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Em primeiro lugar, a questão racial. As teclas do piano, pretas e as brancas, convivem harmoniosamente, lado a lado, diz a letra. Uma metáfora evidente, que não deve ter dado muito trabalho a Paul McCartney, e que serve bem o propósito de promover a tolerância em relação a todas as raças e culturas do mundo. É claro que, se quisermos ser picuínhas, podemos observar que, num piano, as teclas brancas são maiores do que as pretas e que estão colocadas à sua frente. Ou até que o mundo não se reduz a pretos e brancos. A poesia entra também aqui, ainda que não se trate de um texto de grande complexidade literária. Relativamente ao Dia da Àrvore, é óbvia a referência ao ébano, de cuja madeira são feitas as teclas pretas de um piano. O ébano é uma árvore diospirácea e faseolácea, diz o dicionário, e quem sou eu para duvidar. Tem ainda qualidades de resistência, durabilidade e beleza, o que a torna ideal para a composição de alguns instrumentos. Finalmente, a associação desta música ao Dia Mundial do Sono depende do gosto de cada um, mas acredito que haja quem a considere um excelente soporífero.
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