sexta-feira, outubro 28, 2005

Olhem só quem vem ao Porto



17 de Fevereiro de 2006
Coliseu do Porto

Fonte: JN

Words Don't Come Easy (III)



Um sinal do tempo
Perdi a minha vida, esqueci-me de morrer
Como qualquer homem, um tipo amedrontado
Guardo as memórias dentro
De amor ferido

Mas eu sei
Estou mais que triste e mais hoje
Estou a comer palavras demasiado difíceis de dizer
Uma só lágrima e vou-me
Vou-me para não voltar

Preciso de ti
Tão longe do inferno, tão longe de ti
Porque o céu é difícil e negro e cinzento
És apenas um alguém ausente
Nunca disseste adeus
Porquê, amante porquê?
Porque é que as flores morrem?
Porquê, amante porquê?

Sempre que
Ouço a tua voz, tu ouviste o meu nome
Construíste o fogo, molhaste a chama
Eu nado pela vida, não posso pegar na chuva
Não podemos voltar atrás

Preciso de ti
Tão longe do inferno, tão longe de ti
Porque o céu é difícil e negro e cinzento
És apenas um alguém ausente
Nunca disseste adeus
Porquê, amante porquê?
Porque é que as flores morrem?
Porquê, amante porquê?

Missão cumprida

O concerto foi um bom concerto. A sala não estava cheia, mas o facção gótica lá estava, presente e juntinha, como se quer. Uma mancha negra a dançar ao ritmo do rock de Hussey & companhia, cigarro na mão, braços estendidos ao céu, na esperança de receber um Kingdom Come que não chegou a ser tocado.

Wayne Hussey mantém as qualidades vocais que sempre o caracterizaram, apesar de ontem, segundo as suas palavras, estar com um ligeiro problema, que não se notou, até porque o volume dos intrumentos se sobrepôs durante quase todo o concerto ao da voz do senhor vocalista. Sim, porque o tio Wayne é um senhor. Já arranha algum português, fruto da actual residência no Brasil. “Eu falo português... pequenino” foi a frase que quebrou definitivamente o gelo que ainda havia ali e acolá. Depois foi sempre a abrir.

Nestas coisas costuma-se falar sempre de momentos apoteóticos. O de ontem pode bem ter sido Tower Of Strength, a música que encerrou o concerto. Butterfly on The Wheel também andou lá perto. Faltou pouca coisa, em termos de “obrigatórias”. Não tocar Kingdom Come foi heresia, esquecer The Crystal Ocean um sacrilégio, abandonar Like A Child Again, um mal menor, diria o pessoal gótico. Eu não, que gosto da “música-mais-pop-que-os-Mission-fizeram”. Ah, e já agora, não lhes fazia mal nenhum terem tocado o Hands Acrosso The Ocean. E o Stay With Me. E o...

Vamos lá clicar nas imagens:

Wayne Hussey

The Mission

Wayne Hussey

quarta-feira, outubro 26, 2005

THIS CHARMING MAN (IV) - Taylor e Idol passam à próxima

John Taylor entra para a história da eleição THIS CHARMING MAN como o artista mais votado até agora (49) e o grupo em que ficou incluído aquele em que se registou maior número de votos até agora (82). Este rapaz é bem capaz de ser candidato à vitória final... A grande distância, qualificou-se Billy Idol, que se superiorizou a Bryan Adams na recta final.



Historial:
Apresentação
Grupo I
Grupo II
Grupo III

O Grupo V já está online. Toca a votar!

17 anos depois



The Mission, a primeira vez: 1988. Digressão: Children. Local: Pavilhão das Antas, no 95º aniversário do FC Porto. Primeira parte: Falecido Alves dos Reis, que não chegaram a actuar.

Alinhamento do concerto: THE CRYSTAL OCEAN, BEYOND THE PALE, SEVERINA, BELIEF, STAY WITH ME, KINGDOM COME, DELIVERANCE, TOWER OF STRENGTH, WASTELAND, GRIP OF DISEASE, HYMN (FOR AMERICA), SACRILEGE, DREAM ON, LOVE ME TO DEATH, 1969, DANCING BAREFOOT, SHELTER FROM THE STORM (incluiu um medley com Light My Fire e Satisfaction).

terça-feira, outubro 25, 2005

O blogue que dava um grande programa de rádio

Um gajo anda a vadiar pela Net e depois dá de caras com coisas destas que o deixam completamente sem jeito e, já agora, a precisar urgentemente de um bibe. Obrigado, Francisco Mateus.

THE MISSION: acendam as velas


Wayne Hussey, back in the 80's

Estou eufórico. Lighting The Candles é o nome da digressão de suporte ao DVD com o mesmo nome que os The Mission andam a promover por essa Europa fora. Portugal não é excepção e hoje, às 20:00h, no Paradise Garage (Lisboa), e amanhã, 21:00h, no Hard Club (VN Gaia), os fãs dos The Mission terão oportunidade de os rever ao vivo a cores (ainda que as cores sejam dominadas provavelmente pelo preto... ou então não).

OK, os Mission em 2005 não são os Mission de 1987, nem serão tão pouco os Mission de 1995, mas o que a malta quer mesmo ouvir são os grandes temas de sempre, Wasteland, Severina, The Crystal Ocean, Tower Of Strength, Beyond The Pale, Butterfly On The Wheel, e... e... tantos outros. Os bilhetes para o Hard Club são a 20 euros. Depois conto como foi.

quarta-feira, outubro 19, 2005

THIS CHARMING MAN (III) - Sting e Marti Pellow na próxima eliminatória

E foi por uma unha negra que Marti Pellow (11) levou a melhor sobre Phil Oakey (10) e Boy George (9) e conseguiu o segundo lugar que lhe permitiu passar à eliminatória seguinte. Sting arrasou a concorrência, o que já era mais ou menos de esperar (o sexo tântrico era um argumento demasiado forte).



Historial da eleição:
Apresentação
Grupo I
Grupo II

O Grupo IV já está online. Votem e comentem!

QA80 na Exame Informática

Quase a completar 2 anos de existência, o Queridos Anos 80 foi referido pela maior publicação sobre informática em Portugal. A Exame Informática de Novembro tem, na rubrica "Blogada do Mês", a referência a este blogue. O texto diz o seguinte:

"Para eternos nostálgicos da "década da decadência", esta é uma paragem obrigatória. O tema é essencialmente a música da época e os posts marcam as preferências revivalistas do autor e do séquito de seguidores que entretanto se lhe juntou on-line. E apesar do nome, este blogue é português!"

terça-feira, outubro 18, 2005

THIS CHARMING MAN (III) - ponto de situação

E a emoção tomou conta do grupo III da eleição This Charming Man. Com Sting a arrasar a concorrência, as atenções centram-se na luta pelo segundo lugar. Marti Pellow (Wet Wet Wet) e Phil Oakey (Human League) vão com 8 votos e logo a seguir Boy George (Culture Club) com 7. Tudo pode acontecer e é já amanhã que encerra este grupo.

quinta-feira, outubro 13, 2005

Trio

Da da da I don't love you you don't love me


Remmler, Berhens e Krawinkel: os Trio são mesmo um trio!


Quando um dia se fizer a História do Refrão Minimalista, os Trio serão justamente considerados um grupo pioneiro nessa arte de fazer de um refrão algo que diz coisa nenhuma. Neste âmbito, os nossos EZ Special já serão a actual principal referência portuguesa no movimento do refrão minimalista, com os seus “ah, la, la, la, la, uuhhh” ou “pe, tche, re, pe, pe... I’m gonna need you tonight... pe, tche, re, pe, pe...”.

E perguntam vocês: os Trio? Quem são os Trio, c’o a breca? Como resposta, apenas me ocorrem três “palavras”: DA DA DA. Exactamente, esse refrão que nos ataca quando ligamos o rádio, numa publicidade de um esquema que promete encher-nos os bolsos com o dinheiro que quisermos (mas nós, claro, não vamos na conversa).

Os Trio são (eram) alemães e entraram para a dança dos tops em 1982 com este Da Da Da, uma das canções mais fascinantemente imbecis de que há memória. Ao ouvi-la, sinto que o meu QI talvez se aproxime do de uma galinha sexagenária. Será pela constatação dolorosamente simples de um amor acabado em “I don’t love you/You don’t love me”? Será pelo som ridículo daquele sintetizador Casio que eles usavam, que se assemelha ao som de um qualquer joguinho de computador da nossa infância? Será pela multiplicação daquele sussurro cheio de significado existencial “Aha, aha, aha”? Sim, por tudo isto junto e tudo o mais de que se lembrarem quando ouvirem esta pérola-pop que foi um sucesso mundial. A Volkswagen também gostou da música a aproveitou-a para um anúncio televisivo.

Os Trio eram Stephan Remmler (voz e teclas), Kralle Krawinkel (guitarra) e Peter Berhens (bateria) e fizeram parte da chamada Neue Deutsche Welle (New Wave Alemã). Entre 1981 e 1985 os Trio lançaram três álbuns – Trio (1981), Bye Bye (1983) e What’s The Password (1985), uma cassete ao vivo e um filme que ninguém viu, intitulado Drei Gegen Drei (Três Contra Três). O humor fez sempre parte das suas actuações. Não era estranho ver, por exemplo, Peter Berhens a comer uma maçã em vez de tocar de pé a sua bateria minimalista nas actuações do grupo em playback. Ou então ver o vocalista a utilizar os mais diversos brinquedos fingindo que eram instrumentos. Em suma, eram uns bem-dispostos.

Depois da separação do grupo, apenas Stephan Remmler conseguiu manter uma carreira minimamente bem sucedida... pelo menos na Alemanha. Em 1996 deixou a música enquanto artista e dedicou-se à produção. Em 2003 lançou os seus filhos no mundo musical. Cecil, Jonni e Lauro já gravaram uma versão de... adivinhem... exactamente... Da da da. Será que o papá os obrigou? Tudo é possível.

Kralle Krawinkel, o guitarrista, tem os eu nome no Livro do Guiness por ser o homem que mais tempo andou a cavalo de uma só vez. Fascinante, hein?

Quanto a Peter Berhens, lançou alguns singles sem sucesso, entre os quais uma versão alemã de Tom’s Dinner, de Suzanne Vega. Chegou a trabalhar como palhaço num circo, o que pode servir de pista para interpretar a afirmação de que teria gasto todo o dinheiro ganho nos Trio em drogas, álcool e gajas (leia-se, prostitutas). Ele parece ser o exemplo vivo de que o sucesso no roque-and-role não é eterno e pode eventualmente dar para o torto.

Em 2003 foi editado um DVD com os telediscos do grupo. Para os verdadeiros fãs.



Uma última curiosidade: a versão portuguesa de Da da da tem, no lado B, um tema que consegue ser ainda mais indescritível que o principal. Chama-se Sabine e vocês não o querem ouvir, acreditem.

E agora vão ali ao lado à radio.blog e, caso tenham coragem, cliquem na quarta faixa. Juntem a família, assim à laia de karaoke e cantem. Aqui têm a letra da versão alemã e aqui a letra da versão inglesa.

quarta-feira, outubro 12, 2005

THIS CHARMING MAN (II) - Gahan e Springsteen na próxima eliminatória

Eles empataram mesmo. Dave Gahan e Bruce Springsteen passam à eliminatória seguinte com 16 votos cada. A concorrência ficou longe.



Veja aqui os resultados do primeiro grupo.

Já está online o terceiro grupo para votação. Ali ao lado.

terça-feira, outubro 11, 2005

radio.blog - nova playlist

CLASSIX NOUVEAUX - Never Again

INDUSTRY - State Of The Nation (versão de dança com um cheirinho a New Order no início)

OUTFIELD - Your Love (versão acústica)

Separados à nascença: John Mellencamp & Jon Bon Jovi



Depois de ter revelado em primeira mão mundial que os Bros eram, na verdade, os Proclaimers, o Queridos Anos 80 agita o marasmo em que esta sociedade pós-autárquicas voltou a cair com uma revelação bombástica, senão mesmo gira, prontos.

Desta vez, tudo partiu de um comentário inocente de Niro de Robert (já agora, passem no blogue deste gajo se querem dar umas boas gargalhadas), a quem agradeço o inestimável contributo. Meus amigos, o John Mellencamp e o Jon Bon Jovi só podem ser irmãos. Reparem bem nas imagens e digam de vossa justiça.

segunda-feira, outubro 10, 2005

THIS CHARMING MAN (II) - ponto de situação

Parece não haver história para contar nesta segunda ronda. Dave Gahan e Bruce Springsteen já deixaram a concorrência para trás e agora o único aliciante é saber qual deles vai ficar em primeiro.

quarta-feira, outubro 05, 2005

THIS CHARMING MAN (I) - Bono e Hutchence na próxima eliminatória

Nada de estranho, na minha opinião, apesar da boa réplica dada por Astbury e McCulhoch.



A nova lista de cinco moçoilos já está online. Votem!

segunda-feira, outubro 03, 2005

THIS CHARMING MAN (I) - ponto de situação

A primeira eliminatória de aleição THIS CHARMING MAN está a decorrer com normalidade, sem distúrbios ou problemas de qualquer ordem. Os votantes respeitam-se mutuamente e, com uma ou outra excepção, mantêm o desnecessário sigilo na hora do voto. Até agora, já contámos 50 votos a tendência parece ser a de mandar Bono e Michael Hutchence para a eliminatória seguinte. Depois de um começo a meio gás, Bono assumiu a liderança com vigor, gritou "I Still Haven't Found What I'm Looking For" e desatou a correr por ali fora. Haverá poucas dúvidas de que chegará à meta em primeiro lugar. Quanto ao segundo lugar, até ontem a coisa piou fino, com Hutchence, Astbury e McCulloch muito próximos, degladiando-se por um lugarzinho na próxima ronda. Parece que já hoje, Michael Hutchence fartou-se de ter os outros dois "By My Side" e parece assumir a segunda posição com galhardia. Quarta-feira é dia de encerrar esta eliminatória e dar início à segunda. Até lá!

domingo, outubro 02, 2005

Lloyd Cole, Ermesinde, 1 de Outubro de 2005



E lá fui eu ver, mais uma vez, Lloyd Cole ao vivo (obrigado, Astronauta). Desta vez foi num espaço muito engraçado, em Ermesinde, no Parque Urbano Dr. Fernando Melo (isto não é campanha eleitoral, é mesmo o nome do parque). Ver Lloyd Cole ao vivo não é propriamente uma novidade, já que este rapaz tem-nos visitado assiduamente ao longo da sua carreira, primeiro com os Commotions, depois a solo. Nós não nos importamos nadinha.

O alinhamento foi semelhante àquele que, há um bom par de anos, Lloyd Cole cantou no Hard Club, em V.N.Gaia, ou seja, tudo quanto é/foi êxito na sua carreira de mais de 20 anos teve lugar nesta actuação. O concerto abriu com Are You Ready To Be Heartbroken e fechou com Forest Fire. Pelo meio houve Chelsea Hotel, a canção de Leonard Cohen que Lloyd gravou para o tributo I'm Your Fan. Num estilo muito sóbrio, com uma voz irrepreensível que chega a emocionar, acompanhada da fiel guitarra acústica, Lloyd Cole foi desfilando canções, e falando aqui e ali com as pessoas que lotavam o pequeno anfiteatro junto ao lago. Como podem ver pela foto, o palco ficou mesmo colado à água, emprestando um efeito lindíssimo à actuação.

Lloyd Cole é um tipo simples. E é também por isso que se gosta da sua música. Ali não há nada de artificial, de presunçoso. O homem é capaz de conseguir o falsete mais arrepiante da noite e logo a seguir de parar a música porque se enganou na nota, sorrir para o público e prosseguir como se nada tivesse acontecido.

No final disse: "Vocês sabem que o camarim fica um bocado longe, por isso não faz sentido eu sair agora, andar este caminho todo para ir ao camarim e voltar para tocar mais uma música. O melhor é tocar a música agora". E veio Forest Fire. Para terminar da melhor maneira que era possível imaginar.

sábado, outubro 01, 2005

Words Don't Come Easy (II)




Lua cheia na cidade
E a noite ainda era uma criança
Eu esfomeada de amor
Eu esfomeada de rambóia

Andava a perseguir-te
E eu era o isco
Quando te vi ali
Não pretendia hesitar

Esta é a noite
Esta é a noite
Este é o momento que tem de dar certo

(esta é a noite)
Toca-me, toca-me
Quero sentir o teu corpo
O teu coração batendo junto ao meu
(esta é a noite)
Toca-me, toca-me agora

Rápido como um clarão desapareceste na noite
Magoei-te, miúdo?
Não te tratei bem?
Fizeste-me sentir tão bem
Fizeste-me sentir eu mesma
Agora estou só e tu estás com alguém

Esta é a noite
Esta é a noite
Este é o momento que tem de dar certo

(esta é a noite)
Toca-me, toca-me
Quero sentir o teu corpo
O teu coração batendo junto ao meu
(esta é a noite)
Toca-me, toca-me agora
Toca-me, toca-me agora
Toca-me, toca-me agora

Emoções quentes e frias confundindo o meu cérebro
Não consegui decidir entre o prazer e a dor
Como uma vagabunda na noite
Eu implorava-te
Que tratasses do meu corpo como quisesses

Oh...
Oh, está a implorar-te

(esta é a noite)
Toca-me, toca-me
Quero sentir o teu corpo
O teu coração batendo junto ao meu
(esta é a noite)
Toca-me, toca-me agora
Toca-me, toca-me agora
Toca-me, toca-me agora

Dia Internacional da Música

Caros fanáticos da música em geral, amantes da música dos anos 80 em particular, hoje celebra-se o Dia Internacional da Música. O Queridos Anos 80 não deixa passar em claro a data, e partilha com todos vós este site. Bom proveito e vivá música!