Ontem foi dia de Operação Triunfo 2 e o Queridos Anos 80 destacou uma vasta equipa para acompanhar em directo o programa, desta vez dedicado ao Natal. Como temos visão de longo alcance, cheirou-nos que os concorrentes iam "passar" pelas músicas que o Queridos Anos 80 colocou à vossa apreciação na mega-sondagem que ainda está a decorrer. Não podem ver nada estes tipos da OT2.
O Queridos Anos 80 assume-se como fã da Operação Triunfo. É música ao vivo, é, na maior parte das vezes, bem cantada e, de vez em quando, lá surge algum som retirado do baú dos anos 80. Mas peca por escassa esta visita aos eighties, diga-se de passagem.
Ontem, pudemos ver três interpretações das canções Christmas Time (Bryan Adams), Thank God It's Christmas (Queen) e Last Christmas (Wham!). Quando entraram os restantes ex-concorrentes das OT's 1 e 2 ainda pensei numa interpretação apoteótica do Do They Know It's Christmas, mas tal era pedir muito àqueles que, por alguma razão, tinham sido já eliminados. Ainda assim, achei que se safaram razoavelmente com o Natal Dos Simples, de Zeca Afonso.
Mas vamos ao que interessa. O Gonçalo e o David Ripado estiveram em grande com Thank God It's Christmas. David é um grande cantor e a sua admiração por Queen deu-lhe a confiança necessária para ter uma interpretação à sua altura. Para o Queridos Anos 80, ele deveria ter sido um dos finalistas da OT 1. Quanto ao Gonçalo, quando não berra a cantar (ou canta a berrar), consegue atingir um nível aceitável. Foi o que aconteceu ontem. Porém, continuamos a achar que o rapaz é sobrevalorizado.
A grande desilusão veio com a Rosete e o André, que cantaram Last Christmas. Foi mau. É uma canção difícil de cantar e a voz de George Michael está demasiado presente nos nossos ouvidos para nos conseguirmos abstrair dessa referência. Mas o André e a Rosete cantaram sem feeling, sem chama, sem calor. Parecia que tinham acabado de receber a música e... olha, seja o que o Pai Natal quiser! Diga-se também que o penteado da Rosete não ajudou em nada.
O Pedro e o Filipe Santos tiveram uma interpretação muito boa do Christmas Time. Não sendo uma canção muito exigente do ponto de vista vocal, era, no entanto, curioso ver como duas vozes tão distintas iriam combinar. Gostámos, sinceramente. O Filipe Santos tem aquela voz à-vocalista-dos-The Calling que combinou perfeitamente com o tom mais agudo do Pedro.
Aqui têm os vídeos das actuações.
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