Na semana passada, fui assaltado. Ou melhor, o meu carro foi assaltado. Uma rua onde quase ninguém anda a pé, um murinho a dar privacidade a quem quiser levar a cabo a sua tarefa com calma e concentração, um carro sem alarme, um painel destacável no porta-luvas: todos os ingredientes necessários a um assalto de sucesso. Eu sei: sou mesmo boa pessoa (ou, numa versão mais hard-core, um otário do catano). Ainda por cima, quando me gabava de nunca fazer aquilo que naquele dia acabei por fazer.
Partiram o vidro, forçaram o porta-luvas e levaram o painel frontal. Ah, e arrancaram o rádio à força toda, deixando os fios pendurados. Um espectáculo degradante, "abrilhantado" por milhares de vidrinhos espalhados um pouco por todo o lado, foi aquilo com que deparei quando cheguei ao carro. Por obra e graça do acaso, ou então por piedade do criminoso, o porta-CDs com 50 disquinhos ficou, os óculos-de-sol ficaram, o auricular do telemóvel ficou. O CD que estava no rádio foi com ele. Era uma colectânea que tinha gravado há cerca de 3 anos com Duran Duran e Spandau Ballet.
Agora, é tempo de encontrar um sucessor. Descobri isto hoje e acho que é a minha cara.
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