 100 melhores 'one-hit wonders' dos anos 80 pelo canal VH-1, graças a este dueto com Jackson Browne.

'You're a Friend of Mine' é uma verdadeira celebração da amizade, com os dois músicos a surgirem no teledisco em alegre confraternização, cantando quase nariz com nariz. No vídeo aparecem também o produtor Narada Michael Walden, a tocar bateria, e a atriz Daryl Hannah, à altura namorada de Browne, e que contribuiu com coros para esta canção.

Hoje, Jackson Browne faz 70 anos, Clarence Clemons, infelizmente, já nos deixou, e Daryl Hannah namora com Neil Young (que está prestes a completar 73).


sexta-feira, outubro 05, 2018

Bob Geldof (67)


Pouco mais de um ano depois do Live Aid, Bob Geldof lançou Deep In The Heart Of Nowhere, o primeiro álbum a solo. Estávamos em novembro de 1986, Mário Soares era Presidente da República, Cavaco Silva ocupava o cargo de Primeiro-Ministro e eu trocava correspondência ardente e apaixonada com a miúda que roubara o meu primeiro beijo de sempre nas férias desse ano.

Voltando a Geldof, como pessoa muito bem relacionada que era - ou não tivesse sido capaz de reunir o mais fantástico conjunto de estrelas da pop rock para o concerto que marcou a nossa adolescência - Bob Geldof fez-se rodear, para o seu longa-duração, de uma série de individualidades de alto gabarito.

E um exemplo disso mesmo é o single que abriu as hostilidades - This Is The World Calling - escrito em parceria com David Stewart (Eurythmics) e em cujos coros surgem as maravilhosas Annie Lennox, Maria McKee e Alison Moyet. Pelo menos é o que diz a Wikipedia, e eu quero muito acreditar na Wikipedia. A canção é muito bonita e já está a anos-luz do rock arrebatado dos The Boomtown Rats. É, para mim, uma das pérolas da pop dos anos 80.

Decidi trazer aqui este single, que faz parte da minha coleção privada (sempre quis escrever isto, "a minha coleção privada"...), no dia em que Sir Bob Geldof completa 67 anos. Parabéns!

sexta-feira, setembro 14, 2018

MORTEN HARKET (59)

É um dos mistérios mais inexplicáveis do agenciamento de concertos em Portugal: os A-ha nunca atuaram ao vivo no nosso país. Talvez não haja qualquer mistério, mas apenas um preconceito estúpido por parte dos nossos promotores de concertos que, por certo, duvidaram sempre que o trio norueguês lhes pudesse trazer algum tipo de lucro. O que é um erro, na minha opinião.
A banda anunciou o fim da atividade em 2010 (tal como o Planeta Pop anunciou na altura), mas em 2015 voltaram ao palco do Rock In Rio, comemorando os 30 anos da banda e do próprio evento. Cast In Steel, o décimo álbum, foi editado no mesmo ano, e teve direito a digressão mundial que, claro, não passou por cá.
Já este ano, os A-ha fartaram-se de atuar por esses palcos fora. Primeiro num MTV Unplugged, depois, de junho a agosto, na Electric Summer Tour. Eles andam aí, senhores promotores. Cheguem-se à frente.
Hoje, Morten Harket completa hoje 59 anos e, nesta altura, prepara a segunda participação como mentor na versão norueguesa do programa The Voice. Parabéns, Morten!

quarta-feira, setembro 05, 2018

SAL SOLO (57)

Em 1981, aparecia na TV uma personagem tão fascinante quanto assustadora (pelo menos aos meus olhos de 10 anos de idade). Vestia de preto, tinha a cabeça completamente rapada, usava maquilhagem e projetava a voz nuns agudos espantosos. Uma versão mais apresentável de Nosferatu, mas mesmo assim tenebrosa. Isto digo eu agora, que na altura não fazia a mais pequena ideia de quem era Nosferatu.
Afinal, tratava-se de Sal Solo (de nome verdadeiro, Christopher Scott Stevens), o vocalista dos Classix Nouveaux, um rapaz inofensivo, cujo contributo para a definição do estilo New Romantic não pode passar sem referência. Temas como Never Again, Guilty e Is It A Dream foram momentos altos de uma carreira que teve Portugal como país de culto para os Classix Nouveaux.
Em Outubro de 1983, Sal Solo e o amigo Nick Beggs (Kajagoogoo) decidiram fazer uma peregrinação a Itália, mais precisamente a um local sagrado chamado San Damiano. Sal chegou mesmo a pensar em abandonar a música e entrar para um mosteiro, mas alguém lhe disse que a música seria o seu instrumento privilegiado para mostrar a verdade divina aos fãs. A partir daí enveredou pela música de inspiração cristã, contando já com mais de uma dezena de álbuns. O single San Damiano foi o primeiro resultado disso mesmo. Sal viu a luz.
Hoje, completa 57 anos! Parabéns!

quarta-feira, julho 25, 2018

Avalon: uma má notícia


Chamava-se Lucy Helmore e foi, durante 21 anos, a mulher de Bryan Ferry, de cuja relação nasceram quatro filhos. Faleceu anteontem, durante um período de férias na Irlanda, com o seu atual marido, Robin Birley. É ela surge na icónica capa do álbum Avalon, dos Roxy Music, envergando um capacete e segurando um falcão, numa imagem alusiva à lenda do Rei Artur e à sua última viagem até à ilha mítica. Recorde-se que Bryan Ferry esteve há poucos dias em Portugal, para um grande concerto no NOS Alive.

terça-feira, fevereiro 20, 2018

IAN BROWN (55)

Foi preciso esperar pelo finalzinho da década, mais concretamente por 1989, para termos o privilégio de ouvir um dos mais fascinantes álbuns dos anos 80. A pérola que os The Stone Roses conseguiram produzir mostrou que, após a dissolução dos Smiths, ainda havia esperança na redenção da pop indie.
Ian Brown, o vocalista, construiu uma carreira a solo de bastante qualidade nos anos 90, contando já com seis álbuns gravados. No site oficial do música, apresenta-se uma caixa que reúne todas as edições a solo de Brown.
Entretanto, os Stone Roses voltaram ao ativo em 2011 para gáudio dos fãs, que tiveram a oportunidade de os ver em palco por esse mundo fora, Portugal incluído.
Hoje Ian Brown completa 55 anos. Parabéns!

terça-feira, fevereiro 13, 2018

PETER GABRIEL (68 anos)

A agora cinco factos importantes sobre Peter Gabriel que provavelmente não sabia ou esqueceu:

1. Foi membro fundador dos Genesis e vocalista principal da banda até à sua saída em 1975. O último álbum em que participa é The Lamb Lies Down On Broadway.

2. Fundou em 1982 o WOMAD (World of Music, Artes and Dance), festival internacional de artes cuja próxima edição tem lugar já neste fim de semana no Chile.

3. Em 11 de junho de 1988, participou no concerto de homenagem a Nelson Mandela pelo 70º aniversário do político sul-africano, evento na altura entendido como uma forma de pressão política mundial para a libertação do ativista sul-africano. Gabriel surgiu no palco de Wembley para interpretar Biko, ao lado dos Simple Minds.

4. Nos anos 80, os três singles de maior sucesso foram Games Without Frontiers (1980), Sledgehammer (1986) e Don't Give Up, em dueto com Kate Bush (1986). Apesar de nunca ter colocado um single no primeiro lugar da tabela de vendas britânica, conseguiu chegar ao topo com os álbuns Peter Gabriel/Melt (1980) e So (1986).

5. Hoje, Peter Gabriel completa 68 anos. Parabéns!


sexta-feira, fevereiro 09, 2018

HOLLY JOHNSON (58)

Entrar a matar é uma expressão idiomática que se aplica na perfeição aos Frankie Goes To Hollywood. Estávamos em 1983, e este grupo de rapazes de Liverpool via Relax, o seu primeiro single, ser banido da BBC por, na opinião da estação britânica, conter palavras e ser acompanhado de um teledisco com algum conteúdo homossexual explícito que ofendia a moral e os bons costumes da terra de Sua Majestade. A história é sempre a mesma: quanto maior é a polémica, maior é a atenção e, provavelmente, o sucesso. E foi o que sucedeu aos Frankie, que, liderados pela voz peculiar de Holly Johnson, marcaram de forma indelével a primeira metade dos anos 80. Da heresia à redenção foi um pequeno passo e logo em novembro de1984, ouvimo-lo cantar a balada romântica - transformada por via das circunstâncias em single de Natal - The Power of Love, cujo maior azar foi ter coincidido no tempo com uma tal de Do They Know It's Christmas. Resultado: o single dos Frankie apenas se aguentou uma semana no 1.º lugar da tabela de vendas.
Após a dissolução da banda, Holly Johnson iniciou uma carreira a solo, com os singles Love Train e Americanos a conseguirem algum sucesso. Atualmente, o músico mantém a atividade musical, marcando presença em festivais um pouco por toda a Europa. O mais recente álbum de estúdio data de 2014 e chama-se Europa. Hoje, Holly Johnson completa 58 anos. Parabéns! 

Queridos Anos 80 - A Festa - 17 de fevereiro


A festa do blogue Queridos Anos 80 está de volta. O espaço é o Garden Bar, em plena baixa do Porto, e os DJs de serviço são o Ivo T e o P Cardoso (o tal de tarzanboy). E já merecíamos uma noite assim. Porquê? Porque quem foi tão feliz a partir de dezembro de 2006 e durante duas dezenas de edições - fosse no Swing Club ou noutra pista qualquer - só pode querer voltar a essa atmosfera e a esse espírito. Contamos com todos os amigos numa noite de pop-rock sem complexos, com muitos discos perdidos no tempo e alguns pedidos na hora. Até dia 17!

quarta-feira, janeiro 24, 2018

Nomes de bandas: Sonic Youth, Dead or Alive, Orchestral Manoeuvres In The Dark

Sonic Youth
Foi o líder dos Sonic Youth, Thurston Moore quem teve a ideia de combinar a palavra Sonic, alcunha de Fred Smith, dos MC5, com Youth, um termo muito em voga na altura, principalmente em bandas reggae, e que remete, desde logo, para o DJ jamaicano Big Youth.



Dead Or Alive
Depois de ter pertencido aos The Mystery Girls, que apenas realizaram um concerto, Pete Burns fundou os Rainbows Over Nagasaki, que rapidamente se fixaram como Nightmares in Wax (editarem um EP de três músicas).
Em maio de 1980, momentos antes duma sessão de gravação na rádio, Burns decidiu mudar o nome da banda para Dead Or Alive, invocando o desejo de não ver o seu grupo associado a um certo movimento de bandas arty que, então, florescia em Liverpool e que tinha nos Echo & the Bunnymen ou nos Orchestral Manoeuvres in the Dark dois dos seus maiores exemplos.


Orchestral Manoeuvres In The Dark
Numa entrevista ao The New York Times Magazine, de 10 de maio de 2013, Andy McCluskey revela que o nome da banda surgiu de um conjunto de letras e ideias para canções que tinha rabiscadas nas paredes do seu quarto. Avessos ao rock inspirado nas guitarras, os OMD queriam, acima de tudo, uma designação que os afastasse da cena punk da altura. E é com algum humor à mistura que Andy diz que teriam pensado um pouco melhor se soubessem que iriam carregar este "nome estúpido" durante 35 anos.

quarta-feira, janeiro 17, 2018

PAUL YOUNG (62)

Pode um artista construir uma carreira mundial de sucesso tendo por base quase única e exclusivamente versões? Pode, pois claro. E esse artista chama-se Paul Young, o mesmo que preencheu capas da Bravo e paredes de muitos quartos adolescentes nos anos 80, convivendo certamente com George Michael , Limahl ou Morten Harket. A receita era absolutamente eficaz: um sorriso cheio de saúde, um cabelo "à espanador" com o respetivo mullet tão na moda, uma voz a piscar o olho à soul e um abanar de anca em palco irrepreensível.

Depois, há aquele momento icónico: é ele quem inicia Do They Know It's Christmas, com o inesquecível It's Christmas Time, there's no need to be afraid... Em 1992, haveria de estar no concerto-tributo a Freddie Mercury, interpretando Radio Ga Ga (talvez a escolha menos óbvia...).

Voltando aos êxitos-versões, podemos referir, por exemplo, Love Of The Common People, Come Back And Stay, Wherever I Lay My Hat (That's My Home) e aquele que é e será sempre o seu cartão de visita: Everytime You Go Away - um original de Daryl Hall e John Oates. O último álbum data de 2016 e chama-se Good Thing.

Hoje, o rapaz que um dia disse ser muito tímido e que entrar numa banda foi a melhor coisa que lhe podia ter acontecido para combater essa mesma timidez faz 62 anos. Parabéns, Paul!

quarta-feira, janeiro 10, 2018

PAT BENATAR (65)

Pat Benatar, cujo nome verdadeiro é Patricia Mae Andrzejewski, deixou marca na década de 80 graças a canções como Love Is A Battlefield e We Belong. Esta nova-iorquina nunca foi um fenómeno na Europa, sobretudo se comparada com as Cyndi Laupers desta vida, mas a sua carreira assumiu uma dimensão bastante interessante nos EUA, onde foi galardoada com quatro prémios Grammy e atingiu a marca do ouro e da platina por diversas vezes.
Nos dias que correm, Pat mantém o seu percurso musical ao lado do marido Neil Giraldo, com quem se casou em 1982. O último álbum de originais - Go - já tem catorze anos, mas em 2017, Pat e Neil lançaram um DVD com um set acústico dos principais temas da carreira da cantora.
Hoje, Pat Benatar faz 65 anos. Parabéns!

ROD STEWART (73)

Esqueçamos as calças apertadinhas de licra, as t-shirts de rede ou os calções de cetim. Esqueçamos aquele cabelo permanentemente a desafiar a lógica (e uma escova decente, já agora). Esqueçamos o look com fita na cabeça que, a partir de certa altura, parecia mais a Olivia Newton-John. Sempre vi em Rod Stewart um tipo porreiro, com quem valia a pena beber umas cervejas num pub londrino, falar de gajas e de futebol. Ele que é adepto do Celtic de Glasgow, que tem uma das mais apaixonantes e loucas falanges de apoio no mundo. A sua paixão pelo futebol apenas tem rival na fixação por loiras, ou não tivesse o tio Rod, no seu rol de relações  - as conhecidas, note-se -, uma galáxia de blonde girls de fazer inveja a qualquer ser humano do sexo masculino. Ainda por cima, com oito filhos para contar a história e, já agora, herdar uma fortuna avaliada em 170 milhões de libras que faz dele uma das celebridades mais ricas da música do Reino Unido.

Por falar em música, e é para isso que aqui estamos, Stewart foi um daqueles artistas que, vindos dos anos 60 e 70, integrados em bandas que deixaram marca - falamos dos Faces e do Jeff Beck Group, neste caso - conseguiram construir uma carreira a solo de bastante sucesso nos anos 80, adaptando-se, claro está, a todo um imaginário pop cuja receita era garantia de sucesso. Os êxitos desta fase são muitos e extremamente dançáveis, como por exemplo Tonight I'm Yours (Don't Hurt Me), Young Turks, Baby Jane ou Some Guys Have All The Luck. Depois há aquela balada com Jeff Beck: People Get Ready.

As últimas notícias dão conta de uma digressão norte-americana de 22 datas a iniciar em junho deste ano, com Cyndi Lauper como artista convidada. O homem está aí para as curvas e hoje completa 73 anos. Parabéns, Rod!

segunda-feira, janeiro 01, 2018

Um grande 2018 para todos os seguidores do QA80

Esta coisa do playback requer uma certa competência. E no dia 1 de janeiro só podia ser a New Year's Day, dos U2.