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quarta-feira, maio 25, 2005
Ontem, Duran Duran, no Coliseu (ou as "careless memories" de quem ainda não acredita)
Esta é a melhor foto do concerto de ontem à noite dos Duran Duran no Coliseu dos Recreios pela simples razão que fui eu que a tirei com o meu telemóvel. É minha e de mais ninguém. Por isso é a melhor. Para além disso vê-se perfeitamente ao centro o Simon Le Bon a cantar, ao seu lado esquerdo, com o braço no ar, o John Taylor, algures do seu lado direito, o Andy Taylor de óculos escuros, lá atrás, do lado esquerdo, o Roger Taylor na bateria, e do lado direito o Nick Rhodes de branco. Ah, e como podem ver, os focos por cima do palco funcionaram muito bem. Melhor visão não há.
Os Duran Duran estão em excelente forma. E nem mesmo o pormenor do Simon, no início, ter virado as costas ao público para apertar a braguilha, ou a sua azelhice na matemática, ou a sua falta de queda para a dança pode ensombrar a prestação. A sua voz está 5 estrelas. Nem mesmo a camisa toda suada do John Taylor no final, em contraste com o estilo evidenciado no início (bonito casaco!). Nem mesmo a pose de rockeiro pós-junkie de Andy Taylor. Nem mesmo a ausência de Electric Barbarella e Is There Something I Should Know da lista. Os Duran Duran deram show e deixaram em todos nós a sensação de que o tempo (quase) não passou. "We are a family, I've got all my brothers with me", cantou Simon, e com razão.
segunda-feira, maio 23, 2005
É amanhã!
16:30 - Sair do trabalho, ir a casa trocar de roupa e pôr um penteado à Nick Rhodes (uma destas é mentira, adivinhem lá). Não esquecer os CDs para a viagem. Colectâneas eighties, de preferência + o Greatest Hits dos DD, obrigatório. Ah, e as sandes, as bolachas, os sumos e os achocolatados.
17:30 - Ir buscar a miúda ao trabalho e rumar a Lisboa. Trocar de carro, o gasóleo é mais em conta. Sair pela Ponte da Arrábida. Cuidado com os radares. Juízo.
20:30 - Chegar a Lisboa, procurar o Coliseu e lugar para estacionar, necessariamente por esta ordem.
21:00 - Início do concerto. Tentar chegar lá à frente. Se não der, paciência, 1.84m dá perfeitamente para ver os atacadores do John Taylor. O pior é a miúda. Cavalitas? Humm, a ciática dá cabo dum gajo e o pessoal começa a mandar bocas.
23:00 - Comprar água urgentemente e pensar em regressar a casa. Amanhã é dia de trabalho. Pôr o Greatest Hits dos DD. Prolongar o sabor do concerto.
quarta-feira, maio 18, 2005
Ícones do Festival (2) - JOHNNY LOGAN
Continuando a saga pelos ícones do Festival da Canção, impunha-se falar do rapaz com nome de uísque. Não sei se por detrás deste nome artístico estará um mais ou menos mal disfarçado contrato publicitário ou se a imaginação do rapaz não deu para mais. Uma coisa é certa: Seán Patrick Michael Sherrard escolheu Johnny Logan para singrar na música (e sangrar os nossos ouvidos) e não há volta a dar.
Talvez estejamos perante o artista mais premiado dos festivais da eurovisão. Festivaladas é com ele: ganhou em 1980, interpretando a canção What's Another Year. Voltou a ganhar em 1987, cantando o famoso e xaroposo Hold Me Now. Como não há duas sem três, ganhou mais uma vez, desta vez como compositor, em 1992, com a canção Why Me, interpretada por uma tal Linda Martin. Teve ainda um segundo lugar, em 1984, como compositor para a mesma cantora.
Nos anos em que venceu como intérprete, as representações portuguesas estiveram a cargo de José Cid (7º lugar, com Um Grande, Grande Amor, em 1980) e os Nevada (18º lugar, com Neste Barco À Vela, em 1987)
Todo este sucesso foi obtido em nome da Irlanda, país para onde foi viver aos 3 anos de idade, uma vez que nasceu na Austrália, fez na passada semana (13 de Maio), 51 anos. O seu pai era um famoso tenor irlandês que chegou a cantar na Casa Branca, perante vários presidentes americanos. O pequeno Johhny começou a compor aos 13 anos, enquanto acompanhava o pai nas suas digressões.
Actualmente, Johnny Logan tem-se dedicado a participações televisivas em várias tvs europeias. Em 2004 e 2005 participou no festival da canção da Holanda como compositor. O bichinho dos festivais, pelos vistos, continua lá. Por mim tudo bem, desde que o bicharoco não venha cá para fora.
segunda-feira, maio 16, 2005
Ícones do Festival (1) - SANDRA KIM
A 3 de Maio de 1986, na Noruega, uma chavala de 13 anos e seis meses fazia história na eurovisão e ganhava o primeiro prémio do festival. A música chamava-se J'Aime La Vie e a miúda tinha o nome artístico de Sandra Kim. Em Portugal, tinhamos a Maria Armanda, que não passou da fase "Eu Vi Um Sapo".
De ascendência italiana, Sandra Calderone nasceu a 15 de Outubro de 1972 em Montegnée by Luik, na Bélgica. Como é costume, nestes casos, a sua carreira musical foi bastante precoce, pois começou a cantar "a sério" desde os 7 anos, incentivada pelos pais, que eram músicos. Ainda criança, fez parte dum grupo infantil tipo-OndaChoc-Ministars, mas com um nome menos ridículo: Musiclub.
No Festival Eurovisão de 1986, a sua canção J'Aime La Vie obteve pontos de todos os países, e continha na sua letra uma mentira que a muitos passou despercebida: apesar de dizer "Moi j'ai 15 ans", Sandra tinha na realidade apenas 13. Ai a marota. Toda a gente parece ter gostado daquela vozinha infantil de registo muito agudo que quase furava os tímpanos naquela parte do "Uooooooouuuoooooooohhh". Vocês sabem da parte de que estou a falar. Já agora, cumpre-me informar que, na edição ganha pela Sandra Kim, Portugal foi magnificamente representado pela Dora e as suas botas inesquecíceis, com o seu Não Sejas Mau Para Mim.
Nos anos 90 Sandra Kim continuou a sua carreira musical, sem grande sucesso e, talvez por isso, iniciou a de apresentadora de televisão. Em 1994 casou-se com Olivier Gérard, o técnico de som dos seus concertos. O casamento durou pouco mais de um ano. Na Bélgica comparam-na a Barbra Steisand e a Celine Dion, o que não abona nada a seu favor. Chegou mesmo a gravar uma versão de My Heart Will Go On, aquela xaropada do Titanic. Em 2001, gravou J'Ai Pas Fini De T'Aimer, uma versão em francês de outra xaropada: I Just Can't Stop Loving You, do senhor Wacko Jacko. De xaropada em xaropada, com Sandra Kim, até ao abismo final!
Aos 33 anos, vai no segundo casamento e, ao que parece, ainda ama a vida.
Clique aqui para ouvir 30 segundos de J'Aime La Vie.
sexta-feira, maio 13, 2005
Bem-vindo ao CIDD
Você veio aqui parar porque lhe disseram que o melhor blogue sobre a música dos anos 80 num raio de 30 km a partir do Porto se chama Queridos Anos 80. Para além disso, e apesar de você não ligar muito à música em geral (mas sabe que os U2 e o Tony Carreira existem), disseram-lhe que aqui se fala de muitos artistas que fizeram muito, algum ou nenhum furor na década em que você via o Conan, o Rapaz do Futuro, a A-Team e esperava ansiosamente o dia do Festival da Eurovisão da Canção como quem realiza um dos principais objectivos da existência.
Um amigo disse-lhe que os Duran Duran vêm cá a Portugal, o que lhe provocou um "ah!" de surpresa, seguido da pergunta: "Mas esses tipos ainda existem?". Existem, sim senhor, e mais: ainda tocam instrumentos e têm um álbum chamado Astronaut, que foi lançado recentemente. Você responde "Ah, mas do que eu gostava era das antigas - o "Say A Prey" ou o "Planet Hart"... ou aquela muito gira do teledisco dos bichos e cenas assim... o "While Boys"" A pessoa com quem está a falar finge não reparar nos títulos errados das músicas e faz a promessa mental de lhe oferecer o Greatest Hits dos DD nos seus anos. Mas você volta à carga: "E o vocalista... o Simon... Paul Simon... Né? Ganda voz, pá... E o tipo do piano, aquele que se pintava todo, acho que era um pouco gay, não era?". O seu amigo já fez o cancelamento mental da oferta de anos e prepara-se para dizer que está atrasado para o body-pump. Mas você, embalado pela oportunidade de mostrar toda a sua sabedoria musical, insiste: "Se eles tocassem o True, pá, aquela balada gira... se eles tocassem o True, até ia vê-los, acredita!". O seu amigo, vermelho de fúria, corrige-o: "O True é dos Spandau Ballet, pá!". "Ei, pois é, que confusão aqui vai na minha cabeça! Eles até são de décadas diferentes, né?"
Pois é, você precisa de um CIDD (Curso Intensivo de Duran Duran), e só aqui, no Queridos Anos 80, lhe é dada essa oportunidade. Intale-se confortavelmente na sua cadeira, ponha o Greatest Hits dos Duran Duran a tocar e clique nos links que estão abaixo.
Duran Duran - parte 1
Duran Duran - parte 2
Duran Duran - parte 3
Um amigo disse-lhe que os Duran Duran vêm cá a Portugal, o que lhe provocou um "ah!" de surpresa, seguido da pergunta: "Mas esses tipos ainda existem?". Existem, sim senhor, e mais: ainda tocam instrumentos e têm um álbum chamado Astronaut, que foi lançado recentemente. Você responde "Ah, mas do que eu gostava era das antigas - o "Say A Prey" ou o "Planet Hart"... ou aquela muito gira do teledisco dos bichos e cenas assim... o "While Boys"" A pessoa com quem está a falar finge não reparar nos títulos errados das músicas e faz a promessa mental de lhe oferecer o Greatest Hits dos DD nos seus anos. Mas você volta à carga: "E o vocalista... o Simon... Paul Simon... Né? Ganda voz, pá... E o tipo do piano, aquele que se pintava todo, acho que era um pouco gay, não era?". O seu amigo já fez o cancelamento mental da oferta de anos e prepara-se para dizer que está atrasado para o body-pump. Mas você, embalado pela oportunidade de mostrar toda a sua sabedoria musical, insiste: "Se eles tocassem o True, pá, aquela balada gira... se eles tocassem o True, até ia vê-los, acredita!". O seu amigo, vermelho de fúria, corrige-o: "O True é dos Spandau Ballet, pá!". "Ei, pois é, que confusão aqui vai na minha cabeça! Eles até são de décadas diferentes, né?"
Pois é, você precisa de um CIDD (Curso Intensivo de Duran Duran), e só aqui, no Queridos Anos 80, lhe é dada essa oportunidade. Intale-se confortavelmente na sua cadeira, ponha o Greatest Hits dos Duran Duran a tocar e clique nos links que estão abaixo.
Duran Duran - parte 1
Duran Duran - parte 2
Duran Duran - parte 3
quinta-feira, maio 05, 2005
Dia Mundial do Trânsito
Lembrei-me de comemorar este dia com a versão de Route 66 dos Depeche Mode. Surgiu em 1987, como B-side do single Behind The Wheel. Curtam o som (quem puder).
Well if you ever plan to motor west
Travel my way, take the highway that’s the best
Get your kicks on route 66
Well it winds from chicago to la
More than two thousand miles all the way
Get your kicks on route 66
Well it goes to st. louis, down to missouri
Oklahoma city looks oh, so pretty
You’ll see amarillo, gallup, new mexico
Flagstaff, arizona, don’t forget wynonna
Kingman, barstow, san bernardino
If you get hip to this kind of trip
I think I’ll take that california trip
Get your kicks on route 66
quarta-feira, maio 04, 2005
The Outfield
I ain't got many friends left to talk to Nowhere to run when I'm in trouble
Ora aqui está uma banda totalmente irrelevante para a maioria de nós. Isto até ao momento em que ouvimos Your Love e caímos na real: cum caneco, como o tempo passa! A partir deste momento os Outfield podem continuar a ocupar o cantinho da nossa indiferença, mas a consciência de que estamos a envelhecer acabou de nos estragar o dia. O remédio não existe, mas sempre podem continuar a ler este texto.
Os Outfield surgiram em Londres e no início chamavam-se The Baseball Boys. O próprio termo outfield está relacionado com o baseball, parecendo haver aqui uma fixaçãozita pelo dito desporto.
Os Outfield eram Tony Lewis (voz e baixo), John Spinks (teclas e guitarra) e Alan Jackman (bateria). Em 1985 lançaram o primeiro álbum, Play Deep, do qual faz parte o seu maior êxito de sempre, Your Love. Deste álbum lembro-me ainda de All The Love.
O teledisco de Your Love
Dos álbuns seguintes não reza a história aqui para os meus lados, mas fica a referência: Bangin' (1987), Voices Of Babylon (1988), Diamond Days (1990, que já inclui o novo baterista, Simon Dawson), Rockeye (1992), It Ain't Over (1998, edição apenas para o clube de fãs), Extra Innings (1999) e Any Time Now (2004).
Como podemos verificar através do site oficial os Outfield ainda andam por aí e colocaram o seu último disco à venda na Internet.
Ora aqui está uma banda totalmente irrelevante para a maioria de nós. Isto até ao momento em que ouvimos Your Love e caímos na real: cum caneco, como o tempo passa! A partir deste momento os Outfield podem continuar a ocupar o cantinho da nossa indiferença, mas a consciência de que estamos a envelhecer acabou de nos estragar o dia. O remédio não existe, mas sempre podem continuar a ler este texto.
Os Outfield surgiram em Londres e no início chamavam-se The Baseball Boys. O próprio termo outfield está relacionado com o baseball, parecendo haver aqui uma fixaçãozita pelo dito desporto.
Os Outfield eram Tony Lewis (voz e baixo), John Spinks (teclas e guitarra) e Alan Jackman (bateria). Em 1985 lançaram o primeiro álbum, Play Deep, do qual faz parte o seu maior êxito de sempre, Your Love. Deste álbum lembro-me ainda de All The Love.
O teledisco de Your Love
Dos álbuns seguintes não reza a história aqui para os meus lados, mas fica a referência: Bangin' (1987), Voices Of Babylon (1988), Diamond Days (1990, que já inclui o novo baterista, Simon Dawson), Rockeye (1992), It Ain't Over (1998, edição apenas para o clube de fãs), Extra Innings (1999) e Any Time Now (2004).
Como podemos verificar através do site oficial os Outfield ainda andam por aí e colocaram o seu último disco à venda na Internet.
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