Depois de termos assistido a duas meninas bonitas a cantar Fairytale of New York numa versão acústica bem afinadinha e arrumadinha, eis que temos aqui o reverso da medalha. A jovem que vão ver a seguir propõe-se cantar o já clássico Last Christmas, mas a coisa não corre bem. É que, para nos aventurarmos numa empreitada desta natureza, há um requisito indispensável para o fazermos sem cairmos no ridículo: CONHECER A CANÇÃO. Digamos que sem esta condição, por muito bem desenhada que a nossa figura surja à frente da câmara, o resultado só pode ser desastroso. E a menina em causa bem o pode dizer, a avaliar pelos comentários na respectiva página do You Tube.
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domingo, dezembro 28, 2008
LARA LI (50)
Lara Li completa hoje 50 anos e o Queridos Anos 80 não podia deixar passar a data em claro. E por duas razões. Em primeiro lugar, porque Telepatia é uma das canções-chave que atravessa a música portuguesa da década de 80. E em segundo lugar, porque o país ainda deve o justo reconhecimento a uma das vozes femininas mais doces da sua música. Este texto também só é possível porque a Kimberly lembrou, no ano passado, numa caixa de comentários, a data do aniversário de Lara Li. Obrigado, Kim!
Lara Li começa por ser feliz no nome artístico que adopta - bonito, simples, catchy, e, acima de tudo, bastante musical. De nome verdadeiro Ilídia Maria Pires de Amendoeira, nasce em Lisboa, mas a sua infância e adolescência serão passadas em Moçambique. É mesmo lá, que, em 1975, se estreia com a edição do seu primeiro single. Até ao final da década de 70, edita apenas 45 rotações. O primeiro álbum data de 1981, chama-se Água Na Boca e inclui os temas Telepatia e O Rapaz Do Cubo Mágico que foram editados em single.
A parceira artística com Ana Zanatti e Nuno Rodrgigues é já evidente, com a primeira a ser responsável pelas letras e o segundo pela produção. O Rapaz Do Cubo Mágico contou também com a produção de Victor Perdigão e Danny Antonelli. Este último disponibiliza o tema no seu sítio oficial (ligação directa: aqui).
Em 1984, Lara Li edita o seu segundo longa-duração, intitulado Vem, o qual não obteve o sucesso do LP de estreia. Dois anos mais tarde, participa no Festival RTP da Canção, conquistando o Prémio de Interpretação com o tema Rapidamente, composto por Luis Represas e João Gil (A vencedora desta edição do festival é Dora, com Não Sejas Mau P'ra Mim).
O terceiro LP, e último, de Lara Li na década de 80 chega em 1988, intitulado Quimera. Trata-se de um longa-duração composto maioritariamente por versões de clássicos da música portuguesa, tais como Nem às Paredes Confesso, Quimera de Ouro, Barco Negro ou Sol de Inverno. Eu digo "maioritariamente" porque dele fazem parte os inéditos Jura da dupla Carlos Tê/Rui Veloso e Quarto Crescente de Ana Zanatti e Cris Kopke.
E sua actividade discográfica sofre um hiato até ao ano de 1995, em que é editado o quarto e último álbum de originais até à data. Intitulado Consequências, este álbum é dominado tanto ao nível da composição como da produção pela figura de Fernando Girão. A partir deste momento, Lara Li intensifica um conjunto de colaborações musicais tanto ao nível televisivo (telenovelas) como da beneficência (Pirilampo Mágico). É também, ocasionalmente, convidada de outros artistas nos seus trabalhos de estúdio ou espectáculos ao vivo. Recentemente vimo-la no programa Canta Por Mim, no qual interpretou Telepatia ao lado do locutor Júlio Magalhães. Por falar em Telepatia, gosto muito da versão que foi cantada no programa Operação Triunfo, há uns anos, pelos concorrentes Rui e Sofia.
Resta-me encerrar este artigo (não costuma ser tão longo no caso dos aniversariantes...) endereçando, mais uma vez, os parabéns a Lara Li e desejando que um dia possa regressar em força à música pop portuguesa. Parabéns!
Lara Li começa por ser feliz no nome artístico que adopta - bonito, simples, catchy, e, acima de tudo, bastante musical. De nome verdadeiro Ilídia Maria Pires de Amendoeira, nasce em Lisboa, mas a sua infância e adolescência serão passadas em Moçambique. É mesmo lá, que, em 1975, se estreia com a edição do seu primeiro single. Até ao final da década de 70, edita apenas 45 rotações. O primeiro álbum data de 1981, chama-se Água Na Boca e inclui os temas Telepatia e O Rapaz Do Cubo Mágico que foram editados em single.
A parceira artística com Ana Zanatti e Nuno Rodrgigues é já evidente, com a primeira a ser responsável pelas letras e o segundo pela produção. O Rapaz Do Cubo Mágico contou também com a produção de Victor Perdigão e Danny Antonelli. Este último disponibiliza o tema no seu sítio oficial (ligação directa: aqui).
Em 1984, Lara Li edita o seu segundo longa-duração, intitulado Vem, o qual não obteve o sucesso do LP de estreia. Dois anos mais tarde, participa no Festival RTP da Canção, conquistando o Prémio de Interpretação com o tema Rapidamente, composto por Luis Represas e João Gil (A vencedora desta edição do festival é Dora, com Não Sejas Mau P'ra Mim).
O terceiro LP, e último, de Lara Li na década de 80 chega em 1988, intitulado Quimera. Trata-se de um longa-duração composto maioritariamente por versões de clássicos da música portuguesa, tais como Nem às Paredes Confesso, Quimera de Ouro, Barco Negro ou Sol de Inverno. Eu digo "maioritariamente" porque dele fazem parte os inéditos Jura da dupla Carlos Tê/Rui Veloso e Quarto Crescente de Ana Zanatti e Cris Kopke.
E sua actividade discográfica sofre um hiato até ao ano de 1995, em que é editado o quarto e último álbum de originais até à data. Intitulado Consequências, este álbum é dominado tanto ao nível da composição como da produção pela figura de Fernando Girão. A partir deste momento, Lara Li intensifica um conjunto de colaborações musicais tanto ao nível televisivo (telenovelas) como da beneficência (Pirilampo Mágico). É também, ocasionalmente, convidada de outros artistas nos seus trabalhos de estúdio ou espectáculos ao vivo. Recentemente vimo-la no programa Canta Por Mim, no qual interpretou Telepatia ao lado do locutor Júlio Magalhães. Por falar em Telepatia, gosto muito da versão que foi cantada no programa Operação Triunfo, há uns anos, pelos concorrentes Rui e Sofia.
Resta-me encerrar este artigo (não costuma ser tão longo no caso dos aniversariantes...) endereçando, mais uma vez, os parabéns a Lara Li e desejando que um dia possa regressar em força à música pop portuguesa. Parabéns!
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sábado, dezembro 27, 2008
It's a kind of magic (XXII)
A magia da música ao vivo regressa em época natalícia ao Queridos Anos 80. Escolhi Gloria, canção do segundo álbum dos U2, October (1981), por se enquadrar precisamente na temática religiosa cristã que o mundo ocidental atravessa. Com várias referências bíblicas, este é um tema electrizante ao vivo, como podemos constatar no registo ao vivo Under a Blood Red Sky. Aqui, podemos vê-los em Dortmund, na Alemanha, num desempenho notável de energia e vitalidade. Do cabelo de Bono à camisa bem datada de Adam Clayton, estes são os U2 de outros tempos. Há quem diga que já não existem. O vídeo que podem ver a seguir é um momento mágico. Foi em 1984, na Alemanha.
PS - É de mim ou há uma menina com um capacete da construção civil no público?
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segunda-feira, dezembro 15, 2008
You're the voice (VI) - especial NATAL
Aqui está um caso que que o talento coincide com o aspecto. Trago-vos estas duas bonitas meninas numa versão de Fairytale of New York, dos The Pogues (com Kirsty MacColl). As vozes conjugam-se perfeitamente, o arranjo da guitarra é simples, mas eficaz. Uma bonita versão para este já clássico de Natal, de 1987.
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quarta-feira, dezembro 10, 2008
DIA MUNDIAL DOS DIREITOS DO HOMEM
Mesmo que a História nada nos tenha ensinado.
History Will Teach Us Nothing (1987)
If we seek solace in the prisons of the distant past
Security in human systems we're told will always always last
Emotions are the sail and blind faith is the mast
Without the breath of real freedom we're getting nowhere fast
If God is dead and an actor plays his part
His words of fear will find their way to a place in your heart
Without the voice of reason every faith is its own curse
Without freedom from the past things can only get worse
Sooner or later
Sooner or later
Sooner or later
Sooner or later
Our written history is a catalogue of crime
The sordid and the powerful, the architects of time
The mother of invention, the oppression of the mild
The constant fear of scarcity, aggression as its child
Sooner or later
Sooner or later
Sooner or later
Sooner or later
Convince an enemy, convince him that he's wrong
Is to win a bloodless battle where victory is long
A simple act of faith
In reason over might
To blow up his children will only prove him right
History will teach us nothing
Sooner or later just like the world first day
Sooner or later we learn to throw the past away
Sooner or later just like the world first day
Sooner or later we learn to throw the past away
Sooner or later we learn to throw the past away
History will teach us nothing
History will teach us nothing
Know your human rights
Be what you come here for
Know your human rights
Be what you come here for
Know your human rights
Be what you come here for
Know your human rights
Be what you come here for
History Will Teach Us Nothing (1987)
If we seek solace in the prisons of the distant past
Security in human systems we're told will always always last
Emotions are the sail and blind faith is the mast
Without the breath of real freedom we're getting nowhere fast
If God is dead and an actor plays his part
His words of fear will find their way to a place in your heart
Without the voice of reason every faith is its own curse
Without freedom from the past things can only get worse
Sooner or later
Sooner or later
Sooner or later
Sooner or later
Our written history is a catalogue of crime
The sordid and the powerful, the architects of time
The mother of invention, the oppression of the mild
The constant fear of scarcity, aggression as its child
Sooner or later
Sooner or later
Sooner or later
Sooner or later
Convince an enemy, convince him that he's wrong
Is to win a bloodless battle where victory is long
A simple act of faith
In reason over might
To blow up his children will only prove him right
History will teach us nothing
Sooner or later just like the world first day
Sooner or later we learn to throw the past away
Sooner or later just like the world first day
Sooner or later we learn to throw the past away
Sooner or later we learn to throw the past away
History will teach us nothing
History will teach us nothing
Know your human rights
Be what you come here for
Know your human rights
Be what you come here for
Know your human rights
Be what you come here for
Know your human rights
Be what you come here for
PAUL HARDCASTLE (51)
Ora aqui está um dos maiores fenómenos musicais do ano de 1985. E aparentemente sem grande esforço. À custa da guerra do Vietname, da voz do locutor Peter Thomas e de uma melodia criada por Mike Oldfield, Paul Hardcastle saltou para os primeiros lugares das tabelas de vendas mundiais com 19, a canção que nos levou a repetir até à exaustão "na-na-na-na-na-na-na-na-naintin". Longe vão os tempos da ribalta, e Hardcastle dedica-se agora ao jazz, acompanhado pela sua filha, a giraça Maxine Hardcastle. Hoje, o papá faz anos. Parabéns!
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sexta-feira, dezembro 05, 2008
45 rotações (I)
Luis Filipe Barros
Os Lusitansos (1983)
Senhores professores de História e Português, aqui têm um excelente texto/canção para motivar os vossos alunos!
Os Lusitansos (1983)
Luis Filipe Barros é um dos principais ícones da rádio dos anos 80. Foi através de programas como Rock Em Stock ou Ondas Luisianas que toda uma geração pôde estar a par do que de melhor de fazia lá fora no âmbito da música rock. Criou-se o culto e o culto sobreviveu à passagem do tempo. Luis Filipe Barros mantém a actividade com o seu Ondas Luisianas, na Antena 1.
O motivo pelo qual trago este senhor da rádio ao QA80 é o single que gravou em 1983. Com o título Os Lusitansos, Barros entrava pelos domínios do rap, assinando uma das críticas mais mordazes que a música portuguesa conheceu até hoje. Tendo como pano de fundo musical o Rapper's Delight dos Sugarhill Gang, este single apresenta na capa (da responsabilidade de Paulo Roberto Araújo) um quadro em BD cheio de pormenores deliciosos sobre a História de Portugal, incluindo a situação política de então. Podemos ver um Mário Soares punk e a sua MS Band ao som de "Say you want a revolution...", um Mota Pinto motoqueiro ao som de "I'm the leader of the gang", um D. Sebastião cavalgando por entre o nevoeiro ao som de "I face the rains down in Africa..." ou o Zé Povinho a engraxar os sapatos do FMI. A letra é da autoria de Luis Filipe Barros e está simplesmente fabulosa.
O motivo pelo qual trago este senhor da rádio ao QA80 é o single que gravou em 1983. Com o título Os Lusitansos, Barros entrava pelos domínios do rap, assinando uma das críticas mais mordazes que a música portuguesa conheceu até hoje. Tendo como pano de fundo musical o Rapper's Delight dos Sugarhill Gang, este single apresenta na capa (da responsabilidade de Paulo Roberto Araújo) um quadro em BD cheio de pormenores deliciosos sobre a História de Portugal, incluindo a situação política de então. Podemos ver um Mário Soares punk e a sua MS Band ao som de "Say you want a revolution...", um Mota Pinto motoqueiro ao som de "I'm the leader of the gang", um D. Sebastião cavalgando por entre o nevoeiro ao som de "I face the rains down in Africa..." ou o Zé Povinho a engraxar os sapatos do FMI. A letra é da autoria de Luis Filipe Barros e está simplesmente fabulosa.
Senhores professores de História e Português, aqui têm um excelente texto/canção para motivar os vossos alunos!
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segunda-feira, dezembro 01, 2008
Sétima Legião: Noutro Lugar / Sem Ter Quem Amar (ao vivo)
Este é mais um capítulo da saga "Sétima Legião ao vivo no Pavilhão Carlos Lopes em 1990". Desta vez, são as canções que abriram o concerto: Noutro Lugar e Sem Ter Quem Amar. Tenho recebido inúmeras solicitações no sentido de continuar a colocar no You Tube as canções deste concerto, que, um dia, me lembrei de gravar no velhinho VHS da sala de estar da casa dos meus pais. Mal eu adivinhava que um dia iria proporcionar a tantos fãs como eu da Sétima Legião a alegria de verem e ouvirem uma das bandas mais apaixonantes que a música portuguesa nos deu nos anos 80. Já fiz aqui o apelo, mas nunca é de mais repeti-lo: para quando a edição deste concerto em DVD? Com tanta coisa a ser recuperada hoje em dia o que faltará para que este fabuloso concerto da Sétima Legião veja a luz do dia num formato decente? Srs da RTP, digam qualquer coisa! Srs. Ricardo Camacho, Pedro Oliveira, Rodrigo Leão, não acham que é altura de darem uma grande alegria aos vossos fãs de sempre?
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