segunda-feira, dezembro 26, 2016

George Michael (1963-2016)

As últimas notícias que o site e a página no facebook oficiais de George Michael apresentam datam de novembro deste ano e dão conta da azáfama do músico na preparação do documentário Freedom, cuja estreia estará apontada para março de 2017, e da intenção, tanto por parte da Sony como do ex-vocalista dos Wham, em fazer coincidir esse momento com a reedição de Listen Without Prejudice. Não há, não havia notícias de quaisquer problemas de saúde que nos pudessem preparar para a notícia da sua morte. Mas aconteceu, neste dia de Natal de 2016.
A morte de George Michael é o desaparecimento de um pedaço da infância ou adolescência de cada um de nós, que pertencemos a uma geração que guardava e guarda uma imagem, tanto estética como musical, muito nítida deste ícone da pop dos anos 80. E que a revisitava, e revisita, assiduamente no leitor de CDs lá de casa ou no DJ set ao som do qual dançamos frequentemente. É o desaparecimento do ídolo teen pop, cujos posters da revista Bravo preenchiam as paredes dos quartos femininos, ao lado do seu companion Andrew Ridgeley, enquanto no gira-discos rodavam os Wake Me Up Before You Go-Go ou os Last Christmas de que os rapazes negavam gostar na escola. Mas também é o desaparecimento do compositor de obras magistrais a solo como os álbuns Faith ou Listen Without Prejudice, que mostraram que a liberdade - a Freedom - de George Michael era também a nossa de podermos admitir que um dia tínhamos gostado daquele ídolo pop. Agora já muito tempo passou. Os Wham acabaram há 30 anos e George Michael deixou-nos hoje. Fica a música e ficam as memórias, em jeito de homenagem, do concerto em Coimbra, em 12 de maio de 2007.

2 comentários:

Pedro R. disse...

Obrigado. Para mim, essa perda foi de facto um enorme pedaço (e não pequeno) da minha infância, adolescência, idade adulta... Foi um pedaço da minha vida que partiu. Tive a felicidade de o ver duas vezes ao vivo e de o conhecer pessoalmente em Coimbra, em 2007. Tenciono deslocar-me a Londres para o seu funeral onde tocará Elton John e depois para o concerto de homenagem, ao jeito de Freddie Mercury em 1992, que se realizará este ano.
Obrigado por este blog. Tenho orgulho em pertencer à geração 80.

tarzanboy disse...

Pedro, não tens de agradecer. Obrigado eu por esse teu testemunho. E esse concerto de homenagem deverá ser qualquer coisa de arrepiante!