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segunda-feira, novembro 29, 2004
domingo, novembro 28, 2004
De regresso às "covers"
Voltamos às covers, aquelas músicas que alguém se lembra de gravar em segunda mão. Uns porque dá um jeitaço a uma carreira que já viveu melhores momentos. Outros porque simplesmente lhes apetece e não têm que prestar contas a ninguém. Há de tudo e quem fica a lucrar somos nós, fiéis dependentes desse vício que é a música.
A primeira sondagem do QA80 sobre covers elegeu como melhor uma belíssima Gwen Stefani (No Doubt) a gritar It's My Life, Don't You Forget! Foi por pouco, pois logo atrás veio o terrível Sr. Manson a sussurrar daquela maneira que só ele sabe Sweet Dreams Are Made Of This... (quem sou eu para estar em desacordo)
Trago desta vez seis novas versões de temas dos anos 80 para que me digam de vossa justiça qual a melhor. E temos dois portugas na lista: os Silence 4 com o excelente A Little Respect (Erasure) e os Blunder com Blister In The Sun (Violent Femmes). Entre as outras quatro versões há um repetente: Marilyn Manson, desta vez com o fabuloso Tainted Love (Soft Cell). Parece que Manson tem especial queda para fazer versões fantásticas. Outro exemplo é o mais recente Personal Jesus (Depeche Mode), que só não tem lugar na sondagem porque pertence aos anos... 90.
A versão de Gary Jules para Mad World, o tema popularizado pelos Tears For Fears, é o exemplo de que uma cover não tem que ser uma colagem ao original. Gosto bastante do tom intimista desta versão. E da voz do Gary também.
O contrário do que disse anteriormente aplica-se aos Placebo, cujo Big Mouth Strikes Again, para mim, se aproximam demasiado do original dos The Smiths. Isto apesar das vozes do Brian Molko e do Morrissey não terem nada a ver uma com a outra.
Os Korn "pegaram" numa canção que parece ter nascido para ser reinventada. Word Up (Cameo) já foi gravada por Mel B (Spicegirls) e pelos Gun, qualquer uma delas muito boas. A versão dos Korn é para mim a melhor das três e por isso surge na sondagem, apesar de eu não gostar da banda.
E assim estão abertas as hostilidades. Digam de vossa justiça, comentem aqui em baixo e votem ali ao lado.
quinta-feira, novembro 25, 2004
Do They Know It's Christmas - 20 anos
Foi há 20 anos. A nata da pop britânica, sob a designação de Band Aid, juntou-se nos estúdios S.A.R.M., em Londres, para gravar o já lendário Do They Know It's Christmas?/Feed The World. Composto por Bob Geldof e Midge Ure e produzido por Trevor Horn, este tema contou com as seguintes participações:
Adam Clayton (U2)
Phil Collins
Bob Geldof
Steve Norman (Spandau Ballet)
Chris Cross (Ultravox)
John Taylor (Duran Duran)
Paul Young
Tony Hadley (Spandau Ballet)
Glenn Gregory (Heaven 17)
Simon Le Bon (Duran Duran)
Simon Crowe
Marilyn
Keren Woodward (Bananarama)
Martin Kemp (Spandau Ballet)
Jody Watley
Bono (U2)
Paul Weller
James Taylor
George Michael
Midge Ure (Ultravox)
Martin Ware (Heaven 17)
John Keeble (Spandau Ballet)
Gary Kemp (Spandau Ballet)
Roger Taylor (Duran Duran)
Sarah Dullin (Bananarama)
Siobhan Fahey (Bananarama)
Peter Briquette
Francis Rossi (Status Quo)
Robert 'Kool' Bell
Dennis Thomas
Andy Taylor (Duran Duran)
Jon Moss (Culture Club)
Sting
Rick Parfitt (Status Quo)
Nick Rhodes (Duran Duran)
Johnny Fingers
David Bowie
Boy George
Holly Johnson (Frankie Goes to Hollywood)
Paul McCartney
O single vendeu mais de três milhões de cópias no Reino Unido e os lucros ascenderam a mais de oito milhões de libras. As vendas reverteriam a favor das vítimas da fome da Etiópia
A letra e os cantores:
(Paul Young)
It's Christmas time
There's no need to be afraid
At Christmas time
We let in light and we banish shade
(Boy George)
And in our world of plenty
We can spread a smile of joy
Throw your arms around the world
At Christmas time
(George Michael)
But say a prayer
Pray for the other ones
At Christmas time it's hard
(Simon LeBon)
But when you're having fun
There's a world outside your window
(Sting) And it's a world of dread and fear
Where the only water flowing is
(Bono junta-se)
The bitter sting of tears
And the Christmas bells that are ringing
Are clanging chimes of doom
(Bono apenas) Well, tonight thank God it's them instead of you.
(Todos)
And there won't be snow in Africa this Christmas time.
The greatest gift they'll get this year is life
Where nothing ever grows
No rain or rivers flow
Do they know it's Christmas time at all?
Feed the world
Let them know it's Christmas time
Feed the world
Do they know it's Christmas time at all?
(Paul Young)
Here's to you
raise a glass for everyone
Here's to them
underneath that burning sun
Do they know it's Christmas time at all?
(Todos)
Feed the world
Feed the world
Feed the world
Let them know it's Christmas time again
Feed the world
Let them know it's Christmas time again
Feed the world
Let them know it's Christmas time again
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John Balance (1962-2004)
Recebi um mail do André Faria informando-me da morte de John Balance, mentor dos Coil, projecto iniciado em 1983. Não estou nada à vontade para falar deste grupo, pois passou-me completamente ao lado. Aceitam-se comentários sobre eles e o QA80 agradece. Fica a referência à morte de Balance, que foi também membro de projectos como Psychic TV, 23 Skidoo, Nurse With Wound, Death in June e Current 93.
Balance morreu a 13 de Novembro, sábado, devido a uma queda.
quarta-feira, novembro 24, 2004
Por quem não esqueci
Porque eles vieram dos anos 80. Porque eles são o que de melhor a nossa música tem. Porque eles são excelentes ao vivo. Porque nunca é demais ajudar.
segunda-feira, novembro 22, 2004
Michael Hutchence
Foto de 1984
Faz hoje 7 anos que o vocalista dos INXS foi encontrado morto num hotel de Sydney, na Austrália. Os INXS tinham acabado com grande sucesso a digressão Elegantly Wasted por terras do tio Sam e preparavam-se para a digressão autraliana Loose Your Head. Michael Hutchence foi encontrado sem vida, enforcado pelo seu cinto de cabedal.
domingo, novembro 21, 2004
Under A Blood Red Sky: o melhor
Under A Blood Red Sky é, para os participantes da sondagem que agora chega ao fim, o melhor álbum dos U2 dos anos 80. Em segundo lugar, a apenas 3 votos de distância, ficou The Joshua Tree. A classificação final após 100 votos:
1. Under A Blood Red Sky - 31
2. The Joshua Tree - 28
3. The Unforgettable Fire - 17
4. Boy - 8
5. October - 7
6. War - 5
7. Rattle & Hum - 3
8. Wide Awake In America - 1
Gloria
11 O'Clock Tick Tock
I Will Follow
Party Girl
Sunday Bloody Sunday
Electric Co.
New Year's Day
40
1. Under A Blood Red Sky - 31
2. The Joshua Tree - 28
3. The Unforgettable Fire - 17
4. Boy - 8
5. October - 7
6. War - 5
7. Rattle & Hum - 3
8. Wide Awake In America - 1
Gloria
11 O'Clock Tick Tock
I Will Follow
Party Girl
Sunday Bloody Sunday
Electric Co.
New Year's Day
40
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sábado, novembro 20, 2004
Toy Soldiers
Quem diria. O Eminem resgatou a Martika do baú de recordações dos 80's e incluiu o refrão de Toy Soldiers numa faixa do seu novo álbum, Encore. A música chama-se precisamente... Like Toy Soldiers e é uma das mais fortes do novo do sr. Marshall Mathers.
quinta-feira, novembro 18, 2004
QA80 em sites de famosos
Ah, pois é. Somos portuguesinhos, mas já reparam no QA80 (nem que seja à custa de grandes subornos)!
http://www.g-medeiros.com/
http://www.kimwilde.com/
quarta-feira, novembro 17, 2004
You came and changed the way I feel
Amanhã, a magnífica mãe de família que podem ver na imagem completa a bonita idade de 44 anos. Ainda devo ter aquele poster que ocupava lugar de destaque na parede do meu quarto...
segunda-feira, novembro 15, 2004
FANCY
Hold me in your arms again, let me touch your velvet skin
Saber o nome verdadeiro de Fancy é mais difícil que detectar o paradeiro de Bin Laden. Não existe muita informação sobre o senhor e os sites que encontrei referem nomes diferentes. Ric Tess, Tess Teiges, Manfred Alois Segiet ou Manfred Van Aulhausen. Vocês escolhem, mas não percam muito tempo com isso. Todos eles, porém, são unânimes em considerar Fancy como um dos maiores artistas à face da terra e arredores.
Fancy nasceu a 7 de Junho de 1947 em Hamburgo e frequentou um colégio de monges capuchinhos. Depois de chegar à conclusão que a vida monástica não era bem aquilo que procurava, formou uma banda chamada Mountain Shadows, que tocavam basicamente versões de Cliff Richard. Depois meteu na cabeça que alguém haveria de reparar nele e teve razão. Esse alguém chamava-se Todd Canedy e abriu-lhe as portas da música.
Fancy faz parte do chamado German-Disco, que por sua vez se enquadra no Euro-Dance, cuja principal vertente dá pelo nome de Italo-Disco que fez furor nalgumas pistas de dança da década. Confuso? O melhor é então passar à frente. A nacionalidade podia ser diferente, mas a sonoridade ia dar ao mesmo. Só para dar dois exemplos, da Alemanha tínhamos, para além de Fancy, os Modern Talking, esses monstros da piroseira internacional (quem nunca ouviu You’re My Heart, You’re My Soul a bateu o pezinho ao ritmo da música que atire a primeira pedra). De Itália chegavam os Scotch com o seu Disco Band (começava com um gajo a tossir). Mas havia mais, muito mais.
Fancy foi um verdadeiro sucesso do seu tempo na Alemanha, em França e em Espanha. Foi até considerado o rei do Euro-dance. No país de nuestros hermanos a loucura atingiu proporções tais que Bolero (Hold Me In Your Arms Again) permaneceu seis meses em primeiro lugar do top de singles. Não tenho ideia no nosso país se passou o mesmo, mas sei que o teledisco passava muito.
Antes de Bolero, porém, houve Slice Me Nice e Chinese Eyes, na mesma onda: ritmo disco, melodias bem marcadas por um sintetizador irritante e ambiente “carrinhos-de-choque”. As letras são do mais básico que há e a voz do senhor entranha-se e pode causar sérios danos auditivos. É a melhor definição que consigo encontrar. O mais irritante de tudo isto é que, ao ouvir-se Fancy, não se consegue deixar de bater o pezinho. Pelo menos eu não consigo. Flames Of Love foi ainda outro grande êxito nalguns cantinhos da Europa.
Fancy também compôs e produziu vários artistas na mesma onda, mas completamente desconhecidos, pelo que vou poupar-vos o trabalho de lerem os seus nomes.
Ao contrário do que se possa pensar, Fancy tem uma carreira discográfica bastante produtiva. Aqui está a discografia para os fãs hardcore.
Saber o nome verdadeiro de Fancy é mais difícil que detectar o paradeiro de Bin Laden. Não existe muita informação sobre o senhor e os sites que encontrei referem nomes diferentes. Ric Tess, Tess Teiges, Manfred Alois Segiet ou Manfred Van Aulhausen. Vocês escolhem, mas não percam muito tempo com isso. Todos eles, porém, são unânimes em considerar Fancy como um dos maiores artistas à face da terra e arredores.
Fancy nasceu a 7 de Junho de 1947 em Hamburgo e frequentou um colégio de monges capuchinhos. Depois de chegar à conclusão que a vida monástica não era bem aquilo que procurava, formou uma banda chamada Mountain Shadows, que tocavam basicamente versões de Cliff Richard. Depois meteu na cabeça que alguém haveria de reparar nele e teve razão. Esse alguém chamava-se Todd Canedy e abriu-lhe as portas da música.
Fancy faz parte do chamado German-Disco, que por sua vez se enquadra no Euro-Dance, cuja principal vertente dá pelo nome de Italo-Disco que fez furor nalgumas pistas de dança da década. Confuso? O melhor é então passar à frente. A nacionalidade podia ser diferente, mas a sonoridade ia dar ao mesmo. Só para dar dois exemplos, da Alemanha tínhamos, para além de Fancy, os Modern Talking, esses monstros da piroseira internacional (quem nunca ouviu You’re My Heart, You’re My Soul a bateu o pezinho ao ritmo da música que atire a primeira pedra). De Itália chegavam os Scotch com o seu Disco Band (começava com um gajo a tossir). Mas havia mais, muito mais.
Fancy foi um verdadeiro sucesso do seu tempo na Alemanha, em França e em Espanha. Foi até considerado o rei do Euro-dance. No país de nuestros hermanos a loucura atingiu proporções tais que Bolero (Hold Me In Your Arms Again) permaneceu seis meses em primeiro lugar do top de singles. Não tenho ideia no nosso país se passou o mesmo, mas sei que o teledisco passava muito.
Antes de Bolero, porém, houve Slice Me Nice e Chinese Eyes, na mesma onda: ritmo disco, melodias bem marcadas por um sintetizador irritante e ambiente “carrinhos-de-choque”. As letras são do mais básico que há e a voz do senhor entranha-se e pode causar sérios danos auditivos. É a melhor definição que consigo encontrar. O mais irritante de tudo isto é que, ao ouvir-se Fancy, não se consegue deixar de bater o pezinho. Pelo menos eu não consigo. Flames Of Love foi ainda outro grande êxito nalguns cantinhos da Europa.
Fancy também compôs e produziu vários artistas na mesma onda, mas completamente desconhecidos, pelo que vou poupar-vos o trabalho de lerem os seus nomes.
Ao contrário do que se possa pensar, Fancy tem uma carreira discográfica bastante produtiva. Aqui está a discografia para os fãs hardcore.
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Aconteceu neste dia
1986 - Pela primeira vez na história da pop, os cinco primeiros lugares do top de singles do Reino Unido são ocupados por cinco vozes femininas. A saber: Berlin (Teri Nunn), Kim Wilde, The Bangles (Susanna Hoffs), Mel & Kim e Swing Out Sister (Corinne Drewery). Mulheres ao poder!
1990 - O produtor alemão Frank Farian confirma em conferência de imprensa aquilo que até hoje não tem passado de boato: os Milli Vanilli não cantaram nos seus discos. Isso não se faz, ó Frank!
sexta-feira, novembro 12, 2004
Olhem só quem veio para dançar (2ª tentativa)
Desiludido, volto à carga. Agora com imagens de um dos telediscos do senhor que muito passou no Top Disco, por sinal um dos telediscos mais tenebrosos que alguma vez vi. Lembrem-se das matinés de sábado à tarde na discoteca lá da zona! Lembrem-se dos carrinhos-de-choque de romaria da vossa freguesia! Quem é este cromo? Qual é a música? Vamos lá, agora não há como falhar!
quinta-feira, novembro 11, 2004
Olhem só quem veio para dançar
A minha eterna admiração para aquele/a que me disser o nome deste senhor!
O maravilhoso mundo dos pins
Quem nunca usou um pin da sua banda preferida? Encontrei este fotolog sobre os anos 80 e dei de caras com uma foto de pins do autor. Lembrei-me então que o único pin que usei quando era jovem e inconsciente foi aquele X mítico dos Xutos & Pontapés. Mais nada. Nunca fui muito de pins. A minha "nóia" era mais escrever os nomes das bandas na mochila verde-tropa ou então fazer grandes trabalhos de corta-e-cola nas capas das aulas. Qualquer dia publico essas "obras-primas". ;-)
quarta-feira, novembro 10, 2004
Pet Shop Boys em Alcochete - Alguém foi? (actualizado em 12/11/04)
O Beep Crónicas foi e autorizou-me a publicar o seu excelente texto. Obrigado!
"Algo de estranho está no ar. Falou-se muito de história quando MADONNA passou por Portugal, há não muito tempo. Era praticamente impossível encontrar algum órgão de comunicação que não o destacasse. É certo que os PET SHOP BOYS nunca terão o impacto cultural de Lady Ciccone. No entanto, como explicar que, com 20 anos de carreira, e um conjunto invejável de grandiosas canções, a sua primeira vinda a Portugal tenha passado tão despercebida? Vicissitudes de não ser um concerto com o aparato de um Coliseu ou Atlântico, e sim uma borla oferecida por um outlet da margem sul do Tejo? É uma possibilidade real.
A Praça das Estrelas é uma espécie de mini-Praça Sony, degraus incluídos, com a diferença de também permitir alguns lugares sentados ou em pé num passadilho mais acima. O Síndroma Borla não se fez rogado, e manifestou-se na forma de um duelo estridente entre dois grupos de pitinhas, para quem emitir o grito mais agudo era mais importante do que qualquer coisa que se passasse em palco.
Já com o anfiteatro bem composto, e após um DJ de identidade desconhecida ter passado uns quantos números de house manhoso, o duo Chris Lowe e Neil Tennant surgiu, enfim, em palco. O efeito tornou-se, surpreendentemente, algo desagradável, quando “Rent” foi atropelada por ruídos e batidas contranatura, mesmo que a voz de Tennant mantenha todo o romantismo que a tornou inconfundível. Tentar ignorar o que não interessava e ir acompanhando a melodia foi a solução. “Flamboyant”, último single, entrou com vontade de corrigir o alinhamento planetário. Tennant dava provas de uma presença em palco e carisma exemplares. De túnica envergada, meio-sacerdote, meio-mágico, circulava pelo palco, e gesticulava enfatizando os seus invulgares talentos melódicos, e habilidade em extrair a beleza de lugares inóspitos. A história voltou à acção, em “West End Girls”, mesmo desprovida de vozes femininas e trompetes. Nesta altura, a Tennant e Lowe juntaram-se dois guitarristas e uma baterista, que ajudaram a encorpar a recta final da canção. Altura para fazer menção ao facto de ser a primeira visita a Portugal, e usar o pretexto para uma eufórica “Se A Vida É”, seguida de uma magistral e visceral “Domino Dancing”, com direito a extensos coros da assistência. “We’re just two boys from suburbia”, disse Tennant. E todos adivinharam o que se seguiria. Sebes, longas estradas, autocarros nocturnos, predadores de jardim, o grito “Let’s take a ride and run with the dogs tonight in suburbia”, sempre tão pungente. Se as coisas cada vez mais iam ganhando ritmo, aumentando a excitação vivida, o momento seguinte foi de apreensão, quando Tennant desaparece de palco, e Lowe começa a tocar o instrumental da magnífica “Being Boring”. Quando o vocalista surge, com nova indumentária, já se temia que ficássemos privados das lindas e felizes reminiscências da canção. Não fomos poupados, e ainda bem. A festa prosseguiu, com performances eufóricas para “New York City Boy” (Tennant a substituir-se ao coro do original), e uma tocante “Always On My Mind”. Entrados em velocidade de cruzeiro, foi hora da banda ir buscar surpresas como “Sexy Northerner” ou “Love Is A Catastrophe”, esta última cantada com Tennant sentado a maior parte do tempo, e a funcionar como mancha alastrante. Ambas foram intercaladas por novo momento de euforia em palco, ao som de “Where The Streets Have No Name”, o original dos U2, com direito a pedaços de “Can’t Take My Eyes Off You”. Por esta altura, estava implantado o reino dos Pet Shop Boys, e assim sendo, não havia que temer “Go West”. Esta noite, foi um verdadeiro hino de comunhão, cantado a muitas vozes.
De guitarra acústica, Tennant voltou para o encore, iniciado com uma “Home And Dry” de uma beleza trespassante, e a fazer jus ao título de melhor canção dos Pet Shop Boys-século XXI. Sempre com confiança redobrada, sempre consciente de que é um alquimista exímio, o, agora quase calvo, e grisalho, vocalista, seguiu para “Left To My Own Devices”, cujo refrão lançava berlindes a distâncias consideráveis. Exprimido o agradecimento à assistência (que nesta altura já me tinha quase furado os tímpanos), e o desejo de voltar em breve, só houve tempo para colocar os níveis no vermelho, e atacar “It’s A Sin”. Para ser mais perfeito, este só necessitava de ver relâmpagos caírem em redor de Tennant e Lowe. Não aconteceu, mas não era difícil imaginá-los. Se o momento histórico da vinda dos sacerdotes talvez pudesse ter sido assinalado por outra euforia, na altura em que importava não houve poupanças. A vida? Se é assim, é para nos fazer felizes. 8.5/10
Beep Beep"
terça-feira, novembro 09, 2004
Under a Blood Red Sky ou The Joshua Tree?
A sondagem que iniciei há alguns dias está mais renhida que as últimas eleições nos EUA. A tendência parece ir no sentido de destacar dois álbuns: The Joshua Tree e Under A Blood Red Sky. Os dois seguem lado-a-lado para a conquista do título de melhor álbum dos U2 dos anos 80. Eu votei em The Joshua Tree, mas num outro dia, com outra disposição, talvez votasse no registo ao vivo. São os dois fabulosos. The Joshua Tree é o álbum da "americanização" dos U2, no que tudo isso implica ao nível do som da banda e do aspecto visual (Bono abandona o look eighties, por exemplo). Under a Blood Red Sky é talvez o paradigma do álbum ao vivo perfeito. Todas as canções fazem sentido ali, no conjunto, naquele ambiente.
Wide Awake In America é um caso especial. Não é propriamente um álbum no sentido tradicional da palavra uma vez que contém apenas duas faixas de cada lado do vinil. Mas também não é single, nem maxi-single. Acima de tudo é um grande disco e ponto final. Nele estão incluídas as míticas versões ao vivo de Bad e A Sort Of Homecoming.
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terça-feira, novembro 02, 2004
UM ANO
Há precisamente um ano iniciei esta aventura pelos Queridos Anos 80 na sua vertente musical. Entrei na carruagem blogueira e com determinação e algum sacrifício partilhei convosco as minhas memórias musicais da década dourada da música. Asseguro-vos que valeu a pena.
A resposta dos visitantes deste blogue foi fantástica quer ao nível dos comentários aos artigos, quer ao nível dos e-mails que fui recebendo. Alguns congratulando-me pela iniciativa, outros fazendo críticas construtivas que muito apreciei e procurei seguir, outros ainda colocando dúvidas pertinentes relacionadas com a temática, que publiquei de modo a alargar a possível ajuda a todos os visitantes. Por momentos conseguimos fazer deste blogue uma espécie de fórum, o que muito me agradou.
A interactividade de que falei no parágrafo anterior foi para mim (para além da óbvia satisfação pessoal de "reviver" os anos 80) a mais-valia que possibilitou a sobrevivência do Queridos Anos 80. Foi através desta interactividade que aprendi mais sobre a música, conheci novos sons, recordei canções que já estavam arrumadas num canto mais escuro da minha memória, corrigi noções que tinha como verdades absolutas. Tudo graças aos visitantes do QA80. Por isso quero agradecer-vos e desafiar-vos a continuarem a aparecer por aqui. Ainda há muito para dizer sobre a música dos anos 80. Como diria o Limahl, esta é uma verdadeira Never Ending Story...
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