terça-feira, novembro 15, 2005

Frank Farian: o lado negro da pop



O treinador é sempre responsável pela equipa que põe a jogar. Dentro desta lógica futeboleira, o senhor da foto, que tem aquele ar sinistro e dá pelo nome de Frank Farian, é o principal culpado pelo que aconteceu a uma das duplas mais esteticamente hilariantes da década: os Milli Vanilli. Foi ele quem os inventou, atirou para a ribalta e destruiu. Fabrice Morvan conseguiu "aguentar-se" no meio musical, enquanto Rob Pilatus pôs em prática a receita live fast, die young, entregando-se ao álcool e às drogas, cujo abuso teria o seu fim com a sua morte em 1998.

Foi no dia 15 de Novembro de 1990, faz então hoje 15 anos, que, numa conferência de imprensa, Frank Farian confirmou os rumores de que os Milli Vanilli nunca cantaram nos seus discos. Nem sequer uma palavrinha sussurrada, nem um suspiro, nada. Afinal havia outros a cantar por eles no estúdio. O QA80 quer desde já fazer a justiça devida ao Rob e ao Fab, declarando-os os mestres do playback. Ninguém como eles soube pôr em prática essa arte que Carlos Paião definiu com excelência.

Quanto ao sr. Farian, também responsável pelo fenómeno Boney M, não é de admirar que a sua mente perversa se tenha aproveitado daqueles pobres inocentes. É de esperar tudo de alguém que na infância tinha este aspecto (só falta o bigodinho para ser vocês-sabem-quem) e na adolescência cantava numa banda chamada Frank Farian & the Shadows e que me faz lembrar uma organização famosa pelas acções de carácter "lúdico" junto das comunidades negras norte-americanas.

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