terça-feira, julho 31, 2007

It's a kind of magic (VII)

Em 1989, a RTP passou na íntegra um concerto dos Eurythmics em Itália (Roma), integrado na digressão Revival. Na altura gravei o concerto em VHS e há cerca de um ano passei-o a DVD. Andava com vontade de o colocar algures para o partilhar aqui, no QA80, pela simples razão de que é um dos espectáculos mais brilhantes que vi um grupo fazer. Isto, numa altura em que ainda não havia florestas de telemóveis virados para o palco. Hoje, reparei que alguém se antecipou, felizmente, tirando-me o trabalho de converter o vídeo, dividi-lo em partes e fazer o upload para o-site-que-vocês-sabem. Se fizerem uma busca por "Eurythmics Revival Tour" chegam facilmente aos vídeos. Deixo-vos aqui com You Have Placed A Chill In My Heart, momento sublime de Annie Lennox e Dave Stewart. O vídeo que podem ver a seguir é um momento mágico. Foi em 1989.




Momentos mágicos anteriores:
mike scott
kim wilde
wham
milli vanilli
bonjovi
phil collins

Playlist "dreams": sondagem encerrada

De todas as dez canções que faziam parte da playlist temática "dreams", a preferida dos visitantes do QA80 é... Don't Dream It's Over, a balada que catapultou os Crowded House para a fama. Contava com mais luta por parte de Together In Eletcric Dreams ou de Sweet Dreams, mas a vontade do freguês determinou que os australianos vencessem com algum avanço...

Eis a classificação final, após... 99 cliques:

1. don't dream it's over/crowded house - 23
2. together in electric dreams/phil oakey & giorgio moroder - 16
3. sweet dreams/eurythmics - 14
4. dreams never end/new order - 10
5. dreams/van halen - 9
6. these dreams/heart - 8
7. around my dream/silver pozzoli e shattered dreams/johnny hates jazz - 6
9. new gold dream/simple minds - 5
10. only in dreams/debbie gibson - 2

sábado, julho 28, 2007

É hoje!



O Club Mau Mau recebe a sétima noite QUERIDOS ANOS 80 no sábado, dia 28 de Julho, naquela que será mais uma celebração dos sons que fizeram a década dourada da pop.

Resolvi fazer um questionário sobre a festa, de modo a que nada fique por saber sobre a melhor noite do Porto. Diz que é uma espécie de FAQ (Frequently Asked Questions):

1. Onde fica o Club Mau Mau?
O Club Mau Mau fica na Rua do Outeiro, que, por sua vez, se situa ao fundo da Rua da Restauração, do lado direito, mesmo a chegar ao rio Douro. É muito fácil lá chegar. Sair de lá é que pode tornar-se difícil, dependendo de como corra a noite, por isso vamos lá pôr a conduzir aquele amigo que só bebe sumos e água.

2. A que horas é aconselhável lá chegar?
A partir da meia-noite e meia, qualquer hora é uma boa hora para lá chegar. Podem ambientar-se nas calmas, dar uma vista de olhos pela casa, sentar-se a conversar ao som de Captain Of Her Heart dos Double ou Hunting High And Low dos A-ha...

3. Quanto é que vou pagar à entrada?
Para entrar nesta festa de cariz popular, mas com o leve toque elitista (sim, nós os oitentistas somos uma classe à parte, ok?), cada pessoa terá de desembolsar 500 paus. Como organização eficaz e sempre atenta à evolução da humanidade que somos, já previmos alternativa no caso de não conseguirem apresentar uma nota das antigas, por isso aceitam-se moedas da recente unidade monetária: 2 euros e meio. Se forem aos pares, são cinco euros. A questão dos trocos é sempre importante. Parecendo que não, facilita.

4. O consumo é independente da entrada?
Sim. Cerveja, águas e sumos custam 2 euros. Vodkas e wiskies, 5 euros.

5. Posso conhecer a organização da festa?
Claro que pode, nós não ferramos e prometemos tomar banho antes. O Ivo Teixeira é um dos DJs da noite, por isso, basta chegarem à cabina e perguntarem "És o Ivo?". Se ele disser que sim, é porque é ele. O Ivo é um mestre na nobre arte de manter a pista cheia. O Tiago Vasconcellos tem a cargo o departamento socio-cultural das festas, providenciando também apoio ao cliente a diversos níveis, desde a orientação geográfica a aconselhamento sentimental. Procurem um rapaz com um bronze assinalável, com ar de quem vos pode ajudar em tudo o que for preciso. O tarzanboy é um gajo que vai andar de liana em liana nos intervalos da dança, os quais, já agora, serão escassos, porque ele é mesmo um animal da pista. Ele é um gajo simpático, embora à primeira vista pareça um pouco frio. A sua timidez às vezes confunde-se com um certo distanciamento. Para além disso, adora falar dele mesmo na terceira pessoa.

6. É possível ouvir músicas de outras décadas?
Claro que não! Se isto é uma festa do Queridos Anos 80, é natural que só se ouça música dessa década. No entanto, como não somos nenhuns talibãs, é possível ouvir e dançar ao som de músicas que estão ali a bater de raspão nos eighties. Não será estranho ouvir-se um Video Killed The Radio Star (1979) ou um Freedom (1990). Tudo depende do estado de espírito do momento.

7. Quem é o responsável pelos magníficos flyers que a festa tem apresentado?
Este último foi realizado pela Teresa Vasconcellos e os cinco flyers das cinco primeiras festas foram obra da Susana Vasconcellos. Tanto uma como outra, profissionais do ofício. O talento, está bom de ver, está nos genes familiares.

Bom, espero ter respondido a algumas das vossas dúvidas. Se houve algo que ficou por esclarecer, façam o favor.

quinta-feira, julho 26, 2007

Tarzanbaby

Lá para Janeiro de 2008, se tudo correr bem, virá ao mundo um tarzanbaby. Pode não ter a beleza do pai ou a inteligência da mãe (ou vice-versa), mas há-de gostar de música dos anos 80. Ai, há-de, há-de. Nem que eu ponha o gira-discos a dar o Baltimora na sala de parto.

quarta-feira, julho 18, 2007

Playlist temática (13): dreams

Como devem ter reparado, esta nova playlist tem como tema comum a palavra "dreams" (ou dream). A intenção foi construir uma lista de 10 canções conhecidas, preferencialmente que tenham sido editadas como single (penso que só as dos New Order e Simple Minds escapam e este estatuto), e que pudessem tocar estilos diferentes. Por ordem temporal:

new order - dreams never end (1981)
É a primeira faixa do primeiro álbum dos New Order, Movement, e revela uma sonoridade ainda muito próxima dos Joy Division. Tem a particularidade de ser cantada pelo baixista Peter Hook.

simple minds - new gold dream (1982)
Faz parte do álbum com o mesmo nome e representa a fase new romantic dos Simple Minds, ainda longe da globalização que o álbum Once Upon A Time proporcionou.

eurythmics - sweet dreams (1983)
É um dos clássicos de Lennox e Stewart e valeu-lhes, em 1983, o primeiro de muitos sucessos. Marylin Manson, Cradle of Filth e Mika gravaram versões deste tema intemporal.

phil oakey & giorgio moroder - together in electric dreams (1984)
Esta canção é muitas vezes associada, erradamente, aos Human League, quando, na verdade, se tratou da colaboração do vocalista Phil Oeakey com o produtor Giorgio Moroder para a banda sonora do filme Electric Dreams.

silver pozzoli - around my dream (1984)
O italo-disco aqui representado pela voz de Silver Pozzoli, um homem que alegrou muita pista de carrinhos de choque com este "dream, dream, dream, my dream around... turu, tutututututu, dream my dream around".

heart - these dreams (1985)
As irmãs Wilson terão sempre um cantinho reservado aqui no coração do QA80. Este tema, cantado por Nancy Wilson (a loura), tinha sido recusado por Stevie Nicks. These Dreams faz parte do álbum que inclui What About Love.

van halen - dreams (1986)
Faz parte do álbum 5150, o primeiro que incluiu Sammy Hagar como vocalista, depois da saída de David Lee Roth. O começo com aquela melodia das teclas é dos mais famosos e inconfundíveis dentro do género hard-rock-fm.

debbie gibson - only in my dreams (1986)
Foi com apenas 16 anos que Debbie Gibson gravou este tema, o seu primeiro êxito. Only In My Dreams faz parte do álbum de estreia Out Of The Blue. Em 2005, a sua aparição na Playboy arrumou de vez com a imagem de princesa teen com que vinha rotulada dos 80s.

crowded house - don't dream it's over (1986)
Os rapazes da casa cheia de gente gravaram esta balada para o álbum de estreia e pode dizer-se que lhes saiu o euromilhões. Foi um sucesso à escala mundial e o teledisco é dos mais emblemáticos da época.

johnny hates jazz - shattered dreams (1987)
Trata-se do primeiro êxito dos rapazes que tinham um amigo que odiava jazz. Shattered Dreams é uma musiquinha inócua, incolor e inodora. Vai bem com uma sandes de queijo.

As canções estão disponíveis para audição ali ao lado, na barra lateral. Por baixo, podem votar na vossa preferida. Obrigado.

sábado, julho 14, 2007

Duel (III) - Sabrina vs. Samantha Fox - FINALIZADO

Samantha Fox venceu o duelo com Sabrina por 36-28 votos. Ainda se verificou uma ligeira recuperação de Sabrina, na parte final, mas Samantha aguentou-se. Os visitantes do QA80 preferem a loura!

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Uma é loura, a outra é morena, uma é inglesa, a outra é italiana, uma pedia "toca-me, quero sentir o teu corpo", a outra gritava por "rapazes, rapazes, rapazes" com quem pudesse passar bons momentos. Samantha Fox e Sabrina entram num duelo de arrasar, tendo como cartão de apresentação dois sucessos que fizeram as delícias de muita pista de dança xunga: Touch Me e Boys. Os carrinhos de choque também agradecem tantas tardes de animação. Consegui encontrar mais uma música para cada uma das cantoras que pudesse mostrar algo mais do que aqueles dois êxitos. Temos então Hot Girl (rapariga quente) e Nothing's Gonna Stop Me Now (nada me vai deter agora), duas canções que têm o mérito de conseguirem manter uma certa coerência artística na carreira das duas meninas, ainda que de duvidosa qualidade, é certo. Em termos musicais não há muito, portanto, a que nos possamos agarrar se estivermos interessados em votar, por isso convidava-vos a olhar para estas duas artistas no seu todo, como seres humanos, antes de tudo o resto.

sexta-feira, julho 13, 2007

Festa QA80: Venha dançar!

Para quem já não passa sem uma festa Queridos Anos 80 e para quem gostaria de criar esta espécie de dependência sadia, tem agora oportunidade de se juntar aos milhares, quiçá centenas, e porque não dizê-lo, dezenas de fanáticos da música dos anos 80 e ficar a par de todas as festas, respectiva calendarização e local. É só juntarem-se à mailing list de queridosanos80@gmail.com.


(Nota: aquele e-mail é apenas dedicado à festa QA80. Quem pretender tirar alguma dúvida, fazer donativos, desabafar, contar a história da sua vida, fazer uma sugestão, elogiar, criticar, insultar, declarar-se, fazer queixa do vizinho, pedir aconselhamento matrimonial, entre outras coisas, faz favor: tarzanboy71@gmail.com.)

quinta-feira, julho 12, 2007

Novo teledisco: JERMAINE JACKSON & PIA ZADORA - When The Rain Begins To Fall

Nunca acordaram de manhã com a dúvida existencial sobre qual será o pior teledisco dos anos 80? Eu já. E pensei logo em When The Rain Begins To Fall como um dos mais sérios candidatos a esse título. Jermaine Jackson e Pia Zadora são as personagens maiores de uma história que contém todos os ingredientes para agarrar o espectador (por muito que ele tente fugir): ódio, paixão, traição, violência, tensão. Jermaine terá dito um dia "hey, se o Michael tem um teledisco de vinte e tal minutos com história e tudo, eu também quero ter um!". E teve.

A história resume-se basicamente ao facto de o mundo do pós-apocalipse estar dividido em dois grupos (chamemos-lhes gangues): o gangue dos negros a pé e o gangue dos brancos de mota. Estes são também conhecidos como os tipos-que-parecem-freiras. Do gangue dos brancos de mota faz parte a minúscula Pia Zadora, a chamada mulher-de-bolso Europa-América que, logo que o namorado pergunta a Jermaine se há um bar por perto, deita um olhinho maroto ao irmão do Michael. Logo aí ficamos presos àquele olhar libidinoso que abre caminho à tensão dramática que atravessa todo o teledisco. Sabemos que o Jermaine vai tentar sacar a miúda e sabemos que a miúda é perfeitamente sacável. O problema é que o namorado é um gajo lixado, característica que se estende aos restantes rapazes que parecem freiras. O flirt visual entre a Pia e o Jermaine desenvolve-se no bar e, à saída, quando o namorado dela resolve tomar uma atitude (afinal, um homem é um homem),a rapariga desta a correr por ali fora em direcção aos braços já sedentos de paixão de Jermaine. Tudo isto porque não há mulher resista à frase "quando a chuva começar a cair eu serei o sol da tua vida", que é como quem diz, quando a mota se avaria, há sempre a hipótese de ir a pé.

A coisa azeda por volta dos três minutos e vinte segundos, quando os dois gangues se olham olhos nos olhos e Pia Zadora se entrega aos braços do Jermaine. Por momentos pensamos que a coisa vai descambar, mas é com espanto que vemos o gangue dos brancos de mota a curtir a fossa, com ar derrotado, no bar, na companhia de umas cervejas. Enquanto isso, Jermaine leva a miúda a passear de mota. Como se não bastasse sacar a miúda ao outro, ainda lhe ficou com a bike. Jermaine, és o meu herói.

Obviamente que as coisas não podem ficar assim. A traição deve ser vingada e será no bosque que tudo acontece. Os dois amantes fugitivos buscam refúgio à luz de duas lareiras, num cenário quase idílico, que é interrompido pela chegada daquele que agora é "o outro". É aqui que o teledisco atinge o clímax narrativo, com o confronto entre os dois homens, na luta por uma mulher que se calhar não merecia tanto esforço (se bem que aqueles óculos de sol são o máximo). A cena de pancadaria precisava de uns ajustes, mas tendo em conta que se trata de dois "actores" pouco mais que medíocres aceita-se a falta de jeito para a coisa. O Jermaine lava melhor, que é o mesmo que dizer que dá um enxerto no outro, e a coisa só não atinge outras proporções porque cantar e dar porrada ao mesmo tempo é, acreditem, muito difícil. Para além disso, os dois gangues não tardaram a chegar e começar uma espécie de bailado de socos e pontapés, no qual participa a própria Pia Zadora.

Estranho, estranho é aquele final. Depois de tudo o que aconteceu, a miúda resolve ir embora com o gajo-que-parece-uma freira. Vá-se lá entender as mulheres. Para ver, na barra lateral.

quarta-feira, julho 11, 2007

Mas este gajo só ouve 80s?

Não! Também ouço*:

Mika, Sugababes, Moonspell, Manic Street Preachers, Faith No More, Hootie & the Blowfish, Macy Gray, The Raconteurs, Amy Winehouse, Incubus, Oasis, The Strokes, Bloc Party, Franz Ferdinand, Weezer, K's Choice, Apoptygma Berzerk, Gnarls Barkley, Muse, Lemar, Seu Jorge, Camera Obscura, Outkast, Foo Fighters, Pearl Jam, Orishas, Creed, Gwen Stefani, Heroes Del Silencio, Joss Stone, Justin Timberlake, Seal, Blur, Linkin Park, Kelis, Nelly Furtado, Editors, NERD, The Killers, Skin, Skunk Anansie, Radiohead, Red Hot Chili Peppers, The Verve, Richard Ashcroft, Robbie Williams, Bee Gees, Ride, Teenage Fanclub, Sophie Ellis Bextor, The Strokes, Lenny Kravitz, Cranberries, Suede, The Gift, Gabriel o Pensador, HIM, Greenday, Live, Rammstein, Placebo, Smashing Pumpkins, ... e mais alguns. Que podem ser muitos.


(* sem ordem de preferência)

segunda-feira, julho 09, 2007

It's a kind of magic (VI)

Por muito que me esforce para não gostar de Phil Collins, é impossível ficar indiferente a uma canção como Against All Odds. Talvez seja a minha faceta romântica a falar mais alto, mas o que é certo é que esta canção tem um efeito estranho em mim, capaz, por exemplo, de me obrigar a fazer figuras tristes no karaoke (tentei cantá-la uma vez... e chegou). Agora que estamos a poucos dias do 22º aniversário do Live Aid, trago a este espaço a recordação de Phil Collins, interpretando ao piano o tema em Londres (ele que foi o único artista a pisar os dois palcos do evento). Sting apresenta-o e vai sentar-se mais adiante. Phil falha uma nota de piano ao minuto e 10 segundos (reparem na cara que ele faz), mas a gente não se importa. O vídeo que podem ver a seguir é um momento mágico. Foi em 1985.



Momentos mágicos anteriores:
mike scott (waterboys)
kim wilde
wham
milli vanilli
bonjovi

quinta-feira, julho 05, 2007

Duel (II) - Sisters Of Mercy vs. Mission - FINALIZADO

E foi apenas por 2 votos que os Mission venceram este duel! Em 52 votos, os rapazes de Severina e Tower Of Strength levaram 27 preferências. Foi por pouco, e acho que vem confirmar o que tinha escrito no texto de apresentação. Era realmente uma escolha difícil, pois as duas bandas têm sensivelmente o mesmo público-alvo. Obrigado a todos pela participação. E próximo duel promete ser de arrasar...

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Para começar, é justo dizer que este duelo é do mais cruel que pode haver. Não se faz. Digo isto, porque se trata de duas bandas que partilham muitos fãs, apesar de os respectivos líderes terem cortado relações ainda nos anos 80, não podendo ver-se à frente um do outro nem pintados (de preto, de preferência). Para mim, a escolha é óbvia, mas não o será tanto para a maioria dos fãs dos Sisters Of Mercy e dos Mission. Ou então, sou eu a exagerar. Vamos lá, então. Revelem o vosso lado gothic-rock mais profundo e escolham a vossa preferida. Para ajudar, a radio.blog. Tudo na barra lateral.