Entrei no Pavilhão Atlântico por volta das 20:50 para me deparar com um espaço ainda pouco preenchido. Cheguei-me imediatemente o mais à frente que pude, que, nisto de concertos, gosto mesmo de estar perto do palco. A média de idades ia de encontro à minhas expectativas, maioritariamente trintas e tais, mas alguns jovens imberbes podiam ser vistos aqui a ali com ar de quem tinha aterrado no Atlãntico de pára-quedas (que é como quem diz com um bilhete ganho num passatempo qualquer).
Às 21:15 em ponto, Ben Volpeliere-Pierrot entrou em palco, de óculos escuros e boina, roupa casual, sapatilhas, como quem diz "eu-ainda-sou-jovem-apesar-de-vocês-não-acreditarem". E a avaliar pelos passos de dança que exibiu à medida que decorria a sua actuação, pode dizer-se o rapaz não desaprendeu. A voz, essa não o deixou ficar mal - o registo é quase sempre grave e Ben não desafina. Aqui e ali tentou alguma interacção com o público através dos inevitáveis "Are you having fun?" ou "You're great!", mas o povo não reagiu por aí além. Foi um razoável warm-up para o que viria a seguir. Quem estiver interessado nas fotos que tirei, faça o favor de se servir.
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