Daniel Ash é o responsável por aquele que será, provavelmente, o melhor instrumental de sempre. Chama-se Saudade, assim mesmo, em português, e faz parte do álbum de estreia dos Love And Rockets, banda que Ash fundou em 1985 (já depois da pequena aventura chamada Tones On Tail) com David J e Kevin Haskins, todos eles ex-membros dos míticos Bauhaus. Com os Love and Rockets gravou sete álbuns. A solo editou quatro (um deles ao vivo), o primeiro dos quais em 1991. Em 2008, voltou ao activo com os Bauhaus (álbum Go Away White) e reuniu os Love and Rockets para uma actuação no festival Coachella. Hoje, Daniel Ash completa 55 anos. Parabéns!
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terça-feira, julho 31, 2012
DANIEL ASH (55)
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segunda-feira, julho 30, 2012
KATE BUSH (54)
A minha música preferida de Kate Bush chama-se Wuthering Heights e é dos anos 70. Adoro esta canção não só pela melodia, mas também pela carga dramática que transporta consigo ao remeter-nos para o universo literário da obra de Emily Brontë (O Monte dos Vendavais). Confesso que o trabalho de Kate Bush nunca me atraiu, mas também nunca me esforcei por conhecê-lo em profundidade. Fiquei-me pelos êxitos Babooshka (1980), Running Up That Hill (1985), Cloudbusting (1985) e os fabulosos Don't Give Up (1986), que foi gravado para o álbum So de Peter Gabriel, e This Woman's Work (1989). Após os anos 80, Kate gravou pouco. A sua actividade discográfica resumiu-se, no últimos 15 anos a quatro álbuns: The Red Shoes (1993), Aerial (2005), Director's Cut (2011, um conjunto de novas roupagens para canções dos álbuns The Sensual World (1989) e The Red Shoes (1993)) e 50 Words For Snow (2011). Antes de Director's Cut, Kate Bush tinha gravado o tema Lyra para a banda sonora de The Golden Compass (A Bússola Dourada, 2007). Kate Bush faz hoje 54 anos! Parabéns!
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quinta-feira, julho 26, 2012
Justin is to blame
Justin Vernon e os seus Bon Iver foram os responsáveis pelo melhor concerto a que pude assistir este ano. Faltam as palavras, muitas palavras, todas as palavras, para expressar o que senti ontem, num Coliseu do Porto a abarrotar. A "nota 80s" surgiu na música ambiente que antecedeu o concerto. A certa altura ouviu-se "No One Is To Blame", de Howard Jones. Fico sempre na dúvida. A escolha destes momentos musicais, debitados pela instalação sonora, será da responsabilidade de quem vai tocar? Fica a cargo das preferências do pessoal do som? Dúvida perfeitamente circunstancial e inócua, mas para a qual nunca encontrei resposta. Ficaria, porém, contente se Justin Vernon gostasse do dito tema de Howard Jones, que é um dos meus preferidos de sempre.
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terça-feira, julho 24, 2012
Morrissey cancelado
Por esta hora, o Hipódromo Manuel Possolo, em Cascais, poderia estar a viver uma noite mágica, com milhares de pessoas a cantar em uníssono everyday is like Sunday, everyday is silent and grey... Mas não está. O concerto de Morrissey, integrado no tão badalado Cascais Music Festival, foi cancelado, alegadamente - e nisto eu sou um desconfiado do caraças - devido a uma súbita dor de costas (assumo o itálico) do baixista Solomon Walker. A nótícia, já de si, é má, mas torna-se péssima porque o anúncio surgiu a poucas horas do início do concerto, com muito boa gente - conheço pelo menos duas - a ser surpreendida já a meio de uma viagem de 300 kms só para ver aquele que ainda é uma referência musical na vida de toda uma geração. A boa notícia é que eu não fui uma dessas pessoas. Estive a pontos de me fazer à estrada, mas outras obrigações tomaram a dianteira.
Uma amiga minha aponta a hipótese de Morrissey não ter gostado do facto de ir tocar num hipódromo, conhecendo todos nós a sua luta persistente pelos direitos dos animais. Eu cá vou mais pela escassa procura de bilhetes. Na semana passada, quando passei pela FNAC, ainda havia mais de mil bilhetes disponíveis, facto que estranhei. Para além disso, não será de menosprezar o possível dano que o concerto de Bon Iver, marcado para Lisboa para o mesmo dia, à mesma hora, poder ter causado à venda de bilhetes para Morrissey. São tudo especulações, eu sei, mas aquela da dor nas costas, sinceramente... That joke isn't funny anymore, Moz!
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domingo, julho 22, 2012
DON HENLEY (65)
Grande música, grande teledisco. Quem não se lembra de The Boys Of Summer, que começava com "nobody on the road, nobody on the beach..." e por aí fora? Pois bem, o senhor que a canta faz hoje 65 anos e chama-se Don Henley. Para além desse sucesso, bem cravado nas minhas memórias eighties, este senhor fez parte dos Eagles, banda dos anos 70 que se tornou mundialmente famosa por ser proprietária de um empreendimento de hotelaria na Califórnia... Parabéns, Don!
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quarta-feira, julho 11, 2012
PETER MURPHY (55)
Foi vocalista dos Bauhaus, banda que se extinguiu em 1983 (apesar de um regresso recente que culminou na edição do álbum Go Away White), deixando para a posteridade um registo importante naquilo que na altura se chamava música de vanguarda. Fundou os Dali's Car, com Mick Carn, ex-Japan. Chegaram a lançar um álbum, mas foi a solo que a música de Peter Murphy atingiu todo o seu esplendor. Data de 1986, a edição de Should The World Fail To Fall Apart, o seu primeiro longa-duração. Dois anos depois, surgiu o álbum que ainda hoje é uma referência para mim - Love Hysteria. Músicas como Indigo Eyes e All Night Long são tesouros a conservar muito bem e a revelar apenas a quem o fizer por merecer. Os álbuns Deep (1990) e Cascade (1995) estão, também, entre os meus preferidos.
Segue a lista discográfica de Peter Murphy a partir de 1990: Deep (1990), Holy Smoke (1992), Cascade (1995), Recall (1998, EP), Wild Birds 1985-1995: The Best of the Beggars Banquet Years (2000), Alive Just For Love (2001), Dust (2002), Unshattered (2004) e Ninth (2011).
Peter Murphy (com ou sem Bauhaus) já passou várias vezes por Portugal, mas apenas pude vê-lo pela primeira vez no concerto de Gaia de 2007.
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terça-feira, julho 10, 2012
NEIL TENNANT (58)
A música dos anos 80 não teria sido a mesma sem os Pet Shop Boys. Neil Tennant e Chris Lowe deram-nos o que de melhor houve na pop electrónica, mesmo num formato que produziu tanta coisa de qualidade.
Licenciado em História, Neil trabalhou durante dois anos na subsidiária inglesa da Marvel Comics. Chegou também a trabalhar na revista musical Smash Hits, facto que, um dia, lhe permitiu ir aos EUA entrevistar os Police e conhecer Bobby Orlando, produtor que estaria na génese do aparecimento dos Pet Shop Boys, mais concretamente, através dos primeiro single, West End Girls. Em 1989, juntou-se a Johhny Marr e Bernard Sumner, numa mais que feliz colaboração. A banda chamava-se Electronic, o Tennant emprestou a sua voz no single Getting Away With It. Neil Tennant tem várias colcaborações com outros artistas, contribuindo com a sua voz inconfundível. Estou-me a lembrar, por exemplo, de No Regrets, de Robbie Williams. Os Pet Shop Boys estão de boa saúde e ainda estiveram em Portugal, em 2010, no festival SBSR, aproveitando para promover o seu décimo álbum de estúdio, Yes. Hoje, Neil completa 58 anos. Parabéns!
Licenciado em História, Neil trabalhou durante dois anos na subsidiária inglesa da Marvel Comics. Chegou também a trabalhar na revista musical Smash Hits, facto que, um dia, lhe permitiu ir aos EUA entrevistar os Police e conhecer Bobby Orlando, produtor que estaria na génese do aparecimento dos Pet Shop Boys, mais concretamente, através dos primeiro single, West End Girls. Em 1989, juntou-se a Johhny Marr e Bernard Sumner, numa mais que feliz colaboração. A banda chamava-se Electronic, o Tennant emprestou a sua voz no single Getting Away With It. Neil Tennant tem várias colcaborações com outros artistas, contribuindo com a sua voz inconfundível. Estou-me a lembrar, por exemplo, de No Regrets, de Robbie Williams. Os Pet Shop Boys estão de boa saúde e ainda estiveram em Portugal, em 2010, no festival SBSR, aproveitando para promover o seu décimo álbum de estúdio, Yes. Hoje, Neil completa 58 anos. Parabéns!
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segunda-feira, julho 09, 2012
MARC ALMOND (55)
Marc Almond é um homem de sorte. Em 1994, foi hospitalizado devido ao consumo de drogas. Dez anos depois, em outubro de 2004, sofreu um quase fatal acidente de mota. Apesar de ter deixado o hospital três semanas depois do acidente, o cantor passou os anos seguintes na mesa de operações e em terapia contra stresse pós-traumático. Em fevereiro de 2008, cancelou uma vinda à Casa da Música, precisamente por razões de saúde.
Esta introdução mais ou menos sombria serve para dizer que a perda de Marc Almond seria uma grande... perda. Um homem que, ao lado de David Ball, nos deu uma magnífica versão de Tainted Love e canções como Say Hello Wave Goodbye, Torch ou What!, entre outras, é uma personalidade incontornável da synth-pop dos anos 80. Quando os Soft Cell acabaram, em 1984, Almond iniciou uma carreira a solo que haveria de se estender até ao presente. Nos anos 80, destaque para as canções Stories of Johnny e Tears Run Rings. Para encerrar a década em beleza, recuperou Gene Pitney, ao lado do qual gravou uma versão de Something's Gotten Hold Of My Heart.
Quanto aos Soft Cell, voltaram à actividade em 2001, tendo gravado o álbum Cruelty Without Beauty (2002), que deu origem a uma digressão europeia.
Marc Almond voltou em força aos palcos em 2007, ano em que lançou o álbum Stardom Road, um registo de covers. EM 2010, Almond editou o seu primeiro álbum de originais a solo em quase dez anos. Chama-se Varieté. O cantor comemora hoje 55 anos. Parabéns, Marc!
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JIM KERR (53)
Nunca vi em Jim Kerr um cantor tecnicamente dotado, daqueles que são quase infalíveis ao vivo. No entanto, posso assegurar-vos que estamos perante um dos meus ídolos de infância, porque o vocalista dos Simple Minds tinha (e tem) aquilo que falta a muito bom cantor que anda por aí: presença (ou, se quiserem, carisma). Depois, há as canções. Someone Somewhere in Summertime, Don't You (Forget About Me), Alive And Kicking, Sanctify Yourself, entre muitas outras. Este escocês, que completa hoje 53 anos, foi casado com Chrissie Hynde (1984-1990) e com Patsy Kensit (1992-1996), duas cantoras de estilos completamente diferentes. Pudemos vê-lo, a ele e aos Simple Minds, há sensivelmente seis anos, num concerto realizado em Cantanhede, no âmbito da EXPOFACIC. Em 2008 celebraram 30 anos de carreira com uma grande digressão. O último álbum da banda chama-se Graffiti Soul. Quanto a Jim, lançou em 2010 o seu primeiro registo a solo: Lostboy! AKA Jim Kerr. No ano passado, lançou dois singles. Parabéns, Jim!
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domingo, julho 08, 2012
ANDREW FLETCHER (51)
Andy Fletcher, natural de Nottingham e membro fundador dos Depeche Mode (uma das maiores bandas à face da Terra, caso ainda não se tenham apercebido), completa hoje 51 anos. Parabéns!
Apesar de nunca ter composto qualquer canção nos Depeche Mode e de a sua figura não ter o mesmo relevo mediático que Gore e Gahan, Andy Fletcher é uma espécie de consciência do grupo, alguém que possibilita o equilíbrio que nem sempre foi fácil entre Gore e Gahan... A importância de Fletcher estende-se ainda à gestão dos negócios da banda e à comunicação com os media.
Os momentos de paragem criativa dos Depeche Mode dão oportunidade aos seus membros de se envolverem em projetos a solo. Fletcher tem-se dedicado à atividade de DJ. A sua actividade musical esteve ligada também ao duo feminino Client, que passou por Portugal no Festival Dunas de S. Jacinto, em julho de 2003. As Client foram a razão da criação da editora Toast Hawaii, que agora se mantém um pouco adormecida. Mais uma vez, parabéns Andy!
Apesar de nunca ter composto qualquer canção nos Depeche Mode e de a sua figura não ter o mesmo relevo mediático que Gore e Gahan, Andy Fletcher é uma espécie de consciência do grupo, alguém que possibilita o equilíbrio que nem sempre foi fácil entre Gore e Gahan... A importância de Fletcher estende-se ainda à gestão dos negócios da banda e à comunicação com os media.
Os momentos de paragem criativa dos Depeche Mode dão oportunidade aos seus membros de se envolverem em projetos a solo. Fletcher tem-se dedicado à atividade de DJ. A sua actividade musical esteve ligada também ao duo feminino Client, que passou por Portugal no Festival Dunas de S. Jacinto, em julho de 2003. As Client foram a razão da criação da editora Toast Hawaii, que agora se mantém um pouco adormecida. Mais uma vez, parabéns Andy!
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quinta-feira, julho 05, 2012
HUEY LEWIS (62)
Huey Lewis faz-me lembrar aquele tio que nos visita de meio em meio ano e traz sempre uma namorada nova debaixo do braço. Tem aquele ar maroto e traquina, mas em quem podemos confiar. Esforça-se por manter uma aparência jovem, abusando da ganga e das sapatilhas, e dá-nos conselhos sobre a difícil arte de seduzir a miúda da carteira do lado. Gostamos do tio Huey, portanto.
Com os The News deixou marca no rock americano dos anos 80 com temas como If This Is It, Stuck With You, e obviamente, The Power of Love, a canção que os catapultou para a fama mundial, em grande parte graças ao filme Regresso Ao Futuro. O seu percurso na década de 80 ficou ainda marcado por uma questão judicial, quando pôs um processo a Ray Parker Jr por este ter alegadamente plagiado I Want A New Drug com o tema principal do filme Ghostbusters. A mim parece-me descarada a colagem. Vejam por vocês mesmos: aqui e aqui.
Os Huey Lewis and the News continuam a tocar ao vivo, e gravaram o seu nono álbum de estúdio em 2010, Soulsville, depois de um hiato de quase dez anos.
Hoje, Huey Lewis completa 62 anos. Parabéns, tio Huey!
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quarta-feira, julho 04, 2012
Echo & the Bunnymen em V. N. de Gaia
Foi com uma magnífica vista sobre o rio Douro e a cidade do Porto como pano de fundo que os Echo & the Bunnymen regressaram aos palcos portugueses, trinta anos depois de terem atuado em Vilar de Mouros. A noite estava fria, mas o recinto na Serra do Pilar quase encheu com uma multidão de indefetíveis da onda rock alternativa dos anos 80. Da banda original restam Ian McCulloch e Will Sergeant, a força motriz da banda que, nos anos 80, contava ainda com Les Pattinson (agora membro dos Wild Swans) e Pete de Freitas (falecido em 1989).
Para mim, foi o completar de mais uma etapa dessa tarefa árdua de ainda conseguir ver ao vivo uma série de bandas que povoaram a minha adolescência. Por isso é fácil imaginar a alegria que me encheu a alma no sábado ao ver os Echo & The Bunnymen - estão naquele patamar onde convivem bandas como os The Smiths, os Jesus And Mary Chain ou os The Sound - desfilarem uma série de músicas que fazem parte da banda sonora da minha vida. De Do It Clean a The Cutter, passando por Bring On The Dancing Horses, The Killing Moon e Seven Seas, a setlist centrou-se no catálogo das banda dos anos 80 e a malta não se queixou. A voz de Ian McCulloch permanece angelical, como se o tempo não quisesse nada com ela, e o senhor até se mostrou mais comunicativo do que eu julgava. A setlist completa pode ser vista aqui. Para mais fotos, visitem a página do facebook do Queridos Anos 80.
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