quinta-feira, novembro 26, 2009

Sétima Legião, com Teresa Salgueiro e Francisco Ribeiro - Ascensão (ao vivo)



Volto hoje ao vídeo da Sétima Legião, no concerto no Pavilhão Carlos Lopes, em 1990, para apresentar a bela Ascensão, que junta em palco Teresa Salgueiro e Francisco Ribeiro. Antes de mais, as minhas desculpas pelo facto de, a meio do vídeo, o som e a imagem ficarem dessincronizados. O original deste tema faz parte do álbum De Um tempo Ausente (1989), e foi escrito por Francisco Ribeiro, músico fundador do projecto Madredeus.

Hoje mesmo estive na FNAC do Norteshopping (clicar na imagem) a acompanhar o showcase do novo projecto de Francisco Ribeiro, de nome Desiderata, cujo trabalho de estreia tem o título sugestivo de A Junção do Bem. Gostei bastante do que vi e ouvi (e o tarzanbaby também...) e as anunciadas participações de Lisa Gerrard (Dead Can Dance) e Natália Casanova (Diva), entre outros, prometem um disco de grande qualidade... Por agora, regressemos a 1990.

quarta-feira, novembro 25, 2009

O meu novo gira-discos

Apresento-vos o meu novo gira-discos. Chama-se Numark e é um gira-discos bonito. Orientado para o DJing, a característica que me convenceu a comprá-lo foi a possibilidade de se ligar, via USB, ao computador e converter automaticamente o vinilzinho em saborosos ficheiros mp3. Isto com a ajuda de um software muito intuitivo e sem precisar da intermediação de um amplificador. Posso dizer-vos que estou muito contente. Se clicarem na imagem poderão ver o meu novo bicho de estimação em tamanho superior e admirar toda a sua beleza. Sim, é bonito, não me canso de o dizer, e ainda por cima foi o mais barato que encontrei dentro desta espécie de gira-discos. Já agora, o single que está na imagem foi o primeiro que nele pus a tocar e chama-se No More I Love You's e pertence aos The Lover Speaks. Estou muito feliz. O meu gira-discos é muito bonito.

terça-feira, novembro 24, 2009

Novo teledisco: FREDDIE MERCURY - Love Kills

Freddie Mercury morreu há 18 anos. A 24 de Novembro de 1991, o mundo da música era varrido pela notícia da morte de um ícone. Por esta razão, o QA80 apresenta o teledisco de Love Kills, um tema de 1984, que faz parte da carreira a solo de Mercury.

Love Kills foi composto por Mercury e Giorgio Moroder e fez parte da banda sonora do filme Metropolis. Aliás, o teledisco é precisamente uma sucessão de imagens do filme de Fritz Lang.

segunda-feira, novembro 23, 2009

Os maiores "of the universe"

O título deste artigo transborda de euforia, mesmo mais de uma semana depois do concerto dos Depeche Mode no Pavilhão Atlântico. Foi como se fosse o primeiro, apesar de já ter sido o terceiro. A devoção de um fã a uma banda como os DM ultrapassa qualquer álbum menos conseguido, qualquer desacerto vocal do Dave Gahan, qualquer reminiscência nostálgica dos tempos de Alan Wilder, qualquer grau de previsibilidade que um concerto destes possa ter.

Ao contrário do que acha o André, para mim, o álbum Sounds of the Universe é um grande álbum, e lamento que a banda apenas tenha investido em quatro canções para esta apresentação em Lisboa (lamentavelmente ficaram de fora Fragile Tension, Peace, Come Back e Perfect). In Chains serviu de abertura, um pouco à imagem de Higher Love, canção que abria os concertos da digressão de Songs Of Faith And Devotion. Seguiu-se o hit Wrong e o não-hit Hole To Feed. Três canções de Sounds of the Universe para fazer o warm-up do que estava para vir. E o que veio foi a sucessão previsível (isto de saber antecipadamente a set list não tem piada nenhuma) de alguns dos grandes temas da banda. O último álbum teria apenas mais uma visita, através da poderosa Miles Away/The Truth Is, que não esteve a mais, não senhor, caro Gonçalo Sá.

Dave Gahan mantém os movimentos de anca que tanta popularidade têm no público feminino e entrega-se ao momento como poucos o fazem. Se a voz não corresponde aqui e ali, pouco importa. Dave é muito mais do que isso. A certa altura fartou-se de enviar beijos para um local específico da plateia, sendo esse o único momento de comunicação efectiva com o público (para além do usual thank you, Lisboa).

Os "momentos-Gore" foram dois e aquilo que o Davide Pinheiro vê como "excesso de ego", eu vejo como a natural expressão de um génio que merece o seu momento (para além de dar oportunidade ao descanso de Gahan). O primeiro momento trouxe Sister Of Night e Home (impressionante esta versão apenas acompanhada a piano). O segundo foi completamente inesperado pois as crónicas dos recentes concertos não incluiam a canção que Gore cantou: One Caress, uma das minhas preferidas de sempre do "catálogo-Gore". No concerto fiquei com a nítida sensação de que esta escolha surpreendeu mesmo os restantes membros da banda.

Relativamente ao palco, adorei a sucessão de vídeos que acompanhavam cada canção, no enorme ecrã gigante por detrás da banda, e a sua conjugação com o globo que, como um olho, parecia observar cada movimento do público.

Uma última palavra para a organização. Entrei no pavilhão às 20:45, convencido de que iria assistir ao concerto de Gomo às 21:00h, hora que o bilhete apontava como sendo a do início do espectáculo. Qual não foi a minha surpresa quando apanhei Gomo a meio e, por consequência, já não consegui chegar-me à frente na plateia. Fui só eu que fui enganado pela hora no bilhete?

sábado, novembro 21, 2009

Depeche Mode / 14-11-09 / Lisboa

Uma semana depois, aqui estão as minhas fotos do concerto. Não estão particularmente famosas, mas, tendo em conta a distância a que fiquei do palco, foi o que se pôde arranjar.





















sexta-feira, novembro 13, 2009

Amanhã... Just Can't Get Enough!

Amanhã por esta hora devo estar a encaminhar-me para o Pavilhão Atlântico para ver a maior banda do mundo. Depois da frustração do cancelamento do concerto no Porto o que eles mereciam era que eu boicotasse este concerto, mas o Martin Gore era capaz de amuar por isso lá vou eu ver os Depeche Mode pela terceira vez ao vivo. Em 2006 foi assim: texto e fotos. Pelo que podemos ler no Zombie Room, parece que Peace e In Sympathy, do último álbum, vão ficar de fora, bem como a mítica Strangelove e a belíssima Waiting For The Night. Aqui fica o possível, quase certo, alinhamento:

1-In Chains
2-Wrong
3-Hole To Feed
4-Walking In My Shoes
5-A Question Of Time
6-Precious
7-World In My Eyes
8-Fly On The Windscreen
9-Sister Of Night (ou Freelove, ou Clean) - Acústico de Martin Gore
10-Home - Acústico de Martin Gore
11-Miles Away
12-Policy Of Truth
13-It's No Good
14-In Your Room
15-I Feel You
16-Enjoy The Silence
17-Never Let Me Down Again
18-Dressed In Black (ou Shake The Disease, ou Somebody) - Acústico do Martin Gore
19-Stripped
20-Behind the Wheel
21-Personal Jesus

domingo, novembro 08, 2009

45 rotações (V)

Tó Maria Vinhas
Formiga Formiguinha (1980)

Tó Maria Vinhas ficou na história da música portuguesa quando, em 1980, decidiu dar atenção às formigas. Numa altura em que meio mundo dirigia a sua atenção para leões, tigres, cobras e lobos, só para referir alguma da bicharada que foi tema na música pop-rock internacional, em Portugal, alguém lembrava o insecto que não voa, mas que é chato como o catano (já agora, ficam a saber que há mais de doze mil espécies em todo o mundo). Formiga, Formiguinha foi, pois, um fenómeno, em inícios dos anos 80, tendo mesmo dado origem a versões inglesa (Ant, Little Ant), francesa (Fourmi, Petite Fourmi) e italiana (Formica, Piccola Formica). Bem, esta parte foi inventada por mim, mas acho que a canção merecia projecção internacional, não só pela homenagem que o autor faz à existência sempre laboriosa e empreendedora da formiga (convém relembrar que de infantil, como muita gente pensava, esta música não tem nada, sendo mais uma espécie de hino sindicalista de elogio ao trabalhador), mas também porque a própria voz de Tó Maria Vinhas sugere o esgotamento de alguém que passou as últimas 24 horas a trabalhar sem descanso.

O lado B merece também alguma reflexão porque esta poderá muito bem ser a pior música portuguesa de todos os tempos. Meu Amigo, Meu Amigo é aquele tipo de música capaz de nos deixar zangados com o mundo. Aquilo que é suposto ser um hino à amizade torna-se, a meu ver, numa arma de destruição massiva dos nossos ouvidos. E não há amigo que resista depois de ouvir algo como isto: já nem ouves o que digo/nem sequer me dás razão/larga o peso de mendigo/que este mundo é aldrabão. Ou isto: meu amigo, meu amigo/que feitiço te mordeu?/uma seta mal armada/que na boca te gemeu. (Toda a letra aqui).

Actualmente, Tó Maria Vinhas encontra-se afastado, tanto quanto sei, das gravações (em 1992, editou um álbum de fábulas de La Fontaine musicadas), mas escreve para muitos artistas pimba.


tó maria vinhas - formiga formiguinha

tó maria vinhas - meu amigo meu amigo

sábado, novembro 07, 2009

Geração 70 80 90 - AR D'MAR - 7/Novembro


Este sábado, 7 de Novembro, marcamos encontro no Ar D’Mar. O motivo é nobre: o primeiro aniversário do novo espaço à beira-mar. Para celebrar o momento, a dupla de DJs do costume, Pedro Mineiro e tarzanboy, que põe toda a gente a dançar ao som das melhores músicas da década de 80 (com alguns toques da anos 70 e 90 também…). O momento exige festa e o champanhe e o bolo não faltarão, tudo isto temperado pela nova climatização que o Ar D'Mar vai inaugurar. Próximo sábado: a ordem é dançar e festejar. Apareçam!

segunda-feira, novembro 02, 2009

Este homem ensinou-me a ouvir música

Entre as referências da nossa infância ou adolescência, para além da nossa família e professores, há aqueles nomes que, a dada altura se cruzaram no nosso caminho, com quem eventualmente até nunca falámos, mas que, por alguma razão, deixaram uma marca duradoura no nosso crescimento. No meu caso, António Sérgio, o jornalista de rádio que faleceu anteontem, está nesse grupo de pessoas sem as quais, se calhar, uma parte de mim não seria o que é hoje. Refiro-me, claro, à parte que gosta de música. Com Sérgio aprendi a ouvir música. Com o Som da Frente, percebi que havia muito mais música para além das tabelas de vendas que o TOP Disco mostrava, muita coisa que valia a pena ser escutada, ouvida, devorada. Nomes como Wire, Band Of Susans, The Pursuit Of Happiness, Ultra Vivid Scene, Pale Saints chegaram-me através da voz grave e intensa de António Sérgio. E curiosamente, no meu caso, "Som da Frente" foi, durante algum tempo, nos anos 80, uma designação para um estilo de música, dita de vanguarda, e que nos anos 90 tomaria a importação de indie. Só depois percebi que se tratava de um programa de rádio que dava a más horas, mas que, e se calhar por isso mesmo, valia a pena ouvir e sacrificar tempo de descanso.