sábado, agosto 30, 2008

Sétima Legião - Por Quem Não Esqueci (ao vivo)

Acabei de adicionar à página do QA80 no You Tube o vídeo de Por Quem Não Esqueci, registo ao vivo da actuação da Sétima Legião, no Pavilhão Carlos Lopes, em 1990. Mais um momento mágico da saudosa Sétima Legião, no dia em que o tarzanbaby completa 7 meses...

sexta-feira, agosto 29, 2008

MICHAEL JACKSON (50)

Se a pop tem em Madonna a sua muito legítima Rainha, temos de concordar que o título de Rei fica bem entregue ao sr. Michael Jackson. Esqueçamos as polémicas ligadas à sua transformação física, os escândalos mais ou menos escabrosos que imprensa revelou (ou inventou?), alguns actos de pura demência... Esqueçamos tudo isso e concentremo-nos na música e mais especificamente num álbum: Thriller (1982). Para muitos, temos aqui o momento musical mais relevante da década de 80, dividido em nove faixas de pura pop, soul e dance. Ninguém fica indiferente a canções como Wanna Be Startin' Somethin', Thriller, Beat It ou Billie Jean, hinos intemporais das pistas de dança que todas as gerações já reclamam como seus. E depois ainda há Bad (1987), segundo e último álbum do cantor na década de 80. Michael Jackson, o sétimo de nove irmãos, faz hoje 50 anos (13 dias depois de Madonna...). Para celebrar o aniversário, a editora Sony BMG lança no presente mês a colectânea King Of Pop, um conjunto de 30 canções que cobrem uma carreira que começou nos Jackson 5, na década de 70, e se estendeu, em termos de álbuns de originais, até 2001, com Invincible. Parabéns, Michael!

Para ouvir, Billie Jean (1982):

quinta-feira, agosto 28, 2008

EDDI READER (49)

Toda a gente sabe que não há história de amor perfeita (excepto a nossa), mas Eddi Reader e os escoceses Fairground Attraction levaram toda a moçoila inocente dos anos 80 a acreditar que sim. O single Perfect venceu o BRIT award para Melhor Single, em 1989, e ficou para a história como uma das mais populares e simpáticas, se assim podemos dizer, canções da década. Os Fairground Attraction duraram apenas dois álbuns, mas Eddi Reader seguiu em nome próprio uma carreira bastante regular. Sempre fiel às influências do jazz e da folk, a cantora e compositora lançou em 2007 o seu oitavo álbum de estúdio: Peacetime. Hoje, é dia de celebrar os seus 49 anos. Parabéns!

Para ouvir, Perfect (1988):

HUGH CORNWELL (59)

Pensar nos Stranglers sem o seu vocalista de sempre, Hugh Cornwell, dá direito a depressão. A voz deste senhor é demasiado marcante para admitirmos vê-los ao vivo hoje em dia sem a sua presença em palco. Durante a década de 80, ouvimo-la, a voz de Cornwell, em canções como Golden Brown, Skin Deep ou Always The Sun. Após abandonar a banda, Hugh Cornwell iniciou uma carreira a solo de edição regular, da qual o último exemplo é o álbum Hoover Dam (2007), que Hugh decidiu colocar no seu sítio oficial para download livre, tal como fizeram os Radiohead e os Nine Inch Nails. Numa altura em que se prevê a edição da sua primeira obra de ficção literária, ficamos a saber que Hugh tem 3 livros escritos: Inside Information (1980), sobre a sua passagem pela prisão por posse de drogas, The Stranglers - Song by Song (2001), sobre, obviamente a sua banda de sempre, e A Multitude of Sins (2004), uma autobriografia. Neste dia, Hugh Cornwell completa 59 anos. Parabéns!

sábado, agosto 23, 2008

Novo teledisco: TEARS FOR FEARS - Head Over Heels (1985)

O teledisco que se apresenta é uma das minhas músicas preferidas dos Tears For Fears. Head Over Heels faz parte do álbum Songs From The Big Chair e foi o 4º single extraído desse LP. Realizado por Nigel Dick, Head Over Heels mostra-nos a paixão de Roland Orzabal pela miúda da biblioteca (oh, quantos de nós já não tivemos uma paixão pela miúda da biblioteca... do museu... do pronto-a-vestir... da mercearia... enfim!), interpretada por uma modelo canadiana chamada Joan Densmore (não vale a pena procurarem-na na Net porque não vão encontrar nada). O rapaz que parece nas teclas e a tentar apanhar uns livros no final é Ian Stanley, músico que desempenhou um papel fulcral na composição do álbum SFTBC. Quanto a Curt Smith, o momento de maior destaque é quando dá um beijo na boca a um chimpanzé, que, como todos sabemos, são frequentadores assíduos de bibliotecas. Para ver, na barra lateral.

quinta-feira, agosto 14, 2008

Novo teledisco: MADONNA - Cherish (1989)

A dois dias do aniversário de Madonna, o QA80 traz aqui o teledisco de Cherish, uma canção que fez parte do último álbum da cantora nos anos 80 - Like A Prayer. Realizado por Herb Ritts - um fotógrafo dedicado ao preto-e-branco que foi o responsável pela foto de Madonna no álbum True Blue -, este teledisco constituiu um desafio para o fotógrafo. Quando Madonna lhe pediu que realizasse o teledisco, ele respondeu que era apenas um fotógrafo e não percebia nada de filmes. Madonna contra-argumentou: "Tens umas semanas para aprender." Convincente! Filmado em Malibu, na costa da Califórnia, este teledisco evoca sentimentos de liberdade e alegria, mostrando uma Madonna sorridente e molhada, na companhia de "sereios", que nadam graciosamente em câmara-lenta. É simples e é bonito. E a canção é uma delícia-pop. Para ver na barra lateral (já aqui ao lado, vejam, vejam!).
Três coisas que toda a gente sempre quis saber sobre este teledisco:
1. Um dos "sereios" é Tony Ward, antigo namorado de Madonna, que também entrou nos telediscos de Justify My Love e Erotica.
2. O grupo de "sereios" é nada mais nada menos do que uma equipa de pólo aquático de uma Universidade lá da zona. E pensavam vocês que eles existiam mesmo.
3. A estreia mundial deste teledisco deu-se a 28 de Agosto de 1989 na RTP... oops, desculpem, na MTV.

segunda-feira, agosto 11, 2008

Remixed'80s ou... "As aparências enganam..."

Sendo um confesso fã de remixes, encontrei, numa das minhas deambulações pela FNAC, um CD intitulado Remixed'80s, que prendeu a minha atenção, não só pelo preço convidativo - 7,95 - mas também pela listagem de músicas incluídas(*). "Eh, lá, isto cai que nem ginjas no leitor de CD do carro, quando regressar a casa", pensei eu, já a salivar. A capa do Cd também me atraiu, sendo mais sóbria do que a da maioria das colectâneas do género, e mostrando um gira-discos, elemento evocativo da época. A letra miudinha ainda se lê "Ultra Remixes of the Coolest '80s Grooves Ever". Cool. Sempre gostei da palavra "cool". "Este final de tarde chuvoso na estrada vai soar mesmo bem", pensei enquanto pagava. A desilusão foi tal quando coloquei o CD a tocar que temi pela segurança dos outros condutores na estrada. A coisa resume-se a isto: as canções não são interpretadas pelos artistas originais, sendo que as vozes que se ouvem, ainda por cima, tentam assemelhar-se àqueles, numa clara tentativa de enganar o ouvinte; depois, as letras são abreviadas, cortando-se pedaços de texto; finalmente, as canções estão remisturadas, refeitas ou retocadas, sei lá como chamar àquilo, num estilo assim a atirar para o techno-pista-de-carrinhos-de-choque. Em nenhum local do CD (produzido, já agora, na Argentina) somos informados de que não se tratam dos artistas originais. Numa palavra: horrível. Amanhã, voltarei à FNAC, com o meu talão de compra, para reclamar. E pelos vistos não sou só eu a ter esta opinião...
(*)
1. Let's Dance [The Stylish Post-Disco Mix]
2. Another One Bites the Dust [We Will House You Remix]
3. Sweet Dreams (Are Made of This) [No. On Mix]
4. Billie Jean [DJ's Choice Mix]
5. Need You Tonight [2005 Nyt Remix]
6. Take Me On [Sandy Parker Remix]
7. All Night Long (All Night) [Mix]
8. Safety Dance [2M Edit]
9. Strangelove [Strange Mix]
10. Bizarre Love Triangle [More Than 3 Remix]
11. C' Est La Quate [Cotton Groove RMX]
12. Love Is in the Air [Lov-E Remix]
13. Flashdance... What a Feeling [Ronan's Remix]
14. Big in Japan [Big Beat Mix]

sábado, agosto 09, 2008

Timbuk 3

I'm doing all right, getting good grades, the future's so bright, I gotta wear shades

Os Timbuk 3 surgiram em 1986, em Madison, Wisconsin (EUA), e eram compostos por três elementos: Pat MacDonald, Barbra K e um leitor/gravador de cassetes (aquele objecto popularizado nos anos 80 e avistado em muitas praias do nosso país, vulgarmente chamado "tijolo"). Pat e Barbra eram casados e faziam tudo (não, não é nesse sentido que estão a pensar): cantavam, compunham, programavam as sequências rítmicas, tocavam guitarra eléctrica e acústica, harmónica, baixo, violino, bandolim, harmónica,... O já referido "tijolo" assegurava a batida das músicas em concertos ao vivo desde que, claro está, um dos dois se lembrasse de lá introduzir a respectiva cassete.

Os Timbuk 3 pertencem ao extenso rol das one-hit wonders, tendo visto a luz da fama graças ao tema The Future's So Bright I Gotta Wear Shades, uma canção que, ao contrário das expectativas gerais, que viam aqui uma visão optimista do futuro, lançava um olhar cinzento sobre a era nuclear. O futuro brilhante não era mais do que o clarão provocado por uma explosão atómica. Os óculos de sol entram no domínio do irónico... Este tema fez parte do álbum de estreia do grupo, Greetings From Timbuk 3 (1986), e já foi utilizado em numerosas colectâneas. Foi com naturalidade que surgiu a nomeação Grammy para Best New Artist, em 1987 (ano em que ganhou Bruce Hornsby & the Range)


O grupo gravou ainda cinco álbuns, antes de encerrar a sua actividade, em 1995, numa altura em que já tinham incorporado mais dois elementos (o "tijolo" já não dava para tudo...). Ao que parece, o casal também se separou. Pat mudou-se para Barcelona, onde continua a gravar e editar (tem, inclusivamente, um disco de versões de músicas dos Depeche Mode: Strange Love: PM does DM). Barbra trabalha numa editora discográfica em Austin e faz parte de um grupo chamado Ghosts and Sparrows.

Façam o favor de ouvir:

sexta-feira, agosto 08, 2008

It's a kind of magic (XVII)

É por momentos como este que sou forçado a concordar que os U2 são (foram?) a maior banda à face da terra. A canção chama-se Bad, pertence ao álbum The Unforgetable Fire, e é aqui interpretada no concerto Self Aid, que decorreu em Dublin, a 17 de Maio de 1986. Estávamos em pleno boom de concertos de beneficência, e este, maioritariamente composto por artistas irlandeses, destinava-se a alertar para o desemprego naquele país. Esta interpretação de Bad mostra uns U2 em plena forma, evocando inclusivamente Elton John (Candle In The Wind, com letra adaptada) e Lou Reed (Walk On The Wild Side) no final. O vídeo que se segue é um momento mágico. Foi em 1986.