Os S.A.R.L. - Sociedade Artística e Recreativa Lusitana - surgiram em finais dos anos 70 pela mão de Pedro Osório, Carlos Alberto Moniz e Samuel. Editaram uns 3 ou 4 singles e participaram em duas edições do Festival RTP da Canção.
Processem o aroma do café e as andorinhas
Que comem, não pagam renda e são um péssimo exemplo!
Cheira a café, cheira a chá
Mas quando o cheiro me chama
A chaleira não se acha, cheira a enchidos de fama
Cheira a chouriça, a bolacha
Eu tenho a fome em pijama
E a cama não se despacha
Chega-me o cheque, choca sem me chocar com os dentes
Esse cheiro que me toca sem o cheque que me abone
Deixa-me água na boca
Onde os dentes entre dentes vão tocando xilofone
E enquanto aguento no gueto uma sopa que se coma
Os garfos das palavras que eu espeto são farpas que se cravam na redoma
Eu tenho a refeição no calabouço
O emprego na corda bamba
Minha fruta é o caroço carimbado de caramba
Meu valor é o alomba
Minha cama é a tarimba
Minha tarefa é a tromba de que em mim se marimba
Dando embora de presente caricatas vinte latas de bondade portuguesa
Que faz a correspondente comovente
Propaganda da empresa
Que de verbas se governa
E que o verbo nos coarta
Que se parta de fraterna
E despede que se farta
Na porca da hipocrisia
Que nos parte e não se importa
Eu à porta do negócio da cidade, do consócio
A cheirar a mercearia
Cheira a café, cheira a chá
Mas quando o cheiro me chama
A chaleira não se acha, cheira a enchidos de fama
Cheira a chouriça, a bolacha
Eu tenho a fome em pijama
E a cama não se despacha
Minha fruta é o caroço carimbado de caramba
Meu valor é o alomba
Minha cama é a tarimba
Minha tarefa é a tromba de que em mim se marimba
Eu à porta do negócio da cidade, do consócio
A cheirar a mercearia