terça-feira, abril 27, 2004

Passado e Presente. Como eles mudaram (capítulo 2).

O QA 80 gosta de recordar os seus heróis. E ao recordá-los, sublima-os, presta-lhes a homenagem merecida. Segundo capítulo de Passado e Presente. Aqui podem conferir o primeiro capítulo.

1. Sheena Easton



Completa hoje 45 anos e canta em bares de Las Vegas (tal como lembrou a venon). Esta escocesa foi uma star dos eighties, contando no seu currículo com duetos com Kenny Pai Natal Rogers (We've Got Tonight) e Prince (U Got The Look). Está muito bem conservadinha.

2. Tony Hadley



O frontman dos Spandau Ballet, uma das melhores vozes de sempre da pop (ok, discutível...). O QA 80 sabe que o penteado de Tony Hadley serviu de inspiração para toda uma geração. Está um pouco gordito, mas ainda controla umas miúdas. Quem quer passar um fim-de-semana com o Tony?

3. Bonnie Tyler



O QA 80 tem um carinho especial por Bonnie Tyler. Afinal, não é todos os dias que uma estrela escolhe Portugal para viver durante a maior parte do tempo. Para além disso, Loving You's A Dirty Job But Somebody's Gotta Do It é um título longo, mas vale a pena o esforço porque se trata de uma bonita balada. Por fim, last but not least, Bonnie Tyler foi uma das primeiras estrelas pop-rock que este vosso servo viu ao vivo, corria o ano de 1987, num festival realizado no Estádio da Luz. O cabeça de cartaz era Mr. Bryan Summer of 69 Adams e o dueto com Bonnie em Straight From The Heart foi algo de inesquecível!

4. Joe Elliot



O vocalista dos Def Leppard, uma das maiores Hair Bands dos anos 80, que ainda andam por aí a distribuir fruta (leia-se baladas) a torto e a direito. Joe Elliot está um pouco mais gordo, mas continua a cantar Animal e Love Bites com a mesma energia dos primeiros tempos. O único comentário que se me oferece dizer sobre o penteado do Joe dos 80s é que me faz lembrar uma raça canina qualquer... Alguém ajuda?

5. Annie Lennox



Esta Senhora (com S grande, carago) é uma das grandes paixões do QA 80 e está tudo dito. There must be an angel playing with my heart...

6. Fabrice Morvan



Olha o-gajo-dos-milli-vanilli-aquele-grupo-que-afinal-não-cantava. É assim que Fabrice Morvan (o milli) é conhecido (Rob Pilatus, o vanilli, já não pode ouvir esta provocação, porque morreu em 1998). Contudo, o QA 80 está em condições de afirmar categoricamente e sem hesitações de qualquer espécie: ELE CANTA! Se o faz bem ou mal cabe-vos a vós, exigentes leitores deste blog, julgá-lo. Love Revolution! Dá-lhes Fabrício, amigo!

segunda-feira, abril 26, 2004

Sondagem: qual a melhor do Prince?


Aproveitando o regresso de Prince às edições discográficas com Musicology, o QA 80 abre a sondagem que pretende saber qual a vossa canção preferida do senhor artista de Minneapolis. Atenção que apenas estão "a concurso" as canções editadas nos eighties, o que elimina automaticamente Diamonds And Pearls, Cream, Gett Off, Sexy M.F., 7 e The Most Beautiful Girl In The World, entre outras.

Ringo & Barbara


Em 1981

Aconteceu nos anos 80 e por isso é notícia: a 27 de Abril de 1981 Ringo Starr casava-se com Barbara Bach, apenas, meus amigos, uma das melhores Bond girls de sempre. Não, não me estou a referir aos seus dotes de representação.

Já sei o que vocês estão a pensar. Com que então o tipo mais feio dos Beatles foi aquele que se "orientou" melhor. É verdade, o que só vem provar que nestas coisas do amor há argumentos que podem ultrapassar quaisquer sinais exteriores de pobreza estética como é o caso do Ringo.

Barbara Bach foi Bond Girl em The Spy Who Loved Me (1977), ao lado de Roger Moore, mas retirou-se da indústria cinematográfica alguns anos mais tarde. Dedicou-se, já nos anos 80 a obras de beneficiência como o Fashion Aid (decorrente do Live Aid) e o Romanian Angel (com Olivia Harrison, mulher de George, e Yoko Ono, mulher de John Lennon)

Amanhã, Ringo e Barbara completam 23 anos de casamento. Os dois vivem, felizes, no Mónaco.

domingo, abril 25, 2004

ERASURE

It's not the way you lead me by the hand into the bedroom



Uma das imagens musicais mais recorrentes dos anos 80 é a do duo composto por teclista e vocalista. O primeiro é geralmente mais recatado, adopta uma postura low-profile e não se importa se os focos incidem sobre aquele que está à sua frente e passa a vida de um lado para o outro à procura da câmara. Este, o vocalista, é bem extrovertido, tem uma relação "tu-cá-tu-lá" com a câmara, por vezes dança, salta e rebola no chão. Este estereótipo é confirmado em nomes como os Pet Shop Boys, os Naked Eyes, os Soft Cell ou, mais declaradamente, os Erasure.

Já aqui falámos de Vince Clarke, a propósito da sua parceria com Alison Moyet nos Yazoo, mas foi nos Erasure, com Andy Bell, que estabilizou todo o seu génio criativo. Fundou em 1980 os Depeche Mode, mas apenas gravou o primeiro álbum, Speak And Spell, saindo do grupo de seguida. Após dois áluns com Alison Moyet, chamou Paul Quinn para gravar um single que não ficou para a história. Clarke ainda participou num projecto chamado The Assembly, que envolvia o vocalista Feargal Sharkey e o produtor Eric Radcliffe.

A aventura Erasure começa com um anúncio no jornal a procurar vocalista e com a escolha de Andy Bell após dezenas de audições. Andy Bell, que completa hoje 40 anos, foi um dos primeiros artistas da música pop a nível mundial a declarar-se homossexual.

A vida não estava fácil para um duo de dance-pop electrónico em 1985 e os dois primeiros singles, Who Needs Love Like That e Heavenly Action tiveram pouco retorno da parte do público. O terceiro single, Oh l'Amour, apesar de já muito popular em vários países europeus, voltou a ter um fria recepção em Inglaterra. O álbum de estreia, Wonderland (1986), não fugiu à regra.

Tudo mudou com Sometimes, o single de apresentação do álbum seguinte, Circus (1987). Dotada de uma admirável vocalização por parte de Andy Bell e de um ritmo bem dançante, esta canção trouxe aos Erasure o reconhecimento a nível mundial. A partir daqui os Pet Shop Boys não estavam sozinhos. Até ao final da década seguiram-se uma série de êxitos que puseram em causa o reinado dos autores de West End Girls, de entre os quais destacaríamos Victim Of Love, Chains Of Love, Ship Of Fools, Drama, Star, You Surround Me, e o enorme A Little Respect, de que os nossos Silence 4 fizeram uma versão excelente.


Agnetha e Frida?

Também no palco o duo começou a construir uma identidade própria. Os seus concertos mostravam um teclista "afundado" em sintetizadores e um frontman que tinha tanto de excelente vocalista como de excêntrico, usando roupas de fazer furor em qualquer Love Parade. Em finais da década de 80, os Erasure tocavam para audiências de 60.000 pessoas no Japão.
Em inícios dos 90, a digressão The Phantasmogorical Entertainment arrastava finalmente Vince Clarke para a frente do palco para uma coreografia com Bell, os dois vestidos de mulher, de versões dos ABBA (Take A Chance On Me, entre outras.)

Há 4 anos que os Erasure não lançam um álbum de originais. Other People's Songs, de 2003, trouxe um conjunto de versões, umas melhores que outras, sendo de destacar Solsbury Hill (Peter Gabriel) e You've Lost That Loving Feeling (The Righteous Brothers). Aqui fica a discografia completa de álbuns:

Wonderland (1986)
Circus (1987)
The Innocents (1988)
Wild! (1989)
Chorus (1991)
ABBA-esque EP (1992)
Pop! The First 20 Hits (1992)
I Say I Say I Say (1994)
Erasure (1995)
Cowboy (1997)
Loveboat (2000)
Other People's Songs (2003)
Hits! The Very Best Of Erasure (2003)

sábado, abril 24, 2004

80s Weekend na VH1


Este fim-de-semana é dedicado aos eighties na VH1. Toca a ligar e a recordar!

Sábado - 24 de Abril de 2004
15:00 So 80's Music Mix
18:00 VH1 Presents The 80's Hip Hop/ R&B
19:00 VH1 Presents The 80's Impact
20:00 VH1 Presents The 80's Music Videos
21:00 Viva La Disco

Domingo - 25 de Abril de 2004
03:00 VH1 Hits
05:00 VH1 Hits
09:00 Then & Now
10:00 Top 10 Gold
11:00 So 80's
12:00 VH1 Presents The 80's Hip Hop/ R&B
13:00 VH1 Presents The 80's Impact
14:00 VH1 Presents The 80's Music Videos
15:00 So 80's Music Mix
19:00 VH1 Presents The 80's Heavy Metal
20:00 VH1 Presents The 80's Post Punk
21:00 So 80's Music Mix
22:00 Classic Hour
23:00 VH1 Hits

quinta-feira, abril 22, 2004

Dia da Terra



Hoje é o dia de todos nós. Não, não joga a selecção. É o dia ao qual ninguém se pode baldar. Dia da Terra. Andamos cá todos, mas nem todos queremos saber.

Pixies
Monkey Gone To Heaven (1989)

There was a guy
An under water guy who controlled the sea
Got killed by ten million pounds of sludge
From new york and new jersey
This monkey’s gone to heaven

The creature in the sky
Got sucked in a hole
Now there’s a hole in the sky
And the ground’s not cold
And if the ground’s not cold
Everything is gonna burn
We’ll all take turns
I’ll get mine, too
This monkey’s gone to haven

Rock me joe!

If man is 5
Then the devil is 6
Then God is 7
This monkey’s gone to heaven

quarta-feira, abril 21, 2004

Robert Smith (45)



Robert Smith é um herói na educação musical de qualquer adolescente de bom gosto nos anos 80. Acima dele e dos The Cure talvez apenas Morrissey e os The Smiths. Cabelos desgrenhados, baton propositadamente borratado, pose desleixada, sapatilhas sem atacadores – Robert Smith foi, é e será uma figura marcante, incontornável da história da música pop.

Completa hoje 45 anos. Robert James Smith nasceu em Blackpool, Inglaterra, a 21 de Abril de 1959. Os pais chamam-se Rita e Alex. Robert tem duas irmãs e um irmão, mas não usam o mesmo tipo de penteado.

Aos 14 anos conheceu a mulher da sua vida, Mary Poole, com quem se casou em Agosto de 1988. Parece que são muito felizes e tomaram a decisão de não ter filhos.

Robert gosta de comida indiana, futebol, chá Earl Grey, crispies de arroz, Robert De Niro, Taxi Driver, gatos, Joy Division, ler e dormir. Mas aqui têm uma olistagem exaustiva dos gostos do rapaz.

Em 1976, com apenas 17 anos, formou os Easy Cure, que depois passariam simplesmente a The Cure. Robert Smith achou que Easy Cure soava demasiado a uma banda hippie.

Fez parte dos Siouxsie & the Banshees entre 1983 e 1984 e formou com baixista Steve Severin e a vocalista Jeanette Landray o projecto The Glove, que produziu um álbum intitulado Blue Sunshine.

Robert Smith tem fama de gostar da pinga. Aliás, é conhecida a sua tendência, pelo menos, enquanto era mais novo, de tocar em palco sob a influência do álcool. Isto, de resto, ajudava-o a ultrapassar um dos seus grandes medos: o medo do palco.

Há mais de 15 anos que Robert Smith "ameaça" gravar um álbum a solo logo que os The Cure encerrem a sua actividade. Como os The Cure ainda andam por aí...

A discografia oficial dos The Cure:

Three Imaginary Boys (1979)
Boys Don't Cry (1980)
Seventeen Seconds (1980)
Faith (1981)
Pornography (1982)
Japanese Whispers (1983)
The Top (1984)
Concert (1984, ao vivo)
The Head On The Door (1985)
Standing On A Beach (1985, colectânea)
Kiss Me Kiss Me Kiss Me (1987)
Disintegration (1989)
Mixed Up (1990, remixes)
Entreat (1991, ao vivo)
Wish (1992)
Show (1993, ao vivo)
Paris (1993, ao vivo)
Wild Mood Swings (1996)
Galore (1997, colectânea)
Bloodflowers (2000)

terça-feira, abril 20, 2004

We are the world, we are the children



Há 19 anos, We Are The World (USA For Africa) alcançava o primeiro lugar do top britânico, sensivelmente quatro meses depois de Do They Know It's Christmas (Band Aid) ter alcançado feito idêntico. Era a época em que a música pop estava ao serviço da caridade, sendo também um tempo de polémica pelas dúvidas então levantadas por alguns sobre a eficácia de tais iniciativas e, indo mais longe, sobre as verdadeiras motivações dos promotores das mesmas.

Independentemente de tudo isso, os números oficiais revelaram que, no caso do projecto USA For Africa, o single reuniu mais de 50 milhões de dólares para a ajuda dos mais defavorecidos no continente africano. O projecto contou com a participação dos maiores nomes da música americana da altura (com a excepção de Prince e de Madonna), entre os quais Stevie Wonder, Tina Turner, Bruce Springsteen, Cindy Lauper, Diana Ross, Bob Dylan e, os autores do tema, Michael Jackson e Lionel Richie.

segunda-feira, abril 19, 2004

You don't have to be rich to be my girl



A frase acima transcrita como tópico deve constar do TOP 5 das palavras mais conhecidas da música pop de todos os tempos. Outros exemplos de pedaços de música "que-toda-a-gente-sabe-de-cor" poderão ser Love love me do You know I love you, dos Beatles, ou I can't believe the news today, dos U2, ou ainda eep yó ai ó the row, yó hands upon the weeou, dos Doors. São estas as canções que ficam na história. Kiss, de Prince é uma delas e surge aqui a propósito do facto de o rei de Minneapolis estar aí de volta com álbum novo (Musicology). Para além disso, o QA 80 assinala hoje os 18 anos sobre a presença de Kiss no primeiro lugar do top americano (no Reino Unido quem ocupava o topo era A Different Corner, do Jorge Miguel).

E agora, cinco verdades incontestáveis sobre Kiss:

Kiss é um marco na música de dança, sendo que cada um de nós já a dançou pelo menos umas 10 vezes.
Kiss é uma canção que já foi cantada por muitos outros artistas, de entre os quais se destaca Tom Jones, claro.
Kiss tem aquela parte do refrão em que ouvimos a voz de Prince atingir o limite num esganiçado Ain’t no particular sign I’m more compatible with, I just want your extra time and your . . . . . kiss. Todos nós, homens de barba rija, já tentámos imitá-lo, mas sem sucesso.
Kiss é o tipo de música capaz de levar-nos a fazer figuras tristes no karaoke, depois de uns vodkas para aquecer.
Kiss vale também pelo videoclip, em que surge a guitarrista Wendy Melvoin (do duo Wendy & Lisa) e uma personagem feminina com quem Prince dança e de quem, na altura, se dizia ser um homem. O mistério continua. Será?

segunda-feira, abril 12, 2004

Heaven Is a Girl Called Belinda



A gozar umas merecidas férias da Páscoa, o QA 80 dá uma escapadela até ao maravilhoso mundo da WWW para assinalar os 18 anos de casamento de Belinda Carlisle (ler "Carlail") ou, como um amigo meu diz, Carlinda Berlisle (ler "Berlail"). O casamento aconteceu no dia 12 de Abril de 1986 e o noivo... bem, perguntam vocês: QUEM FOI O PIOLHOSO DO NOIVO DA GAJA MAIS (BE)LINDA DA POP DOS ANOS 80??? QUEM FOI??? (É favor fazer um ar muito zangado).

Bem, o nome do sortudo foi Morgan Mason! Uh? Quem é Morgan Mason? Bem perguntado. O QA 80 foi investigar e soube que este rapaz está ligado ao cinema como produtor e, nos anos 60 representou dois papéis infantis em dois filmes completamente irrelevantes para o bom nome da sétima arte. Mais importante, se calhar, do que tudo isto é o facto de o rapaz ser filho do actor James Mason, esse sim, um monstro do grande ecrã.

O mais irónico disto tudo, caros Belinda's fans, é que temos de agradecer ao Sr. Morgan Mason o facto de a bela da Carlisle não ter dado cabo da sua vida em meados dos anos 80. Quando se conheceram, a nossa musa estava completamente afundada em cocaína, bebia até cair para o lado e pesava muito mais do que o aconselhável. Foi graças a Morgan Mason, tal como Belinda reconhece, que a sua vida entrou no caminho da felicidade (obrigado, Delfins!).

Isto tudo, ainda a menina fazia parte das Go-go's. Seguiu-se então a carreira a solo que nos trouxe canções decisivas para a evolução da música enquanto fenómeno "pastilha-elástica" tais como Heaven Is A Place On Earth, I Get Weak, Circle In The Sand ou Leave A Light On.

Para terminar, um esclarecimento formal, antes que nos invadam a caixa do correio com pedidos: O QA 80 não mostra, nem mostrará as fotos de Belinda Carlisle na Playboy. Fiquem-se com esta e considerem-se uns sortudos! Boas férias, se for o caso!

quinta-feira, abril 08, 2004

DESIRELESS

Voyage, voyage, plus loin que la nuit et le jour



O nome Claudie Fritsch-Mentrop não diz nada ao comum dos mortais que se interessam minimamente pelo fenómeno musical dos anos 80. Mas se dissermos que se trata da cantora de Voyage, Voyage, lembramo-nos imediatamente de Desireless, a francesa com penteado esquisito.

Ainda em inícios da década de 70, estudou design de moda e envolveu-se no mundo da moda, chegando a criar uma linha de vestuário para a mulher moderna, com o título "Pimenta e Sal ". Após uma viagem à India, em 1980, decide começar a cantar e, algum tempo mais tarde, o encontro com o compositor e produtor Jean Michel Rivat foi determinante para o início da sua carreira musical. Rivat era o produtor mais conceituado da altura, tendo trabalhado com grandes nomes franceses como Claude François ou Joe Dassin.



Em 1984, grava o primeiro single com o grupo Air 89, intitulado Cherchez L'Amour Fou, seguido de Qui Peut Savoir, em 1986, agora sob a designação de Air. Nesse mesmo ano, surge a canção que tornou Desireless conhecida à escala mundial: Voyage Voyage, um tema que foi número 1 em vários países europeus e chegou ao número 5 no Reino Unido, o que, tendo em conta que se trata de uma canção cantada em francês, é excelente. Aqui, 18 segundos de Voyage...
Em 1988, ainda atingiu relativo sucesso com John, mas a partir daí o caminho foi sempre a descer.

Após a edição do primeiro álbum, François (1989), cujo título devia ter uma "ligeira" relação com o facto de o seu namorado da altura e ainda actual companheiro se chamar... François, Desireless teve a sua filha e decidiu fazer uma pausa na sua carreira.

Álbuns:
François (1989)
I Love You (1994)
Se Plus Grands Succès (2003)
Un Brin De Paille (2004)

terça-feira, abril 06, 2004

George Michael de volta

George Michael está de volta aos álbuns de originais com Patience, depois de 8 anos passados sobre Older. A rodar com insistência no leitor do QA 80, Patience não surpreende, o que, no caso do ex-Wham, não é negativo. George Michael é um dos maiores compositores e intérpretes de sempre. Ponto final, parágrafo. Neste disco convivem todas as suas qualidades: canções de natureza intimista e canções para dançar.

Discografia - Álbuns a solo:
Faith (1987)
Listen Without Prejudice (1990)
Older (1996)
Ladies And Gentlemen: The Best Of Geroge Michael (1998)
Songs From The Last Century (1999)
Patience (2004)

Agora a história em imagens (ou, mostra-me o teu penteado e dir-te-ei de que época eras)





segunda-feira, abril 05, 2004

STAN RIDGWAY

Woah-oh-oh-oh, Camouflage, things are never quite the way they seem



Mais uma one hit wonder. Stan Ridgway (05/04/1954) cantou Camouflage, um tema que evoca cenários de guerra fantasmagóricos e, ao mesmo tempo, contém aquele tom patriótico à boa maneira americana. É uma daquelas músicas que se apagam facilmente da nossa memória colectiva, mas que rapidamente identificamos ao ouvir os primeiros acordes do refrão. E aí, soltamos um "Ah, lembras-te desta?"

Stan foi vocalista dos Wall Of Voodoo, banda que iniciou em finais dos anos 70. Um dos grandes êxitos do grupo foi Mexican Radio. A solo, Stan editou o álbum de estreia em 1986, The Big Heat, o qual incluiu o já referido Camouflage. Trata-se de uma canção que apaixona pelo tom épico da história que é narrada: um soldado americano no Vietname é salvo por um marine que, mais tarde veio a saber, morrera já há alguns dias.



Outros álbuns:
Mosquitos (1989)
Partyball (1991)
Songs That Made This Country Great (1992)
Black Diamond (1996)
Anatomy (1999)
Holiday In Dirt (2002)

domingo, abril 04, 2004

Pride (In The Name Of Love)


Martin Luther King (15-01-1929 / 04-04-1968)

One man come in the name of love
One man come and go.
One man come he to justify
One man to overthrow.

In the name of love
What more in the name of love.
In the name of love
What more in the name of love.

One man caught on a barbed wire fence
One man he resist
One man washed up on an empty beach
One man betrayed with a kiss.

In the name of love
What more in the name of love.
In the name of love
What more in the name of love.

Early morning, April four
Shot rings out in the Memphis sky.
Free at last, they took your life
They could not take your pride.

In the name of love
What more in the name of love.
In the name of love
What more in the name of love.

In the name of love
What more in the name of love.
In the name of love
What more in the name of love.

quinta-feira, abril 01, 2004

What's going on, Marvin?



No dia 1 de Abril de 1984, um pai envolvia-se em mais uma discussão violenta com o seu filho. A razão da discussão poderia ter sido a depressão por que este passava e a sua cada vez maior dependência da cocaína. Poderia ter sido sobre as suas cada vez mais abruptas alterações de humor. Poderia ter sido sobre as constantes ameaças de suicídio que anunciava a todos aqueles que o conheciam. Poderia ter sido sobre um pormenor sem qualquer importância. Nessa tarde, foi tudo em defesa da sua mãe. Nessa tarde, a discussão acabava da forma mais trágica: o Reverendo Marvin Gaye Sr. disparava sobre o seu próprio filho provocando-lhe a morte imediata. Dois anos depois da edição de Sexual Healing, morria Marvin Gaye, um dos principais ícones da soul music.

Citando os Commodores em Nightshift:

Marvin, he was a friend of mine
And he could sing a song
His heart in every line
Marvin sang of the joy and pain
He opened up our minds
And I still can hear him say
Aw, talk to me so you can see
What's going on
Say you will sing your songs
Forevermore, evermore