sexta-feira, setembro 29, 2006

Sly Fox

Living in New York looks like an apple core Asphalt jungle got to be a man of war



Há quem goste de arrumar as canções em gavetas, colando-lhes um carimbo, catalogando-as, impondo-lhes uma identidade musical. As canções, coitadas, não pediram que as catalogassem, que as prendessem a um rótulo mais ou menos discutível, mas lá ficam elas, arrumadinhas na cabeça do senhor que um dia decidiu que elas deviam ser isto ou aquilo porque soam precisamente assim ou assado. Depois, há aquelas canções cheias de personalidade que se recusam a "colaborar". Um exemplo é Let's Go All The Way, dos Sly Fox. Podíamos incluí-la numa cassete ao lado de um Prince ou de um Terence Trent D'Arby. Mas também não ficava mal com Classix Nouveaux ou Human League. E porque não ouvi-la juntamente com o mais pop dos Cure ou dos Echo & the Bunnymen?

Os Sly Fox, já se sabe, foram mais uma das "milhentas" one-hit-wonders que os anos 80 produziram. Tratava-se de um duo composto por Gary "Mudbone" Cooper (fez parte da banda funk Parliament) e Michael Camacho no qual o produtor Ted Currier depositou todas as esperanças para construirem uma carreira de sucesso como ídolos pop. Enganou-se. Os Sly Fox gravaram um álbum que deve ter chegado ao gira-discos de cerca de 200 pessoas e foi apenas e só graças a Let's Go All The Way que ficaram na história da música pop.

Actualmente, Gary "Mudbone" Cooper mantém actividade musical a solo e neste momento prepara-se para fazer a primeira parte de Pink num digressão britânica. Nada mau. Quanto a Michael Camacho, dedica-se à sua paixão, o jazz, editando e cantando regularmente em grandes salas americanas.

E agora, como tiveram pachorra para ler isto até ao fim, têm direito a prémio:

domingo, setembro 24, 2006

Playlist temática (8): música no coração



No Dia Mundial do Coração, resolvi recordar catorze canções que têm a palavra "heart" no título. Todas elas abordam, como é evidente, temas de índole sentimental, passando ao lado da questão fisiológica que deve ser alvo da nossa atenção, neste 24 de Setembro (e todos os outros dias do ano, tal como o Natal). Mas não deixa de ser uma verdade de La Palisse que, se não tivermos juízo e não tratarmos convenientemente este órgãozinho que temos aqui a bater, umas vezes mais rapidamente do que outras, de nada valerá o esforço de lhe colar os sentimentos mais nobres que conhecemos. A lista é imensa. Aqui estão apenas catorze:

1. Depeche Mode - It's Called A Heart
2. Eurythmics - You've Placed A Chill In My Heart
3. Roxette - Listen To Your Heart
4. Modern Talking - You're My Heart You're My Soul
5. Feargal Sharkey - A Good Heart
6. Aztec Camera - Somewhere In My Heart
7. Human League - Open Your Heart
8. Double - The Captain Of Her Heart
9. Adventures - Send My Heart
10. Wax - Bridge To Your Heart
11. UB40 - Don't break My Heart
12. Yes - Owner Of A Lonely Heart
13. Madonna - Open Your Heart
14. Pet Shop Boys - Heart

quinta-feira, setembro 21, 2006

Novo teledisco: CULTURE CLUB - The War Song



No Dia Internacional da Paz, o QA80 traz o teledisco de The War Song, dos Culture Club. Realizado por Russell Mulcahy, este vídeo foi nomeado para os Video Music Awards nas categorias de Melhores Efeitos Especiais e Melhor Direcção Artística. O melhor efeito especial, para mim, é o penteado e os brincos de Boy George.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Words Don't Come Easy (VII)



Ver-te-ei desfeita
Como um muro bem velho (ooh)
Ver-te-ei pelo chão (yeah)
Tomaste-me por um tolo (ooh)
Vingar-me-ei (ooh, ohh, yeah)
Porque não te devo nada
Mesmo nada

Não te devo nada, mesmo nada
Não te devo nada, nada
Mesmo nada
Mesmo nada

Ver-te-ei sofrer
Sem sentimentos
Sem quaisquer sentimentos (ooh)
E ver-te-ei desesperada (yeah)
Não ouvirás a minha chamada
Aquele que ri por último
Não te deve mesmo nadinha
Mesmo nada

Não te devo nada, mesmo nada
Não te devo nada, nada
Mesmo nada
Mesmo nada

Eu era teu e tu eras minha
Mas tu deste umas voltas e mentiste-me
Meteste-te em grande sarilhos

Não te devo nada
Não te devo nada
Não te devo nada
Não te devo nada

Furacão Gordon

segunda-feira, setembro 18, 2006

Toda a gente detesta o Chris



Everybody Hates Chris passa na 2, nunca no mesmo horário, mas sempre entre as 20.30 e as 21.00. Os actores são muito bons e os textos geniais. A acção passa-se em 1982, quando Chris Rock (que apenas intervém como narrador) era uma criança. Esta sitcom está cheia de referências musicais. É a minha mais recente adicção televisiva.

sexta-feira, setembro 15, 2006

Freur

And we go doot, doot doot
Oito factos que você deve conhecer sobre os Freur:

1. Surgiram em Cardiff, País de Gales, em 1981.

2. Exceptuando facto de ficarem muito bem num episódio de Espaço 1999, os Freur não tinham nada de especial. Ficam os nomes para a posteridade: CARL HYDE (voz e guitarra), RICK SMITH (teclas e programação), ALFIE THOMAS (guitarra), BRYN BURROWS (bateria), e JOHN WARWICKER (teclas).


3. Muito antes de Prince ter decidido brincar aos símbolos, já os Freur se davam a conhecer através da imagem que podem ver acima (uma espécie de espermatozóide em travagem brusca). Estávamos em 1983. Quando se lembraram de que talvez desse algum jeito serem conhecidos através de uma palavra, lembraram-se de Freur, que não fez muito pela popularidade do grupo, pois, para além de ser impronunciável, não quer dizer absolutamente nada, ou, se quiserem, pode servir para tudo. Uma marca de "chiclas", por exemplo.

4. O único êxito da curta carreira desta banda new wave chama-se Doot Doot. Trata-se de um tema estranho, pela sonoridade quase experimentalista que apresenta, mas talvez por isso é um tema fascinante, com um final bastante bonito. A voz de Karl Hyde faz lembrar a de Andy McCluskey dos OMD. O teledisco está na barra lateral.

5. A letra de Doot Doot é algo premonitória, pois parece antecipar o destino fatal do grupo. Mas não deixa de ser uma letra estranha. Podia dar um bom tema de conversa de café.

6. Doot Doot (1983) foi o primeiro e único LP que editaram no Reino Unido. A Alemanha e a Holanda tiveram mais sorte (ou mais azar?), ao verem o segundo álbum, Get Us Out Of Here, por lá editado. A seguir, acabaram.

7. A canção Doot Doot surge no filme Vanilla Sky, num momento, perto do final, em que Tom Cruise está no elevador.

8. Cessaram a actividade em 1985, mas regressaram três anos depois sob a designação de Underworld. Após um arranque em falso, dada a pouca receptividade do projecto, os Underworld ficaram reduzidos ao duo Karl Hyde e Rick Smith e, já na década de 90, assumiram grande protagonismo na música techno. É nesse contexto que surge Born Slippy, canção que nos remete para essa obra-prima do cinema, chamada Trainspotting.

Rádio QA 80

"Fundada" em 13 de Dezembro de 2003, a Rádio Queridos Anos 80, um serviço Cotonete, tem acompanhado algumas das minhas tardes de trabalho. Começou com 101 músicas, mas foi crescendo até um número que neste momento não domino. Hoje, por curiosidade, fui ver o top das rádios pessoais e... 2º lugar! Estou emocionado, ah pois estou. Isto tendo em conta de que estamos a falar de um universo de 14 mil rádios.

terça-feira, setembro 12, 2006

Novo teledisco: RAMONES - Rock N Roll High School



Dirigido por Mark Robinson (que já tinha realizado Do You Remember Rock n Roll Radio?), este teledisco remete-nos para o filme do mesmo nome, no qual os próprios Ramones ajudam a uma rebelião na escola contra o opressor (leia-se, o director e os professores), que não gosta de rock and roll.

domingo, setembro 03, 2006

Na cama com Kim

Quase a completar 46 anos, Kim Wilde está de regresso. E com uma não-novidade: You Came com roupagem moderna (eu diria "à Transvision Vamp"). Artigo a ler. Telediscos para ver:

oficial 2006


alternativo 2006


versão original 1988


PS - Kim, continuas linda.